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Julio Riva
Julio Riva Novo Membro Registrado
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[Resolvido] Existe como Trabalhar com Cliente Residencial usando apenas Softwares Originais?

#1 Por Julio Riva 07/12/2014 - 19:29
André0991 disse:
Aparentemente é possível instalar MS Office no Linux usando o Wine, especialmente as versões mais recentes: http://askubuntu.com/questions/247325/does-microsoft-office-run-in-crossover-wine-playonlinux

No entanto, não sei como isto se caracteriza do ponto de vista legal - é necessário ter uma licença do Windows para usar o Office? (isto não faz sentido algum, mas lembro de já ter ouvido algo do tipo).


Abraços.


Acho que não é necessário. Seria venda casada. Mas ainda assim não adianta muito para o usuário final.

Excel hoje é um portal para macro, que atua no sistema inteiro. Um Excel de Linux seria útil apenas ao usuário comum mesmo. Além disso, como disse o @Quemel, o pai quer que o filho conheça a plataforma comercial para se preparar e ela é Windows.
Julio Riva
Julio Riva Novo Membro Registrado
17 Mensagens 1 Curtida
#46 Por Julio Riva
20/12/2014 - 10:36
André0991 disse:
Aparentemente é possível instalar MS Office no Linux usando o Wine, especialmente as versões mais recentes: http://askubuntu.com/questions/247325/does-microsoft-office-run-in-crossover-wine-playonlinux

No entanto, não sei como isto se caracteriza do ponto de vista legal - é necessário ter uma licença do Windows para usar o Office? (isto não faz sentido algum, mas lembro de já ter ouvido algo do tipo).


Abraços.


Acho que não é necessário. Seria venda casada. Mas ainda assim não adianta muito para o usuário final.

Excel hoje é um portal para macro, que atua no sistema inteiro. Um Excel de Linux seria útil apenas ao usuário comum mesmo. Além disso, como disse o @Quemel, o pai quer que o filho conheça a plataforma comercial para se preparar e ela é Windows.
Gambito
Gambito Membro Junior Registrado
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#47 Por Gambito
20/12/2014 - 17:53
Quemel disse:
Caros colegas, salve!

O telefone toca e do outro lado da linha ele se identifica e que foi indicado pela minha cliente que deve ter uns quatro notebooks.

Ele pergunta quanto vou cobrar para formatar a máquina e instalar todos os programas: Windows 8, Office 2013 Professional, antivírus e mais um monte de programas.

Eu informo o valor: R$ 250.

Ele desliga.

Volto a ligar e perguntar se o valor está muito caro. Ele diz que sim e que este ano já fizeram o mesmo serviço no notebug HP e que cobraram R$ 150.

Pergunto se os softwares são piratas. Ele diz que sim.

Dessa vez quem desliga sou eu!

Bração e boa $orte,
Quemel ze_bonitinho.png


Seu comentário foi fundamental e corroborou com minha citação acima.
Só não enxerga aquele que deseja ser cego.
Ou não? :P big_green.png
André0991
André0991 Geek Registrado
2.2K Mensagens 79 Curtidas
#48 Por André0991
20/12/2014 - 23:57
Julio Riva disse:
Acho que não é necessário. Seria venda casada. Mas ainda assim não adianta muito para o usuário final.

Excel hoje é um portal para macro, que atua no sistema inteiro. Um Excel de Linux seria útil apenas ao usuário comum mesmo. Além disso, como disse o @Quemel, o pai quer que o filho conheça a plataforma comercial para se preparar e ela é Windows.


Não entendi seu ponto. Lendo esse tópico, a mim ficou implícito que o público alvo dos seus serviços (e também o do Quemel, até onde eu saiba) é o usuário final.

De todo modo, não sugeri que você ou qualquer outro instalasse Linux + Office nos PCs dos clientes. Apenas indiquei a possibilidade técnica de instalar o MS Office no Linux, especialmente para que os futuros leitores não concluam o contrário ao ler esse tópico.


No entanto, esse tipo de pensamento me preocupa muito.
Às vezes sinto que vivemos num mundo habitado por pessoas unidimensionais, alérgicas a tudo o que lhes é estranho, novo.

Lembro até hoje a primeira vez em que rodei uma distro Linux (através de um live-cd). Foi impactante. Até então, eu inconscientemente considerava que Windows era uma parte intrínseca de qualquer computador. De repente, um universo completamente novo se abriu pra mim - melhor ou pior, não importa, a questão é que eu sequer imaginava que existia vida além-Windows. Claro, hoje isto seria muito menos impactante, pois Linux não é uma palavra desconhecida até para vários leigos.

Nesses dias, por exemplo, no estágio em que estou fazendo (em TI), era necessário usar alguma distro Linux para instalar um certo software de GPS; tarefa que foi dada a um amigo meu. Ele, que até então só tinha usado Windows, começou a reclamar sobre cada mínima diferença, como se o objetivo de um sistema fosse imitar o outro.

Onde está a curiosidade das pessoas?

Meu ponto aqui, porém, não é sistemas operacionais. O que quero dizer é que as pessoas costumam rejeitar tudo o que não lhes é familiar.
Música clássica, cinema fora dos padrões de Hollywood, sistemas operacionais.
Se você analisar camadas mais pobres da sociedade, a rejeição é alta até para outras línguas além do Português. Conhecimento tem mais ou menos o mesmo status que loucura.

Dito isso, e inclusive considerando o mercado de trabalho, o que se espera de um profissional?
Na minha opinião, além de dominar as técnicas básicas de sua profissão, que saiba aprender. E saber aprender tem tudo a ver com não ter medo do que é novo.

Se eu tivesse um filho, me precaveria ao máximo para que ele se distanciasse do caminho dogmático, fechado - da zona de conforto.

---

Considere que minha digressão acima em nada sugere que os técnicos mudem seus hábitos.
Se o cliente tinha o Windows X e este tem de ser formatado, então o técnico tem de instalar exatamente o Windows X com as ferramentas que a pessoa usava. Tentar mudá-las seria algo extremamente intrusivo e desagradável.


Do ponto de vista do cliente, porém, no âmbito de sua família, e não focando apenas no meu exemplo de sistemas operacionais (que cito apenas porque é algo familiar pra mim), acho que a reflexão é válida.

Observação mal-humorada: Apesar de já ter dito mais de uma vez que meu exemplo não foi nada mais do que um exemplo, e que minha ideia não foi se limitar a sistemas operacionais, mas tentar demonstrar como a exposição ao não-familiar pode ser extremamente benéfica, prevejo que me quotarão para falar que o Linux não é bom para desktop ou algo do tipo - o que é irrelevante para o meu ponto.
Julio Riva
Julio Riva Novo Membro Registrado
17 Mensagens 1 Curtida
#49 Por Julio Riva
21/12/2014 - 14:27
André0991 disse:
Não entendi seu ponto. Lendo esse tópico, a mim ficou implícito que o público alvo dos seus serviços (e também o do Quemel, até onde eu saiba) é o usuário final.

De todo modo, não sugeri que você ou qualquer outro instalasse Linux + Office nos PCs dos clientes. Apenas indiquei a possibilidade técnica de instalar o MS Office no Linux, especialmente para que os futuros leitores não concluam o contrário ao ler esse tópico.


No entanto, esse tipo de pensamento me preocupa muito.
Às vezes sinto que vivemos num mundo habitado por pessoas unidimensionais, alérgicas a tudo o que lhes é estranho, novo.

Lembro até hoje a primeira vez em que rodei uma distro Linux (através de um live-cd). Foi impactante. Até então, eu inconscientemente considerava que Windows era uma parte intrínseca de qualquer computador. De repente, um universo completamente novo se abriu pra mim - melhor ou pior, não importa, a questão é que eu sequer imaginava que existia vida além-Windows. Claro, hoje isto seria muito menos impactante, pois Linux não é uma palavra desconhecida até para vários leigos.

Nesses dias, por exemplo, no estágio em que estou fazendo (em TI), era necessário usar alguma distro Linux para instalar um certo software de GPS; tarefa que foi dada a um amigo meu. Ele, que até então só tinha usado Windows, começou a reclamar sobre cada mínima diferença, como se o objetivo de um sistema fosse imitar o outro.

Onde está a curiosidade das pessoas?

Meu ponto aqui, porém, não é sistemas operacionais. O que quero dizer é que as pessoas costumam rejeitar tudo o que não lhes é familiar.
Música clássica, cinema fora dos padrões de Hollywood, sistemas operacionais.
Se você analisar camadas mais pobres da sociedade, a rejeição é alta até para outras línguas além do Português. Conhecimento tem mais ou menos o mesmo status que loucura.

Dito isso, e inclusive considerando o mercado de trabalho, o que se espera de um profissional?
Na minha opinião, além de dominar as técnicas básicas de sua profissão, que saiba aprender. E saber aprender tem tudo a ver com não ter medo do que é novo.

Se eu tivesse um filho, me precaveria ao máximo para que ele se distanciasse do caminho dogmático, fechado - da zona de conforto.

---

Considere que minha digressão acima em nada sugere que os técnicos mudem seus hábitos.
Se o cliente tinha o Windows X e este tem de ser formatado, então o técnico tem de instalar exatamente o Windows X com as ferramentas que a pessoa usava. Tentar mudá-las seria algo extremamente intrusivo e desagradável.


Do ponto de vista do cliente, porém, no âmbito de sua família, e não focando apenas no meu exemplo de sistemas operacionais (que cito apenas porque é algo familiar pra mim), acho que a reflexão é válida.

Observação mal-humorada: Apesar de já ter dito mais de uma vez que meu exemplo não foi nada mais do que um exemplo, e que minha ideia não foi se limitar a sistemas operacionais, mas tentar demonstrar como a exposição ao não-familiar pode ser extremamente benéfica, prevejo que me quotarão para falar que o Linux não é bom para desktop ou algo do tipo - o que é irrelevante para o meu ponto.


Pode parecer contraditório, mas eu concordo com você.

Veja bem. Também passei pela experiência avassaladora de rodar o SO sem hd a partir de um CD de Kurumin, e sei o quanto meu conhecimento ridículo de Linux me deixa à frente em um monte de situações, me garantindo versatilidade. Sei que isso seria extremamente positivo para as pessoas - até porquê uma das minhas metas é atuar como Coach.

Mas infelizmente as pessoas são imediatistas e é difícil convencer do contrário. Muitas vezes ao dar uma aula particular eu incentivei meu aluno a pensar, a cogitar, a discutir. Mas geralmente um aluno de aula particular quer simplesmente fazer um determinado trabalho de escola: ele não quer crescer. O mesmo acontece com o cliente comum. Ele quer saber o que todo mundo sabe, para ter o básico. E isso é Windows.

Realmente meu argumento do Excel & Macros foi ruim. Me desviei do meu publico mesmo (e pensei no meu lado profissional hahaha). Mas cá entre nós: se o cliente fosse curioso e quisesse aprender, ele nem seria cliente: ele mesmo resolveria seu próprio problema. Acho que é mais fácil convencer o cliente a usar Windows 3.1.1 do que usar Linux.

Quanto à questão de alterar o SO, depende. Se o cliente estive usando hoje um Windows 2000 ou XP, o técnico deve alertar que escolher continuar usando isso implicaria um risco muito grande em termos de segurança...
imhotep
imhotep Cyber Highlander Moderador
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#50 Por imhotep
22/12/2014 - 14:05
Pensem no público-alvo, gente!

Minha mãe, minha avó, a dona de casa, o idoso q comprou seu primeiro Positivo em 24 prestações, a secretária ou a recepcionista. Todos eles poderiam sim usar Linux. Mas pra eles não interessa se é Linux, se é Windows, se é Mac OS X, se é qualquer outro, desde que funcione e atenda às suas necessidades.

É tópico achar q alguém leigo, ou alguém q precisa do computador apenas como suporte (médicos, por exemplo), vão se interessar em aprender outro sistema operacional, se já estão acostumados com outro. Bem provável q o q usam no momento tb seja tão complicado quanto.

Ninguém é unidimensional, ou alérgico a novidades. Mas antes de tudo existe a praticidade das coisas. O usuário deve ser sempre o objetivo final. Se não atender ao usuário, vc pode ter feito um belíssimo trabalho tecnicamente falando. Mas não cumpriu com o objetivo.

TI na maioria dos casos é meio, não fim.
Se vc tem CNH, teoricamente vc dirige qualquer tipo de carro.
Não tem q ficar aprendendo a cada modelo diferente, sabendo da mecânica, ou do tipo de injeção eletrônica.

TI (informática) é a mesma coisa.
Quemel
Quemel Super Zumbi Registrado
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#51 Por Quemel
23/12/2014 - 15:55
Caros colegas, salve!

Respeito a opinião dos "antropologos", "sociologos", "psicologos" e outros técnicos que souberam explicitar a problemática.

Eu acho muito bonito o discurso, mas ser pragmático quando o assunto é essa temática está muito além de ser crucificado por alguns usuários que fizeram a escolha pelo Linux.

Falo isso porque devo ter o melhor dos dois mundos. Ganho dinheiro tanto com o Windows como com o Linux.

E sou pragmático: quando o usuário perde gigabytes de arquivos não é com o Windows que resolvo o problema, mas com uma versão atual do Ubuntu.

Não conheço nenhum pai em sã consciência que quer o filho aprendendo Linux. Esse pai já passa raiva porque o filho que fazer Filosofia e o pai quer que ele curse Engenharia. Pelos menos o Windows + Office não é motivo de conflito...kkk

Já basta a pedagogia do terror que a midia impõe aos pais no sentido de se sentirem culpados se os filhos não possuem os smartphones, tablets, ultrabooks e outros gadgets.

Pergunte ao excluído digitalmente se ele quer aprender Windows + Office 2013 ou Se quer usar o Pandorga 5 e o BrOffice. Podem ser frágeis do ponto de vista social, mas não são burros. Querem o mesmo que a classe A consome, mas a um preço acessível. Acho uma tremenda safadeza alguns projetos de inclusão digital que aprofunda mais ainda a exclusão ao usar cópias defasadas de distros Linux e outras falácias de código aberto.

Trabalho num projeto de inclusão digital, mas é Windows 7 Professional e Office 2013 Professional. Recuso-me a ministrar aulas no Mandriva e outros programas que só isolam os menos favorecidos.

Quando esse "excluído digitalmente" compra um Positivo para pagar em 24 prestações de R$ 79,90 a primeira coisa que ele faz é tirar o Linux e instalar o Windows pirata.

É mais fácil con(vencer) um usuário a pagar cerca de R$ 80 por mês para usar o Windows 8.1 + Office 2013 + NAV do que fazer ele usar o Linux e seus excelentes programas que o mercado ignora.

Respeito todos os tratados sociológicos, filosóficos, antropológicos, etc..mas na hora H é Microsoft, seja para o técnico pirata ou não.

Bração e boa $orte,
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