7 desenvolvedoras de games que fecharam as portas mas produziram ótimos jogos

Este artigo aborda sete desenvolvedoras de games que fecharam suas portas, mas deixaram um legado com jogos memoráveis. Descubra como essas empresas impactaram a indústria e os títulos que ainda são lembrados e jogados por fãs ao redor do mundo.

A indústria de jogos eletrônicos está crescendo cada vez mais, e isso significa que a cada dia novas desenvolvedoras vão surgindo no caminho. Ao mesmo tempo desenvolvedores antigos também acabam fechando as portas, seja por questões financeiras ou não.

Neste artigo, vamos relembrar 7 desenvolvedoras que nos trouxeram jogos incríveis, mas que acabaram tendo suas atividades encerradas por diversos motivos. Confira!

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7 desenvolvedoras de games que fecharam as portas

Estúdios de jogos estão fechando as portas a todo momento, o que é uma pena. Alguns deles passam despercebidos, outros acabam se destacando mais principalmente por terem lançados jogos que se tornaram populares ou conhecidos na indústria.

Hoje vamos relembrar 7 exemplos, e também convidamos vocês a citar nos comentários outras desenvolvedoras que fecharam e que lançaram bons jogos antes disso acontecer.

Telltale Games

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A Telltale Games foi um estúdio de desenvolvimento de jogos de vídeo americano conhecido por lançar jogos de aventura em formato episódico. Estabelecido em 2004 por Kevin Bruner, Dan Connors e Troy Molander, os fundadores tinham como objetivo continuar a tradição de jogos orientados pela narrativa apesar das mudanças nas tendências da indústria. A empresa ganhou destaque com títulos como Sam & Max e Tales of Monkey Island, evoluindo gradualmente seu formato episódico.

O momento crucial para a Telltale ocorreu em 2012 com o lançamento do jogo The Walking Dead, alcançando tanto sucesso crítico quanto financeiro. Isso levou a colaborações com grandes franquias como Game of Thrones e Guardians of the Galaxy, solidificando ainda mais a posição da Telltale na indústria. The Wolf Among Us também foi um jogo bastante elogiado que ganhou destaque da desenvolvedora.

Porém, apesar dos triunfos iniciais, surgiram desafios internos e externos. A empresa enfrentou dificuldades com um motor de jogo proprietário que prejudicou o desenvolvimento, resultando em jogos visualmente deficientes e repletos de bugs. Mudanças na liderança, especialmente a substituição de Dan Connors por Kevin Bruner como CEO, contribuíram para uma cultura de trabalho estressante e tóxica, levando à saída de funcionários criativos que eram chave na produção dos títulos.

À medida que a indústria de jogos avançava com gráficos e jogabilidade aprimorados, a Telltale enfrentou uma concorrência acirrada. A incapacidade da empresa de inovar seu formato de narrativa e a dependência de um motor datado agravaram ainda mais sua posição. Em 2018, os esforços para garantir financiamento falharam, levando ao fechamento abrupto da Telltale Games. O fechamento levantou preocupações éticas devido à falta de aviso prévio e indenização adequada para os funcionários demitidos.

Felizmente, alguns dos títulos da Telltale sobreviveram por meio de acordos com outras entidades. O fechamento marcou o fim de uma era para o estúdio pioneiro, e muitos fãs dos seus jogos ficaram tristes com o acontecido.

Visceral Games

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A Visceral Games foi uma renomada desenvolvedora de jogos, inicialmente conhecida como EA Redwood Shores. Ao longo dos anos 90 e início dos anos 2000, a empresa concentrou-se no desenvolvimento de jogos licenciados para a Electronic Arts (EA), produzindo adaptações de filmes como “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” e “O Poderoso Chefão”. Embora esse histórico não tenha sido amplamente elogiado, a Visceral Games passou por uma transformação significativa quando propôs e desenvolveu o aclamado jogo “Dead Space” para a EA.

“Dead Space” foi um marco para a Visceral Games, apresentando uma abordagem modernizada inspirada em “Resident Evil 4” e “System Shock 2”. Com uma narrativa envolvente, uma HUD criativa e um sistema de combate inovador que enfatizava a amputação de membros dos inimigos, o jogo conquistou críticos e jogadores, tornando-se um sucesso surpreendente. Em virtude desse sucesso, a EA optou por renomear a empresa de EA Redwood Shores para Visceral Games, solidificando sua identidade como desenvolvedora.

Porém, a trajetória positiva teve um revés com o lançamento de “Dead Space 2”. Embora tenha recebido elogios críticos, as vendas não atenderam às expectativas da EA, resultando em decepção financeira. A pressão para atingir metas de vendas elevadas persistiu com o lançamento de “Dead Space 3” em 2013. Neste jogo, a EA procurou ampliar o apelo da franquia, abandonando elementos chave que definiram os títulos anteriores. A remoção da atmosfera claustrofóbica, a ênfase na ação, a adição de cooperação de campanha e a introdução de microtransações comprometeram a integridade do jogo.

O insucesso comercial de “Dead Space 3” teve repercussões significativas para a Visceral Games. A empresa, em seguida, se envolveu em projetos fora de sua especialidade, como “Battlefield: Hardline”, e tentou criar um jogo linear de Star Wars chamado “Ragtag”, liderado por Amy Hennig. Contudo, em 2017, o projeto “Ragtag” foi cancelado, marcando o início do declínio da Visceral Games.

A EA então tomou a decisão de fechar a Visceral Games em 2017. Isso resultou no encerramento da empresa e na redistribuição de sua equipe para outros projetos e estúdios dentro da EA.

Pandemic Studios

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A Pandemic Studios foi outra desenvolvedora de jogos que também teve um papel interessante na indústria dos jogos antes de fechar as portas. Fundada em 1998 por Josh Resnick, a empresa era conhecida por criar jogos inovadores e de alta qualidade. Sediada em Los Angeles, Califórnia, a Pandemic Studios destacou-se por títulos como “Star Wars: Battlefront”, “Mercenaries: Playground of Destruction” e a série “Destroy All Humans!”.

A reputação da Pandemic Studios cresceu devido à sua abordagem ousada e criativa no design de jogos, explorando uma variedade de gêneros e conceitos. “Mercenaries: Playground of Destruction”, por exemplo, foi elogiado por sua jogabilidade não linear e pela liberdade dada aos jogadores para explorar um vasto mundo aberto. “Star Wars: Battlefront” também conquistou uma base de fãs dedicada ao oferecer uma experiência multijogador envolvente ambientada no universo de Star Wars, e ainda é considerado como muitos um dos melhores jogos desse universo.

Mas, apesar do sucesso, a Pandemic Studios enfrentou desafios que levaram ao seu eventual fechamento. Em 2007, a Electronic Arts (EA) adquiriu a Pandemic Studios como parte de uma estratégia de expansão. No entanto, em 2009, a EA anunciou planos para fechar a Pandemic Studios como parte de uma reestruturação corporativa mais ampla. A decisão foi atribuída a uma combinação de fatores, incluindo mudanças na indústria de jogos, pressões financeiras e a busca por eficiência operacional.

Na época, a EA trouxe a notícia como uma fusão da Pandemic com o campus da empresa em Los Angeles, já que alguns funcionários foram enviados para lá e integrados às equipes da EA.

Lionhead Studios

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A Lionhead Studios foi outra desenvolvedora de jogos bem conhecida que acabou fechando para a infelicidade de muitos fãs. Sediada no Reino Unido, ela foi fundada em 1997 pelo designer de jogos Peter Molyneux.

Um dos jogos mais famosos da Lionhead Studios foi “Black & White”, lançado em 2001, um jogo de simulação divino que permitia aos jogadores assumirem o papel de uma entidade divina interagindo com um mundo habitado por criaturas.

Mas talvez o maior sucesso da empresa tenha sido de fato a franquia Fable. Ela trazia títulos que foram muito bem recebidos, oferecendo um jogo de RPG de ação que permitia aos jogadores moldar o destino de seus personagens e do mundo ao seu redor com base em escolhas morais, além de combates e uma história com pegada cômica.

O título mais notável da série “Fable” foi “Fable II”, lançado em 2008, que recebeu aclamação por sua narrativa envolvente e pelo sistema de escolhas e consequências. A Lionhead Studios também lançou “Fable III”  em 2010, expandindo ainda mais o universo da série.

Infelizmente, em março de 2016, a Microsoft, proprietária da Lionhead Studios desde 2006, anunciou o encerramento da desenvolvedora. A decisão resultou no cancelamento de um projeto ambicioso e altamente antecipado chamado “Fable Legends”, que buscava explorar o universo de “Fable” de uma maneira multijogador online única.

O encerramento da Lionhead Studios foi atribuído a razões comerciais e estratégicas da Microsoft, que optou por concentrar seus recursos em outras iniciativas.

Neversoft

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A Neversoft Entertainment foi mais um nome da indústria que acabou se encerrando por problemas financeiros. Fundada em julho de 1994, nos Estados Unidos, a empresa ficou conhecida por alguns dos seus jogos.

Um dos jogos mais emblemáticos da Neversoft foi a série “Tony Hawk’s Pro Skater”. Lançado em 1999, o jogo de skate rapidamente se tornou um fenômeno cultural, oferecendo uma experiência bem divertida de skateboarding virtual e apresentando uma trilha sonora que acabou se tornando um destaque a parte. O sucesso da série continuou com várias sequências, consolidando a reputação da Neversoft como uma das principais desenvolvedoras de jogos de esportes radicais.

Além da série “Tony Hawk’s Pro Skater”, a Neversoft também desenvolveu outros títulos de destaque, como “Guitar Hero III: Legends of Rock” (2007), que acabou tendo um papel importante na popularização dos jogos musicais. A empresa mostrou sua versatilidade ao criar jogos de diferentes gêneros, demonstrando uma capacidade única de se adaptar às tendências da indústria.

Porém, o próximo jogo da franquia, Guitar Hero: Warriors of Rock, lançado em 2010, acabou não agradando muito. Devido as críticas e a uma venda ruim, a Activision decidiu em 2014 fundir a Neversoft com a Infinity Ward, outra desenvolvedora também propriedade da Activision. Essa foi uma estratégia corporativa para consolidar recursos e focar em estúdios-chave.

Após a fusão, a marca Neversoft foi aposentada, marcando o fim de uma era na indústria de jogos. O estúdio combinado continuou sob o nome Infinity Ward, responsável pela franquia “Call of Duty”.

Volition

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A desenvolvedora de jogos Volition Games, conhecida principalmente por criar as séries Red Faction e Saints Row, encerrou suas atividades em 31 de agosto de 2023, após ser fechada pela empresa-mãe Embracer Group.

Originalmente, nos anos 90, a Volition foi responsável pelas adoradas séries Descent e Freespace, mas não produziu mais jogos nesses universos após ser adquirida pela THQ em 2000. Após a falência da THQ em 2012, a Volition foi vendida para a Plaion, que, por sua vez, passou a fazer parte da Embracer em 2018.

O último jogo da Volition, um reboot de Saints Row, recebeu críticas medianas tanto do público quanto da crítica especializada, além de ser um fracasso financeiro. Esses resultados provavelmente tornaram a Volition um alvo principal no grande programa de reestruturação em andamento na Embracer. A situação piorou considerando que Agents of Mayhem, o jogo anterior ao reboot de Saints Row, também foi um fracasso de público e crítica.

A decisão difícil de fechar a Volition foi tomada para garantir que a Embracer pudesse manter operações mais fortes e focadas, buscando um futuro mais sólido para seus estúdios, de acordo com o pronunciamento da empresa na época.

Free Radical Design

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Outra desenvolvedora que também estava sob o guarda-chuva da Embracer Group e acabou sendo fechada foi a Free Radical Design. Ela foi uma desenvolvedora britânica de jogos eletrônicos ficou mais conhecida principalmente durante as décadas de 1990 e 2000.

Fundada em 1999 por ex-membros da Rare, outra conhecida desenvolvedora de jogos britânica, a Free Radical ganhou destaque pela criação de títulos populares. Um dos jogos mais famosos da Free Radical Design foi a série “TimeSplitters”.

Lançado pela primeira vez em 2000, “TimeSplitters” e suas sequências apresentavam uma jogabilidade de tiro em primeira pessoa, combinando elementos de ação e humor. A série conquistou fãs pela sua jogabilidade frenética, modo multijogador cativante e pela capacidade de viajar no tempo, explorando diferentes épocas históricas.

Outro título notável da Free Radical foi “Star Wars: Battlefront II” (2005), que se tornou um clássico cult no gênero de jogos de tiro em terceira pessoa. O jogo recebeu elogios por sua jogabilidade envolvente e pela inclusão de batalhas espaciais épicas, permitindo aos jogadores participar de confrontos épicos no universo de “Star Wars” controlando personagens icônicos na saga. Além da campanha, o jogo também apresentava modos de PVP diversos.

Mas, apesar do sucesso inicial, a Free Radical Design acabou desafios que eventualmente levaram ao seu fechamento. A empresa encontrou dificuldades financeiras e enfrentou cancelamentos de projetos que foram bem efetivos. Um dos mais importantes foi o projeto para o desenvolvimento do “Star Wars: Battlefront III”, que foi cancelado e acabou gerando desapontamento entre os fãs, além de ter um grande impacto nas finanças da empresa.

A empresa faliu em 2008 pela primeira vez depois disso, porém foi vendida para a Crytek, tornando-se a Crytek UK. Porém em 2014 ela fechou de vez suas operações.

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Redatora apaixonada por tecnologia, séries e jogos. Adoro explorar tendências tech, mergulhar no universo geek e transformar tudo isso em conteúdo que conecta e inspira!
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