Intel e seus movimentos para atacar a NVIDIA e aumentar sua participação no mercado de GPUs

Intel e seus movimentos para atacar a NVIDIA e aumentar sua participação no mercado de GPUs

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Hoje em dia quando você pensa em adquirir uma placa de vídeo dedicada, também conhecida como offboard, você logo pensa NVIDIA ou AMD, já que são as expoentes nesse segmento. Nos anos 90, período em que esperar que chipsets de vídeo integrado entregassem um desempenho satisfatório em aplicações mais “pesadas”, era apenas um incentivo, na “marra” para que o usuário migrasse para uma placa offboard, os concorrentes eram um pouco diferentes, já havia a NVIDIA, a ATI, que acabou sendo adquirida pela AMD, em 2006, e uma outra companhia que você conhece muito bom pelos seus processadores: Intel.

Isso mesmo, a Intel já tentou dar uma “mordida” no mercado de placas de vídeo dedicadas. Essa primeira tentativa aconteceu em janeiro de 1998, com o lançamento da placa Intel 740, que funcionava sob o saudoso barramento AGP.

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Intel 740

 

O resultado foi um fracasso histórico. A placa tinha apenas entre 2 e 8 MB de RAM, apostando num recurso do barramento AGP para dar uma ajudinha: a possibilidade de a placa utilizar a RAM do sistema. Texturas, por exemplo, eram armazenadas na RAM. Porém o tiro saiu pela culatra, o acesso acabou não sendo tão rápido, o que comprometeu o desempenho da placa.

Mesmo com o revés, a Intel não desistiu tão fácil, e um ano depois investiu na i752, porém poucas unidades foram produzidas e comercializadas. Neste mesmo ano, 1999, a Intel providenciou um tiro certeiro, que reverbera até hoje. Os chipsets de vídeo integrado.

Assim como a primeira GPU da Intel, a sua primeira investida nos chipsets de vídeo integrado também passou longe do louvável. O i810, codinome “Whitney”, é o nome desse que foi o primeiro chip gráfico integrado da Intel, lançado em janeiro de 1999, um ano após tentar com  as GPUs offboard.

Das GPU offboard a Intel partiu em 2009 para as iGPUs, chips gráficos diretamente via CPU, isto é, a GPU junto com o processador. A primeira CPU Intel a cumprir tal objetivo foi o modesto Atom N450, voltado para notebooks. Porém foi apenas durante a CES 2010, que o interesse maior por essa dobradinha CPU+GPU cresceu, com o anúncio dos Core i3 e Core i5, codinome “Clarkdale”, voltados para desktop. Essa GPU integrada ficou conhecida como Intel HD Graphics.

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No início de 2016, a companhia chegou a declarar que muitos usuários não precisavam mais de uma placa de vídeo dedicada, já que as iGPUs conseguem segurar a onda, quando comparadas com placas de vídeo de entrada.

Todos esse preâmbulo histórico é para te deixar mais embasado sobre os novos movimentos da Intel no mercado de chips gráficos. Além de dar o braço a torcer, e formar uma parceria com a AMD, para que processadores voltados para notebooks e 2 em 1 contém com chips gráficos Radeon, a Intel claramente mostra que não irá se limitar a uma mera integradora de uma solução pré-fabricada por uma parceira/rival, o que ela irá mesmo fazer é ir para as cabeças, provavelmente tentar novamente investir no mercado de GPUs dedicadas, e combater a NVIDIA, que atualmente ostenta mais de 70% de quota de mercado. 

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Para comprovar o interesse da gigante de Santa Clara nesse objetivo, a companhia simplesmente anunciou a contratação de Raja Koduri, um indiano com mais de 20 anos de experiência nesse segmento, e que foi o manda chuva da divisão Radeon Technologies Group, criada pela AMD em 2015, com o intuito de colocar nos trilhos o desenvolvimento e administração de suas tecnologias gráficas.

Sob seu comando a AMD nessa nova fase lançou as placas Polaris, criou uma nova linha placas para o setor profissional, Radeon Pro (sucessora das FirePro), e desenvolveu a nova série de alta performance da gigante de Sunnyvale, chamada Vega.

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Na Intel, Koduri será o responsável por gerir a divisão “Núcleos e Computação Visual”. Esse novo setor irá expandir a participação e poder de fogo da Intel no mercado de soluções de gráfico integrado.

Não pense que o objetivo da Intel é apenas lançar uma linha de placas de vídeo dedicada, similar ao que a NVIDIA faz com as GTX ou Quadro. Alias, ainda nem sabemos se a Intel realmente irá produzir placas para o consumidor final.

O fato é que a Intel está se armando para melhorar os chips integrado de seus processadores, que começa agora com essa parceria com a AMD, mas que pode ser ampliado, por um caminho por suas próprias pernas, e que setores quentíssimos como inteligência artificial, data centers e carros autônomos, 3 pontos em que a NVIDIA também se destaca, terá a Intel com ainda mais gás

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Como sempre digo, sou um defensor eterno da concorrência. Admirar essa nova rivalidade entre Intel x NVIDIA, e porque não, a AMD, será deslumbrante. Espero que você também esteja animado.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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