Não são apenas os médicos, meus caros, também os profissionais de TI. Não sou contra imigração de profissionais de alto nível para o Brasil, porém creio que formamos hoje uma geração que não se empolga tanto para estas áreas, que tem um fascínio muito mais utópico do que profissional, de ganhar muito dinheiro, ter sucesso rápido ou ainda poder estar entre os profissionais "top de linha" em curto período espaço de tempo. Os salários para os brasileiros são, no minimo, irregulares (em algumas áreas) e fora da realidade de mercado internacional. Estes jovens estrangeiros, principalmente oriundos da Europa, virão sem dúvidas para garantir três coisas principais: experiência internacional, know-how/networking e salário/dinheiro, três coisas que estão em falta em alguns locais da Europa, pelo menos a súbita maioria.
Mas, e os estudantes brasileiros? Quantos profissionais qualificados formamos por ano? Porque muitos engenheiros partiram para áreas adjacentes? Tocaram no assunto educação, como anda a educação superior neste país? A área de exatas/humanas, principais áreas norteadoras de desenvolvimento de qualquer país desenvolvido (perdão pela redundância), são incentivadas - de fato - em nosso Brasil? São algumas das questões que deveriam orientar a pauta de debates antes de fazer-se um planejamento destes, alias, os paises citados na matéria que possuem uma certa porcentagem de profissionais imigrantes detém de uma formação de ensino superior acima do nosso, neste caso o planejamento estava aliado e orientado em longo-prazo a formação de profissionais tupiniquins, mas e aqui?
Abs,
Lukas.
