Testando

Depois de configurar o arquivo “/opt/ltsp/i386/etc/lts.conf”, os clientes devem conseguir completar o boot, carregando o ambiente gráfico. Se os clientes continuarem parando em algum dos pontos anteriores, verifique a configuração dos serviços que já vimos, tente localizar qual serviço não está funcionando e, a partir daí, corrigir o problema.

Um problema comum nesta etapa é o terminal concluir o boot e carregar o X, mas não conseguir abrir a tela de login do servidor, exibindo em seu lugar a “tela cinza da morte” 😉

Isso acontece se você se esqueceu de ativar o XDMCP no servidor. Toda configuração que vimos até aqui permite que a estação dê boot pela rede, mas é o XDMCP que permite que ela rode aplicativos.

Revisando, em distribuições que usam o KDM (Kurumin, Mandriva, SuSE, etc.) você deve editar dois arquivos, o “kdmrc” e o “Xaccess“. Nas distribuições derivadas do Debian, ambos os arquivos vão na pasta “/etc/kde3/kdm/“, enquanto outras distribuições usam a pasta “/usr/share/config/kdm”.

No kdmrc, procure pela linha “[Xdmcp]” e substitua o “Enable=false” por “Enable=true”:

[Xdmcp] Enable=true

No arquivo Xaccess, descomente as linhas que dão acesso às estações:

* #any host can get a login window

* CHOOSER BROADCAST #any indirect host can get a chooser

Feito isso, reinicie o serviço:

# /etc/init.d/kdm restart

O Ubuntu utiliza uma estrutura de pacotes e arquivos muito semelhante à do Debian padrão e do Kurumin. Você pode instalar o LTSP no Ubuntu seguindo estas mesmas dicas, a única grande diferença é que ele usa o GDM no lugar do KDM.

Para ativar o XMDCP, procure pelo “gdmconfig”, disponível no “System Settings > Login Screen”. Acesse a aba “XDMCP” e marque a opção “Enable XDMCP”. A partir daí as estações passarão a exibir a tela de login do servidor e rodar os aplicativos normalmente. Agora é só correr pro abraço :-).

Com tudo funcionando, você pode ir criando os logins dos usuários que irão utilizar os terminais. O ideal é que cada pessoa tenha seu login (e não um login para cada terminal), pois assim cada um tem acesso às suas configurações e arquivos em qualquer um dos terminais, o que é uma das grandes vantagens do uso do LTSP.

A conexão com a web, impressora, disquete e gravador instalados no servidor podem ser usados em qualquer um dos terminais, pois na verdade os programas nunca saem do servidor: os terminais funcionam apenas como se fossem vários monitores e teclados ligados a ele. Tenha à mão também a configuração da sua rede, como o endereço deste servidor, máscara de sub-rede, servidores DNS do seu provedor, gateway padrão, etc.

Uma questão importante é que o servidor não deve estar usando nenhum tipo de firewall, caso contrário você precisará fazer uma configuração muito cuidadosa, mantendo abertas cada uma das portas usadas pelos serviços relacionados ao LTSP. Por envolver tantos serviços diferentes, que precisam ficar disponíveis, um firewall em um servidor LTSP é praticamente inútil de qualquer forma.

Ao invés de perder tempo com isso, o melhor é que você isole o servidor LTSP da internet, usando uma máquina separada para o compartilhamento da conexão e firewall. Faça com que o servidor LTSP acesse via NAT, por trás do firewall.

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