jqueiroz disse:Vale do Rio Doce, Petrobras.
Uma estatal e a outra ex-estatal que acertou suas diretrizes de acordo o privado mas também segue no vácuo do período chapa branca, se essas são as duas exceções validam meu comentário que era dirigido ao setor privado. Eu sei que Petrobras e Vale são unha e carne com o mundo acadêmico, a Petro investe e a Vale saca, sacou? A Vale desenvolver um sistema pra detonar com as nossas reservas de metais estratégicos não é exatamente criação tecnológica, é na verdade investimento para sacar lucros a curto prazo porque os acionistas assim exigem. A Vale, caramba (!!!!), enquanto os países desenvolvidos preservam e estocam seus próprios metais estratégicos a Vale é pródigo em vender até a mãe. Sabia que USA e Russia não consomem seus metais estratégicos, preferem guardar para o futuro e consumir os recursos dos pobres, não só consumir mas importar e estocar.
Gostaria de saber de uma grande empresa privada brasileira que investe em P&D, que esteja dedicada a desenvolver novas tecnologias ou produtos, mesmo que seja um simples motor diesel, perguntinha pertinente: Quantos motores do ciclo diesel ou mesmo a gasolina constam no nosso acervo de propriedade tecnológicas? Pelo que eu lembro tem o motor do Gurgel e de um japones, se não me engano Imai, que desenvolveu um motor a gasolina para motorizar um patinete. Podem até argumentar sobre o gas/etanol, mas temos certezas que esses motores são nossos? Que, se os asiáticos usarem esses motores pagarão royalties?
Cara, eu tenho amigos engenheiros com mestrado e doutorado, e por incrível que pareça não criam nada, apenas gerenciam e operacionalizam tecnologias compradas lá de fora, e a industria na qual trabalham fabricam simples caminhões de pequeno porte ou implementos agrícolas.
Sabe, eu torcia para que o futuro caça da FAB fosse o Rafale porque a França estava disposta a transferir tecnologia e desenvolver novas em parceria, simplesmente a França iria transferir técnicas de cortar metais que ainda não dominamos e a janela se fechou. Paciência, quem sabe no próximo milênio.