O site CanalTech fez uma matéria onde divulgou um estudo realizado pela universidade de Guelph, no Canadá. O estudo consistia em levar 12 notebooks para assistências técnicas diferentes e verificar se estas faziam algum tipo de acesso indevido aos arquivos dos clientes. O problema dos 12 notebooks era o mesmo - um driver de áudio desabilitado. Ao ler a matéria verá que a maioria acessou arquivos.
Eu concordo com muitas coisas que o artigo diz, inclusive quando cita a lei Carolina Dickmann, que fala sobre acessar arquivos no computador alheio indevidamente. Entretanto, algumas coisas eu entendo que autor da matéria levou estritamente o lado da privacidade, sem levar em conta critérios técnicos. Sim, claro que a privacidade dos clientes deve ser levada e muito a sério, legal e moralmente. Por exemplo, quantas vezes um cliente chega até você reclamando de um problema, mas o real diagnóstico era outro, diferente do que o cliente imaginava? O técnico não tinha como saber que estava participando de um estudo (lógico, senão quebrava a lógica do estudo). Vamos pegar problema de driver de áudio, e testar na frente do cliente. Sim, usa o Youtube pra testar tanto o problema bem como se depois ele foi solucionado, simples. Mas e se não tem internet ali na hora? Será que poderia entrar na pasta música pra testar o áudio? Ou em vídeo? Aqui entra a matéria chata dos cursos técnicos - Direito, Legislação e Ética.
É por isso que, em vários tópicos eu recomendo procurar um técnico qualificado e da sua confiança. Um técnico assim não irá interferir na privacidade do cliente. E quando for necessário visualizar ou armazenar alguma coisa do cliente, irá tomar o cuidado de fazer isso de maneira confiável e jamais comentar com ninguém o que viu.
JoaoNeto
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