A Google apresentou nesta semana seus mais novos celulares da marca Pixel, o Pixel 6 e o Pixel 6 Pro. Dessa vez, o destaque dos aparelhos vai para o novo processador, já que é próprio da empresa e promete grandes melhorias, o Google Tensor.
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Esse ano a empresa vai lançar dois aparelhos da marca, o Pixel 6 e o Pixel 6 Pro, e por enquanto tudo o que foi mostrado foram protótipos do que eles podem vir a ser. Ambos os aparelhos surgem como fortes competidores de marcas grandes como Samsung, Huawei e Apple, e dessa vez a Google promete um visual mais sofisticado também.
Rick Osterloh, o chefe de hardware da Google, a empresa está finalmente trazendo um smartphone no estilo top de linha. “Nós definitivamente não estávamos na corrida dos tops de linha nos últimos anos, esse será diferente.”
Pixel 6 e Pixel 6 Pro
Os smartphone só serão revelados em sua totalidade mais para frente, provavelmente em outubro, e por isso a Google só compartilhou algumas especificações de cada um. Por enquanto não há nenhuma menção sobre um smartphone dobrável e nem um relógio inteligente.
O Pixel 6 Pro terá uma tela de 6.7 polegadas com resolução QHD+ e uma taxa de atualização de 120 Hz, levemente curva nas laterais. O aparelho contará com 3 câmeras na parte traseira: uma wide principal, uma ultrawide e uma com zoom óptico 4x. A empresa não revelou a resolução das câmeras.
Já o Pixel 6, que é a versão regular, virá com uma tela de 6.4 polegadas de resolução FHD+ com taxa de atualização de 90 Hz. Diferente do Pixel 6 pro, a tela do Pixel 6 é completamente plana e não terá 3 câmeras na parte traseira, apenas 2.
Apesar das diferenças de especificações, ambos virão com o Tensor, um chip de segurança Titan M2 e um sensor de impressão digital na tela. Também haverão opções diferentes de cores para as duas versões do Pixel 6.
Um ponto no design dos aparelhos que vêm chamando atenção é uma barra para as câmeras traseiras mais aparente, que se destaca na espessura. Segundo Osterloh, existem várias formas de se lidar com esse bumps de câmera, e a escolha do Google foi apenas celebrá-lo e torna-lo um destaque a parte.
Um novo processador focado em Inteligência Artificial
O anúncio da Google essa semana, apesar de ter sido dos Pixel 6, foi mais voltado para o processador próprio da empresa que virá nos aparelhos. Nos Estados Unidos, a Qualcomm tem praticamente todo o monopólio em processadores para smartphones Android. Em outras partes do mundo, entretanto, ela já enfrenta mais competição.
Um exemplo de destaque é o da Apple, que fez bonito com seus chips A-Series. Por isso, existe muito interesse em ver se a Google vai realmente trazer um processador competitivo nesse terreno. A empresa ainda não revelou benchmark ou desempenho do novo Tensor, mas Osterloh afirmou que ele se tornará um líder de mercado.
O foco da empresa no novo anúncio do processador foi exatamente em direção a inteligência artificial e a aprendizado de máquina nos smartphones, onde Google tem uma vantagem. Para exemplificar isso, eles mostraram uma prévia do que o Tensor é capaz.
Primeiro, foi mostrada uma foto de uma criança brincando e se movimentando, e por isso a foto estava borrada. Em seguida, foi mostrada uma foto da mesma criança brincando, só que dessa vez mais nítida mesmo em movimento. A explicação é que o Pixel 6 com o Tensor consegue tirar várias fotos do sensor principal e em seguida combina todas em uma só.
Outra demonstração mostrou que o smartphone poderá habilitar duas formas de comando ao mesmo tempo. Enquanto o usuário digita através de comando de voz, ele pode usar o teclado para corrigir algumas palavras durante o texto, sem parar de ditar em voz alta.
Mais caro e menos disponível
Já não é surpresa que a linha Pixel seja mais restrita nos mercados, já que a empresa só oferece o smartphone em alguns países específicos (excluindo o Brasil, por exemplo). Mas parece que o Pixel 6 poderá ser mais restrito ainda, tirando mercados como a Índia.
Na página oficial do aparelho, a Google listou poucos mercados como Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos.
A própria empresa também já anunciou que por ser um aparelho que vem para competir no segmento de top de linha, ele também terá o preço de um. Ou seja, será mais caro do que as outras edições. O próprio Rick Osterloh confirmou o fato:
O Pixel 6 Pro, que será caro, foi projetado especificamente para usuários que desejam a tecnologia mais recente. Essa é uma abordagem nova e importante para nós, e acreditamos que isso nos ajudará a ser atraentes em novos segmentos de mercado. Mas o Pixel 6 também pertence ao segmento superior e pode acompanhar os produtos concorrentes. Eu os descreveria como um “produto premium convencional”.
Fonte: The Verge