Nesta semana as principais empresas do setor de tecnologia divulgaram seus rendimentos do terceiro bimestre de 2020. Amazon, Alphabet (Google), Apple, Facebook e Microsoft.
Quatro dentre as cinco grandes companhias continuam a prosperar no período da pandemia, refletindo o grande uso dos serviços dessas empresas.
A maioria dos rendimentos superou as expectativas do setor financeiro. Confira neste artigo como foram os resultados financeiros dessas empresas.
Na quinta-feira (29), a Alphabet – empresa-mãe do Google – anunciou o resultado financeiro do terceiro semestre do ano fiscal.
A gigantesca corporação obteve rendimentos que chegam aos US$ 46.2 bilhões. O lucro por ação ficou na casa dos 16,40 dólares da receita líquida de US$ 11.2 bilhões.
Contrariando as expectativas dos analistas, que previam que a empresa obtivesse US$ 42.88 de lucro total, as ações da empresa subiram em 8,5% após o pregão.
Com isso, dentre as apresentações de rendimento das cinco maiores empresas do setor, essa foi a reação mais positiva do mercado.
Incrivelmente, o mecanismo de buscas rendeu à empresa US$ 26.3 bilhões, conseguindo superar o mesmo período de 2019.
De acordo com o relatório da Alphabet, como visto acima, esses números apresentam, portanto, um aumento no lucro total do YouTube. A plataforma/rede social de vídeos faturou CINCO BILHÕES de dólares no último bimestre, 1,2 bilhão a mais se comparado ao resultado do ano passado.
O Google Cloud, também, conseguiu superar as expectativas, gerando US$ 3.44 bilhões de lucros para a Alphabet. Entretanto, vamos deixar parar falar mais sobre isso no final do texto.
Microsoft
A Microsoft divulgou seus rendimentos mais cedo. No entanto, a empresa lançou os rendimentos correspondentes ao primeiro bimestre de seu ano fiscal, que terminou em 30 de setembro.
Para que fique claro, embora os rendimentos aconteçam do terceiro bimestre de 2020, no caso da Microsoft, eles, entretanto, representam o primeiro bimestre do período fiscal de 2021.
Portanto, a Microsoft apresentou lucros de 37,2 bilhões de dólares e um lucro por ação de US$ 1,82.
As ações da Microsoft subiram 2% após a divulgação.
Um dos pilares para essa guinada foi a atualização do Azure, plataforma de computação em nuvem da companhia.
A categoria de serviços de nuvem gerou US$13 bilhões de receita para Microsoft, 20% a mais em comparação com o rendimento do terceiro bimestre do ano passado.
Office e LinkedIn, inseridos na categoria de produtividade e negócios, faturou US$ 12.3 bilhões, crescendo em 11%.
Por último, a categoria que engloba o Windows e o Xbox apresentou rendimentos de US$ 11.8 bilhões, mas cresceu apenas 6% se comparado ao mesmo período no ano passado. No entanto, o lucro relacionado aos videogames cresceu em 22%.
Apple
A Apple é o caso à parte neste artigo. A eterna empresa de Steve Jobs não conseguiu agradar os investidores devido ao lucro abaixo das expectativas do novo iPhone.
Após a divulgação do resultado, o preço das ações da empresa caiu 5%.
Além disso, os números dos rendimentos da empresa não espantaram os analistas. Esperava-se que a Apple lucrasse US$ 63.7, número insignificativamente menor do que os US$ 64.7 alcançados.
O lucro por ação também não foi surpreendente: 73 centavos de dólar, três centavos a mais do que era esperado.
Certamente o baque foi a queda de 20% nos lucros com o iPhone, pois, apesar de a empresa obter rendimentos impressionantes nos setores de serviço e do Mac, fica óbvio a importância do smartphone para as finanças da Apple.
A justificativa para isso é o fato do iPhone 12 chegar ao mercado há exatamente uma semana. Além disso, o iPhone 12 Pro só estará disponível no dia 13 de novembro.
Certamente, esse atraso em relação ao lançamento do iPhone, que costuma aparecer em meados de setembro, afetou os rendimentos da empresa.
O Facebook seguindo a linha das outras empresas, também divulgou seus rendimentos quinta-feira (29).
A empresa de Mark Zuckerberg continua surpreendendo, com lucros de US$ 21.5 bilhões e uma receita total de US$7.8 bilhões, bem como um lucro por ação de US$ 2.71 no último trimestre.
Além disso, o Facebook também cresceu 12% em usuários mensais: 2.74 bilhões de pessoas.
A receita total da empresa só não foi maior porque o número de funcionários do Facebook aumentou em 32% se comparado ao ano passado. Isso fez com que o crescimento anual da empresa ficasse em 22%, enquanto os gastos subiram para 28%.
No relatório do Facebook, a empresa afirma que o quarto bimestre apresentará um crescimento anual nos rendimentos com anúncio maior do que o terceiro bimestre. As vendas do headset VR Oculus Quest 2 serão responsáveis por trazer uma receita independente de anúncios nas redes sociais.
No entanto, problemas com a regulamentação de dados na Europa, poderão trazer, segundo a empresa, “uma quantidade significativa de incertezas” em 2021.
Amazon
Certamente, o ano de 2020 não foi lá dos melhores. Contudo, a Amazon não tem o que reclamar.
A empresa viu o seu negócio decolar em um período em que a sociedade passou a tratar o ecommerce como um serviço essencial.
O relatório divulgado na quarta-feira (28) superou as expectativas de qualquer analista financeiro.
A empresa obteve US$ 96.15 BILHÕES em vendas, crescendo 37.4% em relação aos US$ 69.98 bilhões do ano passado.
Além disso, esses resultados foram obtidos sem os lucros do Prime Day, pois a edição deste ano aconteceu em outubro.
O setor de computação em nuvem da Amazon, o AWS, apresentou um crescimento muito importante nos rendimentos da empresa. O serviço gerou US$ 11.6 bilhões no terceiro trimestre, apesar de não obter o mesmo crescimento do ano passado.
Ainda assim, o serviço traz muita receita para a empresa, sobretudo neste trimestre, que foi o mais rentável de toda a história da Amazon.
Anteriormente, o trimestre mais rentável da empresa foi o anterior, ou seja, este trimestre quebrou um recorde recente.
Computação em nuvem – Amazon, Google e Microsoft
Em 2020 houve um crescimento exponencial no mercado de computação em nuvem.
Devido à pandemia, o serviço de nuvem passou a ser utilizado pelas empresas que tiveram que fechar seus escritórios.
Como relatado acima, três das cinco maiores empresas da indústria tecnológica – Amazon, Google e Microsoft – tiveram os seus serviços de computação em nuvem como parte importantíssima para os lucros do terceiro bimestre.
Segundo informações da Synergy Research, os serviços de nuvem geraram 33 bilhões de dólares de lucro no último bimestre.
Esse número representa o crescimento contínuo no setor, bem como o investimento na computação em nuvem pelas empresas.
Com a expansão das tecnologias 5G e Edge Computing, a infraestrutura de nuvem, certamente, encontrará novos segmentos e continuará gerando receitas importantes.
Essas três empresas já estão colaborando com companhias de telecomunicações com o fim de fornecer suas tecnologias em nuvem nos data centers das operadoras.
A intenção é obter lucros pelos serviços oferecidos aos consumidores com a tecnologia 5G, bem como transformar a infraestrutura de TI das operadoras de telefonia celular.
Além, das três empresas citadas acima, a IBM, gigante da computação, e o conglomerado chinês, Alibaba, apresentaram lucros expressivos com a computação em nuvem.
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