A recente escalada nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China está prestes a impactar os preços dos notebooks vendidos nos EUA. Jason Chen, CEO da Acer, revelou em uma entrevista ao jornal The Telegraph que é esperado um aumento de aproximadamente 10% nos preços desses dispositivos, devido às novas taxas de importação implementadas pelo governo de Donald Trump.
Chen explicou que essa elevação nos preços afetará principalmente os notebooks que ainda não estão disponíveis no mercado norte-americano, já que as tarifas começaram a valer a partir de fevereiro de 2025. Portanto, os consumidores podem começar a perceber essa alteração nos preços em poucas semanas.
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Ainda segundo o executivo, a Acer está considerando alternativas para minimizar os impactos das tarifas. Uma das estratégias em discussão envolve a possibilidade de buscar novas fontes e cadeias de suprimentos fora da China. Além disso, a ideia de fabricar alguns modelos de notebooks diretamente nos Estados Unidos está sendo avaliada, embora essa solução exija tempo para ser implementada.
Vale destacar que, enquanto os notebooks devem sofrer esse ajuste de preços, os desktops da Acer não devem ser impactados. A fabricante conseguiu realocar sua linha de produção para fora da China antes da aplicação das novas tarifas, evitando assim aumentos indesejados para esses produtos.
Chen também mencionou que algumas empresas podem aproveitar a situação para justificar aumentos de preços ainda maiores do que os 10% previstos pela Acer. De acordo com a reportagem, cerca de 80% dos notebooks importados para os Estados Unidos são fabricados na China e, portanto, estarão sujeitos às novas imposições fiscais.
No que diz respeito a outros países, as tarifas atuais aplicadas pelo governo dos EUA não devem provocar mudanças imediatas nos preços globais, já que as restrições são direcionadas especificamente para produtos provenientes da China. Entretanto, até o momento, não houve declarações de outras fabricantes que indiquem uma possível padronização de preços em diferentes regiões.
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Enquanto isso, o Brasil aguarda a formalização de novos impostos que poderão ser impostos como resposta às medidas de Trump. A expectativa é que haja uma taxa de até 25% sobre a importação de aço e alumínio, o que pode resultar em retaliações, incluindo a aplicação de tarifas em serviços provenientes dos EUA.
