openSUSE 10.2

openSUSE 10.2

O uso de distribuições baseadas no sistema RPM já teve seu auge no Brasil, com sistemas como o Conectiva e o Mandrake. Passado algum tempo, a era Debian – Knoppix – Kurumin entrou dominando o “mercado”, e quando o Linux começou a crescer por aqui, pouca gente se familiarizou com os RPMs por conta disso.

Porém, recentemente resolvi dar uma passada no DistroWatch, site que lista e mostra as novidades das distribuições mais populares mundialmente. Por curiosidade, fui até o ranking, e, pensando que o Ubuntu estaria disparado no topo, tive uma supresa: o openSUSE estava a somente a aproximados 300 pontos do primeiro colocado, enquando o terceiro Fedora (outro Linux de peso) estava a 1000 pontos de diferença para o Ubuntu. Realmente, fiquei surpreso pois, no Brasil, não se ouve falar muitos de distribuições que não seja as nacionais, como o Kurumin, e os derivados do Ubuntu.
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Apesar de não ser muito usado no Brasil, o openSUSE é largamente utilizado lá fora, tendo uma vasta documentação, inclusive em português. Entrando no site Opensuse.org, dá para se ter uma idéia. Lá consegui achar todos os repositórios que queria, configurar o que quiser, sem medo; por lá tirei todas as minhas dúvidas antes da instalação. E, mesmo se restasse alguma, correria para o fórum internacional ou a comunidade brasileira – o Susebr.org – que também possui um fórum de mais de 4000 usuários e uma organização excepcional.

Bom, corri logo pra testar, e baixei a versão em DVD, que continha 3.8 GB. O interessante é que o site dá apenas um link para todos os mirrors. Parece estranho, mas não é: os servidores do openSUSE tratam de escolher qual o site mais rápido, e já redireciona você automaticamente. Apesar dos pesadões 3.8GB, você se vê com a comodidade de ter todos os pacotes que precisa na mão, inclusive os de desenvolvimento, sem precisar baixá-los da Internet.

Queimando o DVD, coloquei pra dar o boot e fiquei impressionado com a beleza da tela inicial, já demonstrando como seria a distribuição. A instalação segue o padrão do SuSE, usando a interface em QT baseada em etapas. Não é preciso conhecer nada especificadamente de Linux para conseguir instalar, afinal a interface é amigável e bem explicada. No instalador já é feita também toda a configuração do sistema, após uma reinicialização automática, logo depois da cópia e aplicação dos pacotes. Um outro fato interessante foi a identificação do meu hardware, sendo a distro que conseguiu detectar mais facilmente todos os meus periféricos. Até a marca da minha placa mãe encontrou (Foxconn).

Bom, mas vamos lá, por etapas. “Bootando” pelo DVD, nos deparamos com uma tela do Grub, bastando pressionar F2 e selecionar o português do Brasil, além de outras características para usuários mais avançados, bem como restauração do sistema:
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Depois de carregar o kernel, entra no bootsplash, iniciando depois o instalador, veja como é amigável. Após uma varredura pelos HDs, ele verifica se há alguma versão do SuSE/openSUSE na máquina. Se sim, ele mostra a opção de atualização, e obviamente, se não, mostra somente para uma nova instalação:
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Seguindo pela seleção do idioma, contrato de licença, análise do hardware do sistema (identificação) e seleção de fuso horário, chegamos numa das partes mais “emocionantes”: a escolha da área de trabalho. Contando com um breve resumo dos dois, o ambiente Gnome e KDE estão disponíveis, bem como a opção de nenhum deles. Lembrando que no openSUSe ambos so ambientes são muito bem trabalhados e personalizados, tendo uma levíssima tendência ao KDE:
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A próxima tela é uma das mais interessantes, onde, num resumo da instalação, é possível alterar várias configurações, como de pacotes, pro exemplo. Se você deseja instalar os dois ambientes, bibliotecas de desenvolvimento, etc, basta clicar no botão “Mudar”, e depois “Software”. O mesmo procedimento é válido para outras alterações:
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Logo após vem o particionamento, que peca por não ter um gráfico como o GParted ou o instalador do Mandriva, entretanto, também é amigável, contendo todos os botões de ação abaixo, como criar, redimensionar, etc:
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E, enfim, a instalação se inicia, pacote por pacote. Não se assuste, pois a instalação dos pacotes RPM é muito mais rápida que os do Debian. A tela básica mostra slides como passatempo, enquanto a detalhada mostra as informações técnicas da instalação:
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Após todo o processo acima, o sistema é reiniciado, caindo novamente no instalador. Agora, você fará configurações de root, nome do host, rede, atualizações online e usuários. Uma parte interessante é a de redes, onde já é possível deixar todas as opções ao seu gosto:
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Depois das outras configurações e atualizações, a instalação é encerrada, com uma saudosa tela de “Parabéns”:
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Enfim chegamos ao KDE, com um Kplash muito bonito. Tanto o tema do Grub (o Grub GFXBoot, que inclusive cheguei a escrever uma dica), quanto o bootsplash e o KSplash possuem temas semelhantes, apenas mudando a posição do logotipo.

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