Segundo o Wikipedia, “Xfce é um ambiente de trabalho gráfico, executado sobre o sistema de janelas X em sistemas Unix e similares. Assim como GNOME, o Xfce utiliza a biblioteca GTK para fazer a interface com o usuário, o que os tornam ligeiramente parecidos. Entretanto, uma preocupação do Xfce é ser mais rápido e consumir menos recursos da máquina do que o GNOME, que é considerado excessivamente grande e consumidor de recursos desnecessariamente.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Xfce)
Ele possui diversos componentes, entre eles o Thunar (gerenciador de arquivos), Xfwm4 (gerenciador de janelas), Xfmedia (tocador de mídia baseado no xine), Xfprint (gerenciador de impressão) e Xfburn (gravador de CD e DVD).
Obviamente, parte desse sucesso deve-se também ao Xubuntu, distribuição baseada na popular Ubuntu que traz o XFCE como desktop padrão. Porém, você que usa o Kurumin, tem a chance agora de instalar, explorar e usar esse poderoso ambiente, que tem como um dos potenciais a leveza – onde, mesmo usando o GTK como interface visual, consegue rodar em máquinas antigas – como um Pentium II com 64 MB de RAM – e sem dispensar o belo visual.
Quem usa o Kurumin e o OpenSuse e tem como gerenciador de janelas padrão o KDE (e/ou Gnome, no caso do OpenSuse), uma suíte bem completa mas que é voltada para computadores um pouco mais novos, ou se você quer testar também por curiosidade ou por achar o XFCE diferente, essa é a hora. No meu computador, um Celeron D de 2.8 GHz e 768 MB DDR2, uso o XFCE como desktop padrão 😛
Instalação no Kurumin e Debian
Então vamos partir para a instalação no “Kuruma”, que também vale para o Debian Etch.. A nossa querida distribuição nacional usa os repositórios Debian como padrão, e, enquanto escrevo esta dica, o mesmo se encontra na versão 4.3.99, a Release Candidate, e a final está no Unstable ainda (4.4.1). O Kurumin usa o stable como padrão, que também está na versão 4.3.99. Fica a seu critério tentar “arriscar’ ou não 😛
Mãos a obra. o XFCE é inter-compatível com o Gnome, ou seja, se o Gnome fosse instalado juntamente com o XFCE, os programas do primeiro também seriam nativos do segundo, pois ambos são GTK+2. Ou seja, para aproveitar o máximo de desempenho do XFCE, sugiro aplicativos GTK+2 😉
Vale lembrar que o Debian não tem um ótimo suporte para o XFCE, tanto em termos de versões quanto em recursos. Se você quiser ter o XFCE com todos os recursos, sugiro o Xubuntu ou o openSUSE com os repositórios do BuildService XFCE ativados 😉
Poderíamos instalar o XFCE com um simples “apt-get install xfce4”, mas isso instalaria somente os pacotes principais, deixando de lado vários outros que podem ser muito úteis. Então, primeiro atualize sua lista de pacotes, com um
E enfim rodamos o comando de instalação que vai tratar de colocar no seu sistema todos os pacotes do Debian disponíveis para o XFCE, incluindo plugins:
O comando é bem extenso, pois contém todos os pacotes que necessitamos. Após a instalação, você ainda pdoe acrescentar algumas perfumarias, como o visual GTK para o OpenOffice, com o comando:
E o pacote de ícones Tango, que achei bem bonito e é o padrão do Xubuntu, instalável via:
Estes são configuráveis em Menu XFCE -> Configurações -> Gerenciador de configurações -> Interface do usuário
Instalando no OpenSuse
Então mãos na massa. Abra o YaST, clicando no camaleão (Menu K), Computador, e “Configurações do administrador”, no KDE. Para o GNOME, vá em Sistema -> YaST. Entre com a senha de root, e a tela se abrirá. Na seção Software, clique em “Fonte de instalação”. Aparecerá uma tela como esta:
Clique no botão ‘Adicionar”, no canto inferior direito, e na próxima janela, logo depois em “Especificar URL”:
Na linha que aparecer, copie e cole o texto abaixo:
Clicando em seguida no botão “Próximo”. Aguarde o download dos arquivos do repositório, precesso semelhante ao de qualquer outro repositório, coisa muito rápida:
Feito o processo, clique em “Encerrar”. Agora, ainda no YaST, dirija-se até “Gerenciamento de pacotes”, aguardando o processo de atualização das listas. Na tela principal, em “Pesquisa”, marque a opção “Descrição”, e no campo acima, digite “xfce”, sem aspas, dando Enter em seguida ou clicando no botão. Aparecerá todos os programas relativos ao XFCE; marque todos que desejar. O principal “metapacote”, ou seja, um pacote virtual que contém o essencial, é o xfce4-desktop.
Como todos os pacotes deixam o ambiente mais completo e funcional, sugiro que marque todos os pacotes relacionados.
Agora, basta clicar em “Aplicar”, para que o YaST verifique as dependências e complete a instalação, baixando os pacotes necessários e aplicando-os ao sistema.
Instalando no Fedora
Contribuição de Pablo Vieira
Dando continuidade à dica, o StJimmy2k do FórumGdH resolveu contribuir montando um passo-a-passo para a instalação do Xfce no Fedora. O suporte não é tão grande como no openSuSE, você pode sentir falta do Xfmedia e do Xfburn.
Aqueles que estão acostumados ao terminal podem ir direto ao ponto e instlar o Xfce bem completo pelo yum:
Os menos acostumados a “pôr letrinhas na tela preta” podem usar o Pirut, o famoso Adicionar/Remover do Fedora. No menu do Gnome, vá em Aplicações > Adicionar/Remover. Vá até a opção ambiente de trabalho e marque o Xfce. Recomendo dar uma olhada nos Pacotes Adicionais, que contém váááárias utilidades para o Xfce. A recomendação é instalar todos, já descritos na linha de comando.
Terceira altertantiva: para aqueles que já fazem uso do maravilhoso yumex, o YumExtender, a melhor interface gráfica para o yum. Abra o yumex E clique no ícone de pasta do lado direito. Lá você poderá acompanhar os mesmos grupos de pacotes do pirut, mas de uma maneira mais amigável. Basta selecionar os pacotes desejados no painel lateral. Continua a recomendação de instalar todos.
Concluindo
Para finalmente entrar no XFCE, basta fazer um logoff no seu Kurumin, Opensuse ou outra distribuição, indo em Menu K -> Fechar sessão. Depois, no KDM, onde você digita o login e a senha, clique em Menu -> Tipo de sessão e selecione Xfce Session. Veja uma tela dele já em execução:
Tela de Pablo Vieira:
Depois, é só curtir seu novo ambiente, bem leve. Lembrando que, a leveza do XFCE vai embora ao abrir programas do KDE, por isso volto à recomendação de instalar aplicativos do próprio XFCE ou Gnome, todos em GTK ;-).
Aqui no Guia do Hardware estão sendo publicados aos poucos vários textos sobre o XFCE, que abordarão desde a instalação até os últimos acertos em configurações. Confira!
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