Como os navegadores de internet ganham dinheiro?

Como os navegadores de internet ganham dinheiro?

Certamente, você já se perguntou “como os navegadores de internet ganham dinheiro”, já que a grande maioria dos browsers é gratuita.

Os maiores nomes entre os navegadores de internet são Google Chrome, Mozilla Firefox, Opera, Safari, Microsoft Edge são os mais presentes no mercado e você, provavelmente, deve estar lendo este artigo utilizando algum desses navegadores.

Todos esses navegadores contam com recursos de alto nível, opções de personalização, interfaces otimizadas e outros elementos que levam a indagação da forma como eles ganham dinheiro.

É extremamente curioso o fato de que o principal meio para navegar na internet seja oferecido de graça. No entanto, nem sempre foi assim, pois os primeiros navegadores não eram gratuitos, o que nos leva, primeiramente, à história dos navegadores de internet.

O início e a “Guerra dos navegadores”

Um navegador de internet, ou browser, é um software que permite o acesso aos recursos de informação disponíveis na World Wide Web (WWW). Portanto, a função dos navegadores de internet é obter e exibir conteúdos de servidores remotos da web usando o protocolo HTTP.

Para não fugir do assunto, deixaremos o lado técnico dos navegadores um pouco de lado, partindo para o lado mercadológico conforme o foco deste artigo.

Nos anos 1990, os navegadores eram vendidos separadamente ou junto do sistema operacional. O maior exemplo disso é o caso Windows e Internet Explorer. Ou seja, essa era forma como os navegadores de internet ganhavam dinheiro nos primórdios da rede.

Em 1993, surge o Mosaic, talvez o primeiro navegador de internet da história, pois conseguia exibir textos e imagens, dando origem no ano seguinte ao Netscape. O Netscape, em 1994, possuía 90% da fatia de mercado dos navegadores de internet, até a chegada do Internet Explorer em 1995, marcando, assim, o início da “guerra dos navegadores de internet”.

A tal chamada guerra dos navegadores é vantajosa para a Microsoft, pois a empresa pôde determinar o navegador de internet para o Windows, o sistema operacional mais utilizado do mundo.

A Apple teve uma iniciativa similar em 2003 com o Safari, o navegador da empresa que começou a chegar nos Macs. Portanto, uma das maneiras como os navegadores ganham dinheiro é a exclusividade, graças às empresas do ramo que atuam em outras áreas da informática.

No entanto, como os navegadores que não são criados por empresas que desenvolvem sistemas operacionais (Firefox, Brave, Opera) ganham dinheiro? Tal pergunta possui várias respostas, por isso listaremos algumas dos métodos mais utilizados para gerar receita aos navegadores.

Como os navegadores de internet ganham dinheiro?

Em 2004, após a vitória do Internet Explorer na primeira “guerra dos navegadores de internet”, a Netscape abriu o código-fonte do seu navegador e o cedeu a uma empresa chamada Mozilla.

Com isso, os anos 2000 observaram a queda do Internet Explorer, bem como formas alternativas encontradas pelos navegadores de internet para ganhar dinheiro.

Vale ressaltar que os anos 2000 também marcam o surgimento dos mecanismos de busca, os maiores responsáveis pela mudança no modelo de negócios dos navegadores.

Os mecanismos de buscas revolucionaram o mercado de navegadores, que enxergaram a importância do tráfego na web gerado pelos buscadores cujo modelo de negócios baseia-se em anúncios.

Enfim, não é difícil entender o motivo pelo qual o Chrome é o navegador mais utilizado atualmente. No entanto, outras formas de gerar lucros são as parcerias entre os navegadores e outras empresas, os famosos “royalties”.

Royalties

Em poucas palavras, os royalties representam o valor pago por uma empresa para usar determinado ativo de outra empresa. No caso deste artigo, pensaremos nos navegadores enquanto ativos. O ativo da Mozilla, desse modo, é o Firefox.

95% dos lucros do Firefox vem de royalties, que incluem o lucro com anúncios que a Mozilla recebe quando um usuário do navegador utiliza o mecanismo de busca que o Firefox oferece de maneira padrão.

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Os usuários do Firefox sabem qual é esse mecanismo de busca: o Google. Aliás, o contrato entre o Google e a Mozilla custa US$ 400 milhões em royalties anualmente.

Parece um valor alto, mas se torna irrisório ao comparar com o valor pago à Apple. Para continuar sendo o buscador padrão no Safari, o Google paga a Apple entre US$ 9 e US$ 12 bilhões por ano.

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Penetração indireta de mercado

Como o nome já diz, essa não é uma fonte direta de lucros aos navegadores, mas serve como uma grande expansão aos produtos da empresa. Os dois maiores exemplos são o Google e a Microsoft, pois o Chrome e o Edge são cruciais para a distribuição de outros produtos das empresas, como o Gmail e o Outlook, respectivamente. Essa premissa de fonte de receita tem como base o fato de os navegadores serem a porta de entrada para a internet.

Rastreio e anúncios

Um dos assuntos mais polêmicos em relação aos navegadores de internet são os cookies de rastreio. No entanto, quanto melhor o rastreio por parte dos navegadores, mais dinheiro eles ganham.

Isso porque o Google, sobretudo o programa AdSense, valoriza bastante os dados dos usuários. Com o Chrome, o Google rastreia os dados dos usuários e otimiza o AdSense para exibir anúncios cada vez melhores, aumentando a rentabilidade do serviço.

Por isso, o Google Chrome faz parte do Google Services, divisão responsável por  obter lucro através de anúncios. Ou seja, a fonte de lucros do Google Chrome, diferentemente de outros navegadores, como o Firefox, são os anúncios.

Em 2021, o Google Services lucrou US$ 237 bilhões graças ao dinheiro com anúncios gerado tanto pelo Google Chrome quanto pelos outros navegadores. Portanto, é compreensível que o Google invista quantias enormes para ter exclusividade em outros navegadores, mesmo com o Chrome sendo o mais usado mundialmente.

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