A tela segue os 800×480 padrão do Android. A resolução de tela é uma das questões que anula parte da vantagem de uma tela maior, já que embora menos confortável, uma tela de 4″ ou 5″ permite fazer basicamente as mesmas coisas que uma tela de 7″, em um formato mais compacto. Vale lembrar que no Android é possível ajustar o DPI da tela (https://www.hardware.com.br/dicas/dpi-tela-android.html) fazendo que as fontes e outros elementos da interface fiquem maiores ou menores, como preferir.
A tela usa ainda uma película resistiva, mas a sensibilidade é bastante aceitável, muito superior ao que vi em tablets chineses anteriores, como o M001. Se você chegou a utilizar um Nokia touch, baseado no S60 5ed., vai encontrar uma experiência bastante similar. Em resumo, é o mais perto de uma tela capacitiva que você vai encontrar.
De uma forma geral, esta tela é bastante satisfatória em termos de sensibilidade ao toque, entretanto ela ainda peca um pouco em relação ao suporte a gestos, já que a ela é um pouco áspera e por isso os dedos não deslizam muito bem. Como de praxe em telas resistivas, ela também absorve um pouco a luz, prejudicando um pouco a nitidez e a reprodução de cores. Em resumo, a qualidade é muito boa dentro do que se espera de uma tela resistiva, mas não espere encontrar a mesma experiência de uso que teria em uma tela capacitiva.
Uma vantagem que pode ser notada é que, como em qualquer tela resistiva ela oferece a vantagem de poder ser usada com uma caneta stylus, o que é uma vantagem ao usar softwares de administração remota, desenho e escrita manual, já que oferece uma maior precisão de toque.
Embora a tecnologia venha caindo de preço, as telas capacitivas ainda são consideravelmente mais caras que as velhas telas resistivas, o que tem barrado o uso em aparelhos abaixo da casa dos 200 dólares. Estima-se que em um aparelho com tela de 5″, o uso de uma tela capacitiva com Gorila Glass aumente o custo de produção em cerca de 50 dólares em relação ao mesmo aparelho com uma tela resistiva. No caso de um tablet de baixo custo, como o C902, isso significaria um preço final de venda quase 2 vezes mais alto.
A bateria é uma Li-Ion de 1700 mAh. Graças ao uso do RK2818, a autonomia de bateria é bem superior ao dos tablets de primeira geração. Ela dura cerca de 3 horas ao assistir vídeos (mais do que meu antigo Milestone) ou entre 3 e 4 horas ao navegar e executar outras tarefas que mantenham a tela ligada. Ao ouvir música ou executar tarefas esporádicas a autonomia sobe para até 8 horas.
O principal problema é que o chip continua ativo mesmo que ele não esteja fazendo nada, o que faz com que a autonomia em stand-by também não passe de 8 horas. Ou seja, é preciso mantê-lo desligado (ou ligado no carregador) enquanto não estiver usando, caso contrário ele continua consumindo a bateria.
A bateria carrega relativamente rápido, indo de 20 a 80% em cerca de uma hora (usando o corregador de tomada , o que permite que você mantenha ele em atividade durante o dia inteiro se tiver como carregá-lo rapidamente uma ou duas vezes ao longo do dia. No geral está bem acima da média em relação aos tablets da China, mas fica bem atrás dos tablets de primeira linha, que têm autonomia na casa das 8 horas e podem ficar vários dias em stand-by.
A bateria não é removível, o que é uma desvantagem do ponto de vista da autonomia, já que você perde a possibilidade de levar uma bateria extra. O fato de a bateria ser soldada na placa tem seus prós e contras caso no futuro precise substituí-la, já que por um lado você tem o trabalho de desmontar e soldar, mas por outro lado pode usar qualquer bateria que caiba dentro do compartimento na substituição, sem necessariamente precisar se preocupar em encontrar outra igual.
Por causa da bateria fixa, ele inclui um botão de reset na parte inferior, que quando pressionado simula a remoção da bateria, permitindo resolver travamentos: