A sociabilidade do social e a sociedade.

“Acordar, pegar o celular e verificar as atualizações na rede social (essa da preferência do usuário, nem é importante qual), ou ainda, acordar, sair correndo para ir trabalhar, ainda que sem tomar café da manhã, e durante o trajeto com um tablet, celular ou mesmo um netbook (ou notebook) ou ao chegar ao destino, seja ele trabalho ou escola, parar para verificar atualizações nas redes ou postar algo.”

Vivemos numa sociedade na qual o uso de redes sociais tem se intensificado, e de certo modo alterado costumes antigos e criando novos, mas que na essência poderia trazer uma verdadeira revolução. Essa revolução ainda não acontece em parte por essas redes sociais estarem sendo populadas por pessoas que estão muito mais interessadas em visualizar informações postadas por serem engraçadas ou criativas, e em parte por essas mesmas pessoas postarem apenas aquilo que seria “agradável” aos olhos de outros, esperando que outras pessoas comentem ou recompartilhem a sua postagem. Esse modo ver e ser “social” pode até ser um passatempo, mas poderia ser outra coisa.

Em um outro patamar de utilização, podemos ver organizações que trabalham sério e que fazem grandes investimentos para que suas marcas também sejam “sociais”. Querem mais seguidores, mais audiência por entenderem que assim poderem ter também mais clientes. E de fato essa tem se mostrado uma das formas de marketing mais promissora da atualidade, principalmente por poder oferecer o produto apenas “a quem precisa”. Elas estão fazendo bem a parte que lhes cabe, mas são realmente sociais?

O que aconteceria se ao visualizar as ultimas atualizações nas redes sociais fossem encontradas pelos usuários informações claras e objetivas sobre produtos e serviços defeituosos ou viciados oferecidos pelas mesmas empresas que se empenham tanto em ter seguidores, mas que deixam a desejar no atendimento aos clientes? O que aconteceria se a força da comunicação social fosse usada para o bem da sociedade? O que aconteceria se cada usuário buscasse enriquecer o conteúdo para sociedade e não apenas para entreter seus amigos? É importante salientar que, a princípio, não há nada de errado com o modelo atual de participação, no qual os usuários se aplicam avidamente. No entanto, como seria se um pensamento mais “social” (e nesse o social é com sentido de aplicável a sociedade) fosse implantado nas redes ditas “sociais”?


Magno A. de Oliveira – Técnico em informática, licenciando em computação e colaborador do Hardware.com.br

(L.E.)

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