Baterias

Embora o Wi-Fi e o Bluetooth tenham transformado as redes em redes wireless, ainda temos o problema da transmissão de energia. Seu notebook pode ficar conectado à rede wireless da sua casa continuamente, mas você ainda precisa ligá-lo na tomada a cada duas ou três horas para recarregar as baterias.

Existem tecnologias experimentais para a transmissão de energia sem o uso de fios a curtas distâncias, que podem vir a eliminar essa necessidade nos próximos anos. Uma delas, mais convencional, é baseada no uso de indução para carregar as baterias de dispositivos de baixo consumo, como celulares e palmtops. Um módulo receptor é instalado dentro do aparelho, permitindo que ele seja carregado simplesmente por ser deixado sobre uma base:

Essa tecnologia é comercializada pela SplashPower (splashpower.com) e é relativamente barata, de forma que pode vir a ser utilizada em um certo número de aparelhos a partir dos próximos anos. Entretanto, a funcionalidade é limitada, já que o aparelho precisa ficar sobre a base por algumas horas para ser carregado o que, na prática, não é muito diferente de usar um cradle, como no caso dos Palms.

A segunda tecnologia, mais esotérica, é baseada no uso de ressonância, utilizando o mesmo princípio que faz com que objetos vibrem ao receberem ondas em uma determinada freqüência. A idéia é utilizar duas bobinas de cobre, desenvolvidas para ressoarem à mesma freqüência. Dessa forma, é possível transmitir energia de uma bobina para a outra de forma relativamente eficiente, já que a energia é canalizada diretamente para a segunda bobina, ao invés de ser irradiada em todas as direções.

Esta tecnologia foi demostrada em junho de 2007 por pesquisadores do MIT, que utilizaram duas bobinas para transmitir energia suficiente para acender uma lâmpada de 60 watts a uma distância de 2 metros (http://web.mit.edu/isn/newsandevents/wireless_power.html):


Foto da equipe do MIT, entre as duas bobinas usadas no experimento

Teoricamente, seria possível transmitir energia a distâncias de até 5 metros, o que seria suficiente para que um notebook pudesse ficar continuamente ligado e recarregar as baterias enquanto estivesse dentro da mesma sala que o carregador. O problema é que atualmente as bobinas ainda são muito grandes e pesadas e a eficiência é baixa. Na demonstração, foram utilizadas boninas com 60 centímetros de diâmetro e a eficiência da transmissão foi de apenas 40% (ou seja, o sistema consumia 150 watts para transmitir 60 watts para a lâmpada). Ainda existe um longo caminho a percorrer até que sejam desenvolvidas bobinas pequenas e leves o suficiente a ponto de poderem ser usadas em um notebook.

De qualquer forma, estas duas tecnologias são destinadas a substituírem os carregadores e eliminar a necessidade do uso de fios e não substituir as baterias, cujo uso só tende a aumentar. Elas (as baterias 🙂 são tão onipresentes que seria difícil imaginar como seria o mundo sem elas.

Infelizmente, não existe nenhuma lei de Moore para baterias: elas não dobram de capacidade a cada 18 meses como os processadores. Os avanços na área das baterias são muito mais lentos e incrementais, de forma que qualquer nova tecnologia é comemorada. Vamos então às principais tecnologias:

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