Criando uma configuração básica

O problema é que com apenas estas quatro linhas o proxy está muito aberto. Se você deixar o servidor proxy ativo no próprio servidor que compartilha a conexão e não houver nenhum firewall ativo, qualquer um na internet poderia usar o seu proxy, o que
naturalmente não é desejado. O proxy deve ficar ativo apenas para a rede local.

Vamos gerar, então, um arquivo mais completo, permitindo que apenas os micros da rede local possam usar o proxy e definindo mais algumas políticas de segurança. Neste segundo exemplo já aproveitei algumas linhas do arquivo original, criando regras que
permitem o acesso a apenas algumas portas e não a qualquer coisa, como na configuração anterior:

http_port 3128
visible_hostname kurumin

acl all src 0.0.0.0/0.0.0.0
acl manager proto cache_object
acl localhost src 127.0.0.1/255.255.255.255
acl SSL_ports port 443 563
acl Safe_ports port 80 # http
acl Safe_ports port 21 # ftp
acl Safe_ports port 443 563 # https, snews
acl Safe_ports port 70 # gopher
acl Safe_ports port 210 # wais
acl Safe_ports port 280 # http-mgmt
acl Safe_ports port 488 # gss-http
acl Safe_ports port 591 # filemaker
acl Safe_ports port 777 # multiling http
acl Safe_ports port 901 # swat
acl Safe_ports port 1025-65535 # portas altas
acl purge method PURGE
acl CONNECT method CONNECT

http_access allow manager localhost
http_access deny manager
http_access allow purge localhost
http_access deny purge
http_access deny !Safe_ports
http_access deny CONNECT !SSL_ports

acl redelocal src 192.168.1.0/24
http_access allow localhost
http_access allow redelocal

http_access deny all

Veja que agora criei duas novas acl’s. A acl “localhost” contém o endereço 127.0.0.1, que você utiliza ao usar o proxy localmente (ao navegar usando o próprio servidor), e a acl “rede local”, que inclui os demais micros da rede local. Substitua o
192.168.1.0/24” pela a faixa de endereços IP e a máscara de sub-rede usada na sua rede local (o 24 equivale à mascara 255.255.255.0).

Depois de criadas as duas políticas de acesso, vão duas linhas no final do arquivo que especificam que os micros que se enquadrarem nelas poderão usar o proxy:

http_access allow localhost
http_access allow redelocal

Lembra-se da acl “all”, que contém todo mundo? Vamos usá-la para especificar que quem não se enquadrar nas duas regras acima (ou seja, micros não-autorizados, da internet) não poderá usar o proxy:

http_access deny all

Esta linha deve ir no final do arquivo, depois das outras duas. A ordem é importante, pois o Squid interpreta as regras na ordem em que são colocadas no arquivo. Se você permite que o micro X acesse o proxy, ele acessa, mesmo que uma regra mais abaixo
diga que não.

Se você adicionasse algo como:

acl redelocal src 192.168.1.0/24
http_access allow redelocal
http_access deny redelocal

… os micros da rede local continuariam acessando, pois a regra que permite vem antes da que proíbe.

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X