Capítulo 6: Instalando e configurando outras distros

Por ser um sistema aberto, o Linux é personalizável ao extremo. Ele pode ser usado tanto em servidores de alto desempenho, extremamente seguros e incrivelmente complicados de configurar, quanto em desktops ou celulares.

De acordo com o público a que se destina e as convicções dos desenvolvedores, uma distribuição Linux pode ser extremamente fácil de usar, detectando o hardware da máquina automaticamente e oferecendo várias ferramentas e
assistentes de configuração, ou extremamente complicada e antiquada. Existem ferramentas disponíveis para atingir os dois tipos de público.

Em geral, para se tornar fácil de usar, uma distribuição precisa automatizar mais tarefas e incluir mais assistentes de configuração, o que acaba fazendo com que você aprenda menos sobre a estrutura e comandos do sistema ao
usá-la, enquanto as distribuições mais difíceis lhe obrigam a dominar a linha de comando, conhecer diversos arquivos de configuração e saber como compilar drivers e programas diversos para conseguir realmente fazer todos os componentes do micro e os
programas que usa no dia-a-dia funcionarem. Elas são muito mais trabalhosas e por isso acabam lhe obrigando a passar mais tempo configurando o sistema (e menos tempo efetivamente fazendo seu trabalho ;), mas por outro lado lhe obrigam a estudar mais e a
dominar melhor o sistema.

A maioria das pessoas acaba testando várias distribuições superficialmente até encontrar uma que instale corretamente e em que consiga trabalhar sem muitos sustos e acaba permanecendo nessa distribuição indefinidamente. É aí
que surgem os religiosos de plantão, que defendem uma distribuição em particular, mesmo sem conhecer bem as outras.

Se você tem por objetivo aprender “Linux”, acaba sendo inevitável conhecer e aprender a trabalhar com várias distribuições diferentes. Eleja uma distribuição “principal” para realmente trabalhar e usar no dia-a-dia, mas
mantenha uma partição separada para ir testando outras distribuições.

Instale, estude e fuce até conseguir fazer tudo que consegue fazer na sua distribuição principal, depois passe para a seguinte. Você notará que cada nova distribuição que testar lhe trará um conjunto diferente de problemas,
que vão fazer você estudar e se aprofundar em diferentes partes do sistema. Em muitos casos tudo pode funcionar de primeira, mas você notará que muitas configurações são feitas de forma diferente, e assim por diante. Outra boa opção para testar outras
distribuições é usar o VMware Player, que vimos no capítulo anterior.

Depois de aprender a usar o Kurumin, nossa próxima parada é o Ubuntu, o primo de segundo grau que também é baseado no Debian, mas apresenta uma série de diferenças nos programas incluídos e configuração. Em seguida falarei um
pouco sobre o Slax, um live-CD baseado no Slackware, que abordo com mais detalhes no livro Distribuições Linux, Dominando o Sistema, uma espécie de continuação deste, onde abordo o Slackware, Mandriva, Fedora, OpenSuSE e Debian, aprofundando o que
estamos aprendendo aqui.

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