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Penitante
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Pergunta difícil? HD externo ou disco de Blu-ray?

#1 Por Penitante 14/06/2023 - 20:31
Vamos supor que alguém quisesse dar ao leitor do tópico 4 TB para fazer backup dos seus arquivos mais importantes. De graça. Mas você só tem 2 opções: a) um disco rígido externo, ou b) cerca de 150 discos Blu-ray, que terão uns 25 GB cada. O que escolheria? Não vamos levar em consideração o fato de ser incômodo lidar com tantos discos; a escolha aqui só importa em termos de preservar o conteúdo por muitos anos, talvez durante toda a sua vida.

Pelo que pesquisei, não existe algo como um disco rígido "confiável", mesmo nas melhores marcas se pode facilmente encontrar avaliações dizendo que o HD veio com defeito ou parou de funcionar algumas semanas depois. E quando isso acontece, é caro ou até impossível recuperar tudo o que foi perdido. Quer dizer, pelo que parece, temos mais chances de ganhar na loteria do que de nossos discos internos (e talvez piores ainda) externos não morrerem sem aviso prévio. O que é uma tragédia, porque backups online não são nada baratos e não temos espaço suficiente para pessoas que juntam muita coisa. (E convenhamos, 1 ou 2 TB são pouco, 15-20 anos atrás drives de 1 TB eram novidade).

Por outro lado, tenho curiosidade sobre esses discos, porque mesmo que alguns falhem, não serão todos ao mesmo tempo, suponho. Então, se analisarmos isso puramente de forma objetiva, se estamos armazenando 4 TB de dados apenas para garantir que eles não sejam perdidos, não para acessá-los o tempo todo (porque talvez já tenhamos tudo isso em nosso SSD/dispositivo interno, é apenas quando precisamos que pegamos o disco/unidade novamente e copiamos o conteúdo), o que faz mais sentido?
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MadMax
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#2 Por MadMax
14/06/2023 - 23:16
Vou entrar na brincadeira e escolher o HD mesmo.
Não tenho a mínima vontade de ocupar espaço com 150Bluerays.

Um HD desligado e guardado em local seguro dura muito tempo.

============================================
editado
Agora li com mais atenção e vi que é para ignorar o incômodo de lidar com vários discos.

Mantenho ainda assim, o HD.
Blue-ray hoje, já está em desuso.

Não tenho garantia nenhuma de que vou conseguir um leitor de blue-ray daqui a digamos, 10 anos.
Ryzen 7 5700G/ 32GB Corsair 2666MHz / Gigabyte B450M DS3H / XPG Core Reactor Gold 850W / Corsair MP300 240GB + SSD Sandisk Plus 240GB + HD Seagate 1TB Hybrid +HD Toshiba 2TB / MSI 6750X 12GB VRAM
Penitante
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#4 Por Penitante
15/06/2023 - 14:18
É Blu-ray mesmo, o "E" do "BLUE" (azul) foi comido pelo termo.

Pelo que eu vi, Blu-ray teoricamente ganharia de CDs e DVDs na durabilidade, pois esses 2 últimos tem esses problemas abaixo:

https://www.vice.com/pt/article/ypxmkv/o-fenomeno-traicoeiro-que-pode-ferrar-com-sua-colecao-de-discos

O CD é o pior de todos... o ruim hoje é que os drives que gravam Blu-rays são caros, e até os estojos de acrílico que se usa pra guardar os discos acabariam pesando $$$$$ na conta.

Sem contar que se vc não lidar com os discos de forma correta (inclusive na hora de deixá-los guardados), a chance de estragar e corromper os dados aumentará umas 1000x... tem gente que escreve neles, não pega pelas bordas, expõe a temperaturas ruins... guarda na caixa errada... tudo isso pesa, óbvio. Seria como eu pegar um HD externo e expor a condições adversas, mesmo que ele vá durar uns 6 anos, pode ter a expectativa reduzida a 3 nesses casos.

Apesar que HD tem uma série de razões pelas quais pode pifar: https://www.stellarinfo.com/blog/6-worst-reasons-of-hard-disk-failure/

Se tem um produto em que essa lei de Murphy deve se aplicar, é a eles:

"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível."

Outro detalhe que pesa contra os usuários de discos é que as pessoas gravam e esquecem de checar a integridade dos dados APÓS A GRAVAÇÃO (sim, é pra fazer logo em seguida, não anos depois).

É bom pesquisar como isso é feito, esse link dá algumas sugestões: https://forum.videohelp.com/threads/399173-How-to-check-file-integrity-of-data-burned-to-optical-discs

Com relação a backup, eu penso assim: vc pode comprar armazenamento suficiente pro seu PC (mesmo que seja só SSD, tem hoje desses 4 TB)...

E em outro lugar vc ter algo salvo com esse mesmo conteúdo, pro dia que seu PC der alguma zebra ou vc precisar formatar/mudar de máquina.

Então, em teoria, vc tem sim dois backups. O que está exposto o tempo todo, e o outro que teoricamente vai durar mais.

A despeito dos problemas com os discos, eu só não acho que HD ou SSD externo sejam confiáveis pra esse fim, porque se estragar a parada toda, seria como eu pegar esses mesmos 50/100 discos e queimar. É esse o comparativo, pois raramente se consegue recuperar com sucesso dados corrompidos em HDs (e o custo $$$$$$$$$ é alto, seria como contratar advogado sem certeza de que irá vencer um processo, o profissional acabará ganhando ainda que vc perca).

Discos talvez sejam até piores nisso, mas a chance de estragar diversos deles espalhados com certeza deve ser menor.
TerraSkilll
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#5 Por TerraSkilll
15/06/2023 - 14:53
Para backup real, a regra 3-2-1 é bastante citada por aí (com variações, como 4-3-2-1):

- 3 cópias do conteúdo;
- em 2 mídias diferentes (que é o que está sendo discutido aqui);
- 1 cópia em um localização diferente (evita perda por casos extremos, como incêndio);

Com isso, você se protege contra uma boa gama de problemas, e dificilmente perderia dados, sem ter como recuperá-los.

Obviamente, isso é custoso e trabalhoso, então o real ponto é de que tipo de falha você espera que o backup te salve. O contexto mais comum é falha de hardware (hd/ssd pifar), então ter uma cópia para ser prontamente restaurada em um novo drive o mais rápido possível. A mídia em que ele está faz pouca diferença.

Outro ponto bastante ignorado é que backup requer manutenção. De tempos em tempos, é necessário verificar se os dados nos backups são usáveis, e se estão atualizados. De nada adianta ter um backup importante desatualizado (ex: dados de folha de pagamento, mas só até dezembro de 2023). Transferir os backups para novas mídias também faz parte da manutenção, não é o caso de fazer o backup 1 vez e nunca mexer nele por anos. Isso evita, por exemplo, problemas com degradação de mídia (como no caso do bluray).

Abraço.
Contribua para um fórum melhor: pense antes de postar.
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Penitante
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#6 Por Penitante
15/06/2023 - 15:59
TerraSkilll disse:
Para backup real, a regra 3-2-1 é bastante citada por aí (com variações, como 4-3-2-1):

- 3 cópias do conteúdo;
- em 2 mídias diferentes (que é o que está sendo discutido aqui);
- 1 cópia em um localização diferente (evita perda por casos extremos, como incêndio);

Com isso, você se protege contra uma boa gama de problemas, e dificilmente perderia dados, sem ter como recuperá-los.

Obviamente, isso é custoso e trabalhoso, então o real ponto é de que tipo de falha você espera que o backup te salve. O contexto mais comum é falha de hardware (hd/ssd pifar), então ter uma cópia para ser prontamente restaurada em um novo drive o mais rápido possível. A mídia em que ele está faz pouca diferença.

Outro ponto bastante ignorado é que backup requer manutenção. De tempos em tempos, é necessário verificar se os dados nos backups são usáveis, e se estão atualizados. De nada adianta ter um backup importante desatualizado (ex: dados de folha de pagamento, mas só até dezembro de 2023). Transferir os backups para novas mídias também faz parte da manutenção, não é o caso de fazer o backup 1 vez e nunca mexer nele por anos. Isso evita, por exemplo, problemas com degradação de mídia (como no caso do bluray).

Abraço.

Vi hoje que pra muitos dados, talvez fitas LTO sejam interessantes, pela durabilidade e custo por GB, se não fosse um único problema: o custo absurdo dos próprios drives, que torna essa ideia inviável.
TerraSkilll
TerraSkilll Zumbi Moderador
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#7 Por TerraSkilll
15/06/2023 - 17:08
Penitante disse:

Vi hoje que pra muitos dados, talvez fitas LTO sejam interessantes, pela durabilidade e custo por GB, se não fosse um único problema: o custo absurdo dos próprios drives, que torna essa ideia inviável.


Essas opções, assim como opções reais de backup, não são voltadas pra usuários comuns, mas empresas, em aplicações críticas (coisas que não podem ser perdidas). Por isso os custos e requisitos.

Se não quiser mídias físicas - ou quiser complementá-las - há backups online, em plataformas como Google Cloud, a partir de R$ 6,00 por mês. Pessoas que sei que usam estão satisfeitas, com o extra de não ser apenas uma mídia, mas um serviço disponível a partir de qualquer lugar, útil pra transferência de conteúdo, dentre outras coisas. Mas os 4TB que você sugeriu podem sair um pouco salgados (uns 700 reais/ano).

No fim, tudo depende da sua necessidade e de quanto quer investir, em tempo, dinheiro e espaço. Eu, por exemplo, tenho pouca coisa em alguns HDs externos. Não dá nem pra chamar de backup, não está bem organizado, sem datas nem listagem do conteúdo, e não está atualizado. Também deixo recibos e outros comprovantes no Google Drive.

No caso da sua questão inicial, se são dados críticos (fotos de fim de semana não são críticos, por mais que sejam sentimentais), iria de HD externo, com o extra de deixá-los em um local externo se possível (ex: em um amigo confiável). Se são sensíveis, usaria criptografia e 2 cópias, limitando cada uma a 2TB, em vez dos 4 originais.

Abraço.
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Penitante
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#8 Por Penitante
15/06/2023 - 18:00
Eu poderia comprar HD ou SSD externo, microSD ou qualquer parada dessas.

Mas o que quebra essa ideia não é se o custo é X ou Y.

É o fato de que vc pode deixar o drive na gaveta e ele durar 10, 15 anos, mas na 17ª utilização dar alguma zebra, por qualquer motivo, e vc se ferrar de verde, amarelo, azul e branco, enquanto que os discos, embora sejam inconvenientes (e seria desaconselhado gravar acima da menor velocidade, tipo 2x), eu duvido que em coisa de 10, 20 anos, a maioria deles tenha apodrecido (se bem preservados) a tal ponto que vc perca uma quantidade expressiva de dados.

O que eu mais vejo são reviews de HDs e SSDs de pessoas dizendo que ou o drive pifou na primeira vez que foi ligado, ou semanas, meses depois, parece roleta-russa, vc coloca uma bala e tem 6 tentativas, pode disparar e sair na primeira, e dar azar, ou na segunda, sexta... mas é questão de tempo (e bem pouco, convenhamos) pra "morte" chegar.

Eu acho um baita $$$$$$ jogado fora investir em algo pra durar nem 10 anos.

Com HD a chance de recuperação uma vez que corrompa seus dados é remota. E não só eles, claro. Quem consegue, é exceção.

Google Drive esse mês até ficou em promoção, de 35 por 17 $ por 2 TB. Mas se vc sair pra 5, já se torna inviável, pois pagaria R$ 175/mês. Aí alguém vai dizer: mas é proporcional...

Não MESMO.

De 2 pra 5 TB = 150% a mais de armazenamento

Mas de R$ 35 pra 175, são 400%. Claro que na "nuvem" tem todas as vantagens de vc muito dificilmente perder 1 byte sequer, pois eles investem $$$$$$$$$$ pra garantir a integridade, mais ainda o Google. Vc pode até gastar nisso, mas rolar algum incêndio, falha geral (rede elétrica...), e perder os 2 drives.
Penitante
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#9 Por Penitante
21/06/2023 - 22:45
Uma boa observação sobre o "COLD STORAGE", "armazenamento frio" (em outras palavras, aquele que vc quer recorrer apenas quando o "QUENTE" pifar, os backups que vc queira deixar guardados e não ficar mexendo o tempo todo):

OBS: HOT storage seriam justamente os HDs ou SSDs que vc usa na sua máquina, que imediatamente lê ou grava aquilo que quer, sem delongas.

************
Pergunta:
Isso ainda é $X a mais, se você tiver que dividir em partes de X GB. É melhor do que um disco rígido gravado uma vez e depois desligado, e guardado na gaveta?

Resposta:
Durabilidade.

Vá perguntar a qualquer fabricante de disco rígido qual é a vida útil de "armazenamento a frio" de um dos produtos deles, a resposta será "Nós não fabricamos produtos para esse fim".

Um disco rígido ainda é um dispositivo mecânico e pode falhar, o custo de recuperação de dados em um HD é extremamente alto. Qualquer defeito no drive e você está sem sorte, ou pagando uma grana preta pela recuperação, se não tiver outros backups.

O drive pode ser danificado pelo sistema hospedeiro, uma fonte de alimentação falha, e o motor e as PCBs (placas de circuito) do seu drive de "armazenamento a frio" podem ficar inutilizáveis.

Seu drive também é um dispositivo gravável. Uma máquina hospedeira infectada pode infectá-lo ou criptografar arquivos, transformando seus backups em nada. Ou o usuário pode cometer um erro, vamos fingir que ninguém nunca 'formata o drive errado, oh droga, o que eu faço???'.

Um gravador de Blu-ray, ao contrário do CDR e DVDR que usavam uma camada de dados de tinta orgânica, usa uma liga metálica estável, que muda de fase quando atingida pelo laser. Ele vai durar décadas.

Além disso, é uma mídia WORM, Write Once-Read Many (Escrever uma vez-Ler muitas), nenhum usuário ou infecção maliciosa pode manipular os dados no disco após a gravação.

Uma falha do DRIVE DE BLU-RAY não prejudica o disco, desde que não pegue fogo com o disco dentro. Basta ejetar manualmente o BD-R (ou BD-RE), colocá-lo em um novo drive, e continuar lendo.

Por fim, embora a fita também seja uma boa opção e tenha uma densidade de dados muito maior que o Blu-ray, possui limitações estreitas nas condições ambientais de armazenamento dela, e depende de um drive caro e incomum para leitura. Por outro lado, os drives BD-RE são componentes comuns de PC para consumidores, e as substituições são fáceis de encontrar. Eu possuo quatro drives BD-RE.

Um disco rígido para "armazenamento a frio" tem a vantagem de ser barato, denso (em termos de polegadas quadradas por GB) e rápido para gravar e ler. Mas essas são as únicas vantagens. Para tudo o mais, principalmente durabilidade e ser WORM, o Blu-ray vence.

Realmente depende de quão importante são os dados, quanto você precisa armazenar e quanto está disposto a pagar.

************

Meus 2 centavos sobre esse comentário acima:

Essa discussão me fez perceber algo que nunca havia pensado todos esses anos, e isso enquanto eu acreditava firmemente que as mídias ópticas deveriam ser deixadas de lado: se armazenadas e manuseadas corretamente, e você tiver sorte (nunca podemos ter certeza de que todos os discos estarão "saudáveis", mesmo se preservados como deveriam), a maioria dos seus dados sobreviverá após muitos anos, uma vez que estarão divididos em um bom número de discos.

É o fato de que os conteúdos estão espalhados que importa, no fim das contas.

Tipo: 50 discos ao invés de 1 drive.

Se você não tiver tanta sorte, seu enorme HD ou SSD/pendrive/qualquer coisa... a) morrerá após algumas utilizações (e a última pode acontecer em 2030, depois de você ter decidido não mexer novamente...); b) muito mais cedo, ou c) deveria durar até mais do que esses discos Blu-ray, mas seu computador danificou o drive e agora você está ferrado porque não consegue recuperar aquele backup.

Colocar todos os ovos na mesma cesta é estupidez. Para "armazenamento a frio".

Se você deseja ter todos esses dados prontamente acessíveis, aí são outros 500, e nada do que eu falei se aplica.

Até mesmo a ideia de comprar dois HDs/SSDs em vez de usar discos pode ser igualmente falha, ambos podem falhar, e não é num futuro distante, é rapidamente. Não é uma questão de "se", mas de "quando". E esse momento é sempre mais cedo do que pensamos.

Eu tive um incidente com um pendrive uma vez, e alguns dos dados (não todos) foram corrompidos (não foi um problema pra mim, devido a existência de outro backup, em outro local, claro), depois, adivinhem só? Minha porta USB (de um novo computador, ainda por cima...) ter sido usada para verificar um pendrive falso com a capacidade de armazenamento errada.

De alguma forma, o PC ficou "estressado" após esse evento, e esqueceu de me avisar que isso causaria algum dano em qualquer coisa conectada ali.

Eu nunca mais confiei em portas USB, depois dessa sacanagem.
Penitante
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#10 Por Penitante
29/06/2023 - 14:02
Recebi um pacote com 50 discos BD-RE (23 GB, regraváveis) essa semana, 50 unidades. Da Ridata.

Pra preencher um leva exatamente 80 minutos (1h20m), no meu drive de PC antigo (em 2x, os discos não permitem gravar acima dessa velocidade). Não leva 1 minuto a mais, 2 a menos - exatamente isso, ao menos nos 12 últimos que gravei. É porque eu sempre deixo marcado o "verificar dados após gravar, com o CDBurnerXP".

O melhor aplicativo para criar um catálogo é esse, acho que nenhum outro chega perto: https://www.wincatalog.com/

Também consegue checar os conteúdos de vídeo e listar as faixas internas dele, algo que eu estava precisando, mas não conseguia no MEDIAINFO (com vários ao mesmo tempo).

E pra armazenar discos eu segui essas dicas:

https://www.digital-scrapbooking-storage.com/best-jewel-case-for-storing-cds-and-dvds.html

Um estojo de CD padrão (com miolo preto?), de espessura de 10.4mm, é o que eu coloco pra TODOS eles. Olhei as alternativas e TODAS são podres. A Amaray Keep Case é similar ao estojo preto, mas não serve por ocupar bem mais espaço.
Penitante
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#12 Por Penitante
02/08/2023 - 16:25
Como estou trocando de gabinete (desse Carbide 200R para um Lancool 216 da LIAN-LI, sem baia 5.25), vou me livrar desse antigo drive interno da LG. Peguei um externo de DVD/Blu-ray, esse da ASUS:
https://www.asus.com/br/motherboards-components/optical-drives/external-blu-ray-drive/sbw-06d5h-u/

Fiz um teste hoje, e levei uns 22 minutos para copiar do BD-RE para meu SSD.

Como o MAKEMKV enxerga o drive antigo:

https://i.postimg.cc/5yX6c2Xq/LG1.jpg

E esse novo da ASUS, externo:
https://i.postimg.cc/xCTXRRYZ/LG2.jpg

Os 23 GB que levavam 40 minutos pra serem copiados de volta nesse drive velho da LG (que é do final dos anos 2000), agora caíram quase pela metade, porém o teste foi feito com o cabo USB-C >>>>>>> Micro USB (acho que "B") 3.0, que veio com ele.

Há outro cabo duplo, "Y", uma ponta é assim (é recomendado ligar ambos, especialmente quem lida com Blu-ray), e Micro USB (B) 3.0 na outra.

Não se liga nada na tomada, apenas nas portas da mobo. Uso uma MSI Z590A-Pro, tem 1 entrada USB-C.

Desvantagens desse externo:

- Os cabos fornecidos devem ter menos de 0.5m, vou pegar de 1 metro (mas só acho USB-C, não esse "Y", que deve ter mais importado).

- Para vc colocar o disco no drive em si (na gaveta), é necessário aplicar força, exatamente o inverso do que é com o drive interno, em que apenas desliza o disco na gaveta. Como faz muitos anos que não lido com videogames que leem discos, nem lembrava como se fazia, tem que ter cuidado no encaixe.

Não testei gravar ainda. Pretendia pegar um Pioneer interno (+ um case/enclosure da Vantec, como esse abaixo:
https://vantecusa.com/products_detail.php?p_id=51

Isso pra ter a possibilidade de ripar disco UHD/4K, mas o gasto seria bem maior que o desse ASUS (e existe outro modelo desse fabricante):


O do unboxing acima tem suporte a mídias BDXL (tipo a de 100, 128 GB, mas não UHD), só que custaria 2x mais, e disco virgem dessas capacidades é bem caro e "overkill", então nem levei em conta. É porque se vc gastasse R$ 1 pra mídia virgem de 23 GB, não seria R$ 2 pra de 50 GB, ou R$ 4 pra de 100 GB, não é assim que funciona a matemática dos preços (sem contar a variação entre marcas), fora a confiabilidade que é menor de vc pegar um disco de 50 pra cima, e a chance também de perder dados aumenta, diferente de gravar em vários com 23 GB cada.

UHD nem rola (se for pra apenas assistir, um PS5 ou X-Box recente servem), é tudo importado, nem mesmo case pra 5.25 eu achei no Brasil (só pra pegar esse Vantec importado gastaria uns R$ 500). E ainda tem dificuldade que é o firmware ter de ser antigo, pois a Pioneer/outras com FWs recentes desabilitaram a capacidade dos drives de ripar discos UHD (e me refiro a modelos que já tem suporte a isso), então ou a pessoa espera talvez meses ou ANOS pro pessoal desses fóruns lançar software que "drible" o FW ter desligado os rips de UHD, ou na muita sorte, pega um drive que de cara já riparia esses discos (o que é improvável). Ou então compra diretamente com os "hackers" drives "flasheados" pra isso (mas não recomendo, pois não querem vender por plataformas como eBay). O único drive UHD que vi no BRASIL foi o Pioneer BDR-XD07UHD, mas tá R$ 2200 no site da WAZ.
Penitante
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#13 Por Penitante
07/10/2023 - 02:03
Pedi outro lote de 50 discos e 50 estojos, vamos ver quantos aproveitam... o primeiro só descartei 1.

E a descoberta que fiz hoje era meio óbvia, mas vale ressaltar:

Se quiserem copiar dados desses discos em Blu-ray de volta pro PC (gravar vou checar ainda, pois agora uso o EXTERNO da ASUS, não o INTERNO da LG), não usem drive SSD normal.

Fiz uma cópia de volta pra um SSD Samsung 870 EVO (de 4 TB), a partir de um BD-RE (gravado em 2x) e levou uns 35-40 minutos.

Já pro SSD NVME de 2 TB, SN850X da Western Digital, uns 25 no máximo. O drive citado está conectado pelo USB-C. Não sabia que a mera cópia fazia diferença entre esses 2 tipos de SSD. Testei 2 discos diferentes e constatei isso.

Já pra copiar de um SSD pra outro esses mesmos 23 GB, acho que nem 1 minuto leva.

A gravação duvido que baixe dos 40 minutos, mesmo no NVME. E ainda tem a checagem após ela, que leva praticamente o mesmo tempo, pelo CDBURNERXP.

Esses tempos morreu mais um serviço de hospedagem, o UPTOBOX...
Penitante
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#14 Por Penitante
22/10/2023 - 02:00
Meus 2 cents com últimas considerações sobre o tema:

HD externo pode até ser um pouco mais barato, mas não compensa se o objetivo é preservar dados a longo prazo, porque morre com certeza mais rápido (especialmente Seagate, aliás, jamais comprem desse fabricante, ainda que custe R$ 1, pois desde lá atrás, coisa de pelo menos 15 anos, eles se tornaram os PIORES, eu lembro quando sucatearam e jogaram no lixo o padrão de qualidade que possuíam, pois foram adquirindo outros menores, e agora possuem os modelos com mais falhas e menor durabilidade, mesmo dentro desse meio), e pode ser uma catástrofe/hecatombe se vc perder algo como 1 TB de uma vez. Sendo que esses drives já não tem conserto (e assistências que tentam recuperar cobram caríssimo), alguns são que nem paradas da Apple, mais fácil vc trocar outro que reparar internamente.

Não tem pra onde correr, os discos podem durar décadas se bem preservados, mas o HD pode pifar a qualquer momento e vc perder tudo (e o "QUANDO" é imprevisível, inclusive se vc deixar guardado e só depois descobrir, na oitava utilização). Ou vc plugar no seu PC e rolar alguma treta com a parte elétrica (e isso é bem comum, vitima outros hardwares, infelizmente). E nem é só a questão de um ou outro disco dar problema (estragar sozinho com o tempo), pense bem: se vc tem um lote de 50 (= 1150 GB), se 5 deles ficarem ruins daqui a 10 anos, 1035 GB sobreviveriam.

Se um HD de 1, 2 TB (ainda mais externo, se levar uma pancadinha...) der zebra, lá se vão seus 931 GB numa tacada só.

O ideal se fosse tentar (e ignorar mídia óptica) seria obviamente SSD, mas custam várias vezes mais por GB que qualquer alternativa. E fita nem cito...

Eu fiz um cálculo baseado na minha última estimativa:

- Estojos: esse vendedor esgotou, mas fazia 50 deles a R$ 103 já com frete;
- Discos de Blu-ray: cada um de 23 GB (dupla camada é bem mais fresco e menos confiável/durável, além de mais caro, esqueçam...), R$ 170 (um dos vendedores) se fossem 50 deles;

Isso dá: 23.7 centavos por GB; R$ 5.45 por disco de 23 GB cada, já incluindo o estojo dele;
Lote de 50 discos e estojos = gasto estimado de uns R$ 273, sem contar frete;

*********
Convertendo em medidas:

32 GB (espaço real: 29.7) = R$ 7.50 / 64 GB (ou 59.5) = Uns R$ 14
128 GB (ou 119) = R$ 28 / 256 GB (ou 238) = R$ 56
512 GB (ou 476) = R$ 114 / 1 TB ou 931 GB = R$ 222
2 TB ou 1862 GB = R$ 442 / 4 TB ou 3724 GB = R$ 884
8 TB ou 7448 GB = R$ 1768 / 10 TB ou 9310 GB = R$ 2210
12 TB ou 11.172 GB = R$ 2652 / 14 TB ou 13.034 GB = R$ 3094
16 TB ou 14.896 GB = R$ 3536 / 18 TB ou 16.758 GB = R$ 3996

No site explosivo, um HD Externo WD Elements (USB 3.0) de 2 TB tá por R$ 430. Então os custos são aproximados, mas o HD fica mais barato, comprovadamente. Um externo da Seagate de 10 TB sai por R$ 1800 também lá. Isso dá uns 18% de economia. Mas aí que tá: mais capacidade concentrada num único espaço é cômodo, pode ser rápido pra vc gravar e copiar os dados de volta...

Mas serve pra COLD STORAGE/PRESERVAR? Não. É pra HOT/acesso imediato. Eu plugo o HD/pendrive/o que for, já acesso. Como faria ao visitar uma "nuvem". A questão é: os dados que vc quer preservar estariam acessíveis daqui a X tempo? Lembrem-se que os sites apertam um botão e tudo é apagado. Além da gente ficar a mercê deles, e não interessa que paguemos mensalidade pra um Google Drive. Quem controla o que vc envia pro servidor é qualquer um, menos VOCÊ.

Realmente é pra se pensar.

Por outro lado, eu comentei recentemente que não achava BD-RE (regravável). E que era coisa de Brasil. Porque fica ruim vc gravar um lote desses com 1.1 TB e não ser possível alterar 1 byte depois, futuramente.

Mas é pior do que eu pensava: lá no exterior também se tornaram escassos os BD-RE. Entrem na página da Newegg e mandem pesquisar por BD-R, até DL (dupla camada) vcs vão achar, mas BD-RE só alguns, e ironicamente MAIS CAROS. O que é curioso, pois se for pra gente falar de confiabilidade/durabilidade, disco de 50 ou mais GB perde feio pros de 25. Mas até esses tem, já REGRAVÁVEL, não.

E esse fim de semana eu pesquisei praticamente na INTERNET INTEIRA aqui no Brasil só pra saber se havia BD-RE vendido por uma alma. NINGUÉM TEM. Teve apenas 1 anúncio, mas esse sairia a R$ 120 o frete.

Tenho que concordar que está cada vez mais difícil defender a mídia física... o pessoal "largou" a tecnologia às traças, mesmo. O que é uma pena, porque vc volta e meia acha relatos de gente que até encontrou CDs/DVDs de décadas, que ainda conseguiam aproveitar o que havia neles.

Mas HDs? Todos são unânimes em dar uns 5 anos, e isso sendo otimista. Se fossem feitos pra durar MESMO, eles e os SSDs teriam garantia de 10, 15. Por isso, nem comecem a discutir colocando o custo $ na frente de todos os outros argumentos.

A real é que a demanda por conteúdo de acesso imediato/HOT STORAGE tornou as pessoas mais burras e imediatistas, a tecnologia evoluiu a tal ponto que pararam de pensar se deveriam mesmo ter eliminado de vez a mídia física. Hoje se percebe que foi um baita erro, porque pra algumas finalidades, serve e muito...

Ah, antes que eu esqueça, importantíssimo:

https://petapixel.com/2023/08/08/sandisk-portable-ssds-are-failing-so-frequently-we-can-no-longer-recommend-them/

Essa matéria fala de SSDs EXTERNOS da SanDisk, que estão pelo visto falhando em grandes quantidades... tem vídeos no Youtube a esse respeito, e só de curiosidade resolvi pesquisar esse daqui (LINK)

Já na primeira página (cliquem em reviews) tem vários negativos. Vou citar só um vídeo de 1 mês atrás, que detalha a extensão dos problemas:



O que a Sandisk é hoje tem sido o que a Seagate sempre foi pra discos rígidos.

Então meu ponto sobre SSDs serem preferíveis (se eu fosse esquecer os preços) nem se aplica... porque até eles são bombas-relógio.
Fábio Garcia
Fábio Garcia Zumbi Registrado
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#15 Por Fábio Garcia
22/10/2023 - 12:01
Olá!

Eu acho que se você tiver a necessidade de guardar dados por uma vida inteira, nenhum método de armazenamento é 100% confiável então o correto seria usar redundância da redundância. Eu escolheria HDs mecânicos (devido ao custo x densidade) e o que fosse extremamente necessário não correr riscos, colocaria num Drive com assinatura paga. 

Hoje eu já faço isso, uso Google Drive (100GB por R$7 ao mês) pra o que eu realmente não quero perder e um HD mecânico de 1TB pra dados gerais. 

Acho que exceto pelo preço, a nuvem é a melhor opção pois ela sempre tem redundância que é gerenciada pela própria empresa que é bem criteriosa nos servidores pra esse fim.
~13,8 bilhões de anos ou mais...
"Não sou jovem o suficiente pra saber tudo". Oscar Wilde.
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