Inegavelmente o setor móvel conquista cada vez mais espaço, a disseminação principalmente dos smartphones é impressionante. Somente em 2014, foram vendidos mais de 1,2 bilhão de “celulares inteligentes”. A Ericsson durante um relatório de mobilidade, divulgado em 2015, prevê que 6,1 bilhão de smartphones serão ativados nos próximos 6 anos. Até 2020, que é o ano para o grande estouro de uma infinidade de dispositivos conectados graças a “internet de todas as coisas” (o Gartner aponta que serão 26 bilhões de dispositivos conectados em 2020, enquanto a Cisco é ainda mais otimista, indicando que teremos 50 bilhões de dispositivos conectados), 90% da população mundial com idade superior a 6 anos terá uma linha móvel.
Deixando de lado as diversas futilidades ligadas aos smartphones, que em muitos casos são adquiridos somente por status e certas ‘imposições da sociedade”, é importante ressaltar como o mercado e os costumes estão sendo moldados com o avanço de como lidamos com nossos celulares. Graças a proliferação desses dispositivos inúmeras pessoas com renda comprometida puderam ter o primeiro acesso com a internet (papel que até uns anos atrás era ocupado pelo mundaréu de Lan Houses espalhadas por ai), além de diversos benefícios oferecidos pelos aplicativos, automatizando diversas tarefas do dia a dia.
Certos benefícios promovidos pelos smartphones praticamente são essenciais atualmente, funcionando como uma espécie de “tecnologia invisível“. Porém, para que a caminhada dos smartphones continue crescendo e despontando em escalas colossais é necessário que novos recursos, conceitos e aplicações sejam desenvolvidas, e obviamente que o público compre a ideia, isto é, escolha determinado produto entre milhões de opções.
Além do dispositivo em si, com todas as suas particularidades a nível de especificações. Aquela velha briga referente a qualidade da tela, câmeras, memoria, armazenamento entre outros fatores. É de suma importância que o software básico, o SO, o queridinho sistema operacional, trabalhe como alicerce para tudo isso. Nas palavras de usuários finais menos exigentes é imprescindível que conte com um grande número de APLICATIVOS.
Através dos apps, o usuário molda o dispositivo a sua maneira, seguindo tendências colocadas pela indústria, e criando seu próprio estilo de usabilidade. Avaliando através desse critério, o Android e o iOS estão anos luz em relação a concorrência.
O Android é aquele velho caso de amor e ódio, muitos o adoram e uma imensa legião o detesta, porém quando falamos de mobilidade, é preciso admitir que o “robozinho do Google” conta com todo o apoio da indústria, desenvolvedores, e consumidores a tríplice perfeita para o sucesso.
Sou um usuário do famigerado Windows Phone (utilizo o Lumia 1020), e com os acontecimentos recentes, ligados aos prejuízos da Microsoft com o sistema, acabam por reforçar que o Windows Phone está em um nicho de mercado cada vez mais afunilado e restrito. Ter exclusividade é ótimo, a sensação de ser único em qualquer aspecto é revigorante, porém quando se trata de perspectiva de mercado, isso não é nada bom.
Se compararmos por exemplo com a mente de um cibercriminoso, que não mede esforços para realizar um tipo de ataque. O foco será sempre atingir o local que causará mais vítimas, vide os milhões ataques que são realizados contra o Windows. Um dos motivos é que o sistema da Microsoft conta com a maior participação de mercado, assim como o número de ataques contra o Android e o iOS estão aumentando, devido a estarem no foco. Um revés de imensa populariedade.
Esse mesmo ponto de vista está relacionado com os desenvolvedores, quanto mais usuários, participação de mercado e aceitação do público, maior o número de aplicações sendo produzidas. Caso você seja um usuário do sistema da Microsoft, pare pra pensar e conte as diversas vezes que algum produto que você adquiriu contava com a compatibilidade com um app especial, mas que em 99% do casos não conta com suporte para o Windows Phone. Pura realidade!
O Windows Phone vem sofrendo com a escassez do maior trunfo dos smartphones, que são as aplicações. A Microsoft sempre faz questão de ressaltar que os apps para o seu sistema estão aumentando, porém grande parte desses apps, seriam basicamente comparados ao mercado de jogos indies e os AAA (alto orçamento), o sistema da Microsoft está “cheio de indies”, mas com poquisismos “apps de peso”
Recentemente o gerenciador financeiro, Mint, foi removido da Windows Phone Store, assim como os aplicativos da American Airlines, Chase Bank, Bank of America, NBC, Pinterest e Kabam. Estão todos indo embora ! O que resta para o usuário é utilizar apps similares, desenvolvidos a partir do original. Como é o caso do Tinder que não conta com o aplicativo oficial para o sistema. Porém com o 6tin, o usuário pode sentir a “sensação” oferecida pela aplicação oficial em outros sistemas.
A própria Microsoft está reduzindo os seus aplicativos para o sistema. Removendo apps como por exemplo, o MSN e o Photosynth, além de alguns outros relacionados a câmera.
Todo esse abandono tem impacto direto nas vendas. Ontem foi divulgado os relatórios relacionados aos último trimeste de vendas da Microsoft. No último trimêstre, foram vendidos 5,8 milhões de Lumias ao redor do globo, uma queda de cerca de 40% em relação ao mesmo período do ano passado (com vendas em torno de 9,3 milhões)
Para tapar “o sol com a peneira” a Microsoft diz que com a chegada do Windows 10 mobile a seus smartphones – prevista para dezembro de 2015, aplicativos oficiais de peso como o Facebook e o Instagram estarão disponíveis com todos os recursos e funcionalidades encontradas no Android e no iOS.
O Windows Phone está completando cinco anos de mercado, está mais do que na hora de realmentre entrar “no jogo” ou então sair de cena de vez. Você utiliza o sistema? Qual a sua opinião ? Deixe seu comentário abaixo.
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