O TyTN II utiliza um chipset Qualcomm MSM7200, que combina diversos componentes, entre eles o módulo do GPS, um Qualcomm gpsOne, de 20 canais. Ele é levemente inferior a chips como o SiRF III, usado em receptores dedicados, mas ele faz bem o trabalho dentro do que se esperaria de um módulo integrado.
Um dos inconvenientes de qualquer GPS é que da primeira vez que o receptor é ligado, ele demora vários minutos para mostrar a localização inicial, tempo em que ele calcula a posição dos satélites. A HTC incluiu uma resposta para o problema, na forma do QuickGPS, um pequeno aplicativo que obtém um mapa com a localização dos satélites usando a conexão de dados. Basta baixar as localizações antes de usar o GPS pela primeira vez e depois atualizar as localizações uma vez por semana:
Assim como qualquer outro sinal de rádio, o sinal de GPS é atenuado por obstáculos e nuvens. Com isso, você tem mais dificuldade em captar o sinal dentro do carro do que quando está a céu aberto (já que os vidros e a capota prejudicam a recepção) e nos dias nublados. Com isso, o software demora mais para fixar os satélites e a precisão da localização cai. Isso explica também por que é quase impossível obter um fix dos satélites enquanto está dentro de casa ou em outro local coberto.
Assim como em uma rede wireless, a solução para melhorar a recepção é adicionar uma antena externa. No caso do TyTN, você encontra um conector mini MCX, escondido na lateral ou na parte traseira, permitindo a instalação de uma antena externa:
O TyTN II vendido na Europa acompanha uma versão de demonstração do TomTom Navigator (que dá direito a baixar o mapa de apenas uma cidade). O problema é que ele ainda não está disponível no Brasil, por isso o TyTN II nacional acabou vindo sem nenhum software de navegação pré-instalado, deixando a instalação por conta da operadora. A Tim, por exemplo, possui um convênio com a Garmin, enquanto a Vivo oferece um navegador próprio.
Naturalmente, nada impede que você instale o Google Maps, o Garmin Mobile ou outro software de navegação a que tenha acesso. Vamos então a um resumo das opções disponíveis:
Google Maps: O Google Maps é uma espécie de default em se tratando de aplicativo de localização, já que é gratuito e está largamente disponível. A grande limitação é que ele não oferece a opção de baixar os mapas previamente. Os mapas são baixados conforme você se desloca, usando tráfego de dados. O volume transmitido é relativamente pequeno, de forma que é perfeitamente possível usá-lo esporadicamente mesmo nos planos pré-pagos, mas, se você pretende usá-lo sempre, é mais aconselhável aderir a algum plano de dados. Você pode instalá-lo através do http://m.google.com/.
Ao ativar o uso do GPS, a posição é exibida com precisão e atualizada conforme se desloca. Está disponível também o modo de visualização por satélite, que é na verdade um modo híbrido, onde a imagem do satélite é sobreposta com o mapa das ruas:
Em qualquer um dos modos, a legenda na parte superior mostra o volume de tráfego transferido, para que você não perca a conta ao usar um plano com quota de tráfego. O modo de visualização por mapa consome de 4 a 6 vezes menos tráfego de dados, por isso é a melhor opção em conexões GPRS/EDGE ou caso page por MB transferido.
Clicando “Menu > Rota …” você tem acesso à função mais interessante, que traça rota entre dois pontos. Se você está usando um GPS, o ponto de partida é definido automaticamente (o que facilita bastante). Não é necessário digitar o endereço completo do destino, pois ao digitar um nome incompleto (ou diferente do que está no mapa) ele oferece uma lista de possibilidades.
As duas limitações é que ele não oferece um modo de visualização em 3D, nem navegação falada, mas a função básica de definição de rota funciona bem, com a vantagem dos mapas serem atualizados automaticamente:
Uma observação é que por algum motivo o Google Maps falha em obter o sinal de GPS no TyTN II, possivelmente alguma incompatibilidade que faz com que ele não aguarde tempo suficiente para calcular a posição. A solução é usar outro programa de recepção para obter a localização inicial. Uma opção nesse caso é usar o BeeLineGPS (trial de 30 dias, US$ 29 na versão completa), que pode ser baixado no: http://www.visualgps.net/BeeLineGPS/
Por estranho que possa parecer, uma vez que outro programa calcula a posição inicial uma vez, tanto o Google Maps quanto o Live Search funcionam perfeitamente, atualizando sua posição conforme se desloca, pelo menos até que você dê um soft-reset.
Garmin Mobile XT: O Garmin Mobile XT é a versão do software de navegação da Garmin para smartphones, com versões para o Windows Mobile, Symbian e Palm OS. Ele oferece essencialmente, os mesmos recursos de navegação da versão para aparelhos automotivos, incluindo mapas pré-gravados na memória e navegação assistida por voz, recursos que podem ser utilizados sem limitações mesmo sem nenhum tipo de conexão com a web.
Ele não está disponível para download. No http://www.garmin.com/mobile/smartphones/ você encontra a opção de comprar a versão em caixinha, que contém um cartão microSD com o software pré-instalado por US$ 99. Essa versão não é muito aconselhável, pois não vem com os mapas do Brasil e pelo fato de ser um produto físico você precisa pagar o envio e os tradicionais impostos de importação, diferente de um software, onde você pagaria apenas o IOF.
Para obter os mapas do Brasil, você teria duas opções. A primeira seria adquirir o City Navigator, outro software da Garmin que é também vendido apenas pré-gravado em cartão de memória. A segunda seria usar os mapas do Tracksource (que oferece um conjunto incrivelmente completo de mapas de cidades brasileiras), que podem ser transferidos para o smartphone usando o Garmin MapSource, ou o sendmap, um aplicativo gratuito. Os mapas do Tracksource podem ser baixados no http://www.tracksource.org.br/ e o site de documentação do projeto é o http://tracksourcebrasil.wikispaces.com/.
Apesar da pouca disponibilidade, ele é um aplicativo bastante usado e você encontrará vários comentários sobre ele em fóruns. O que acontece é que, como qualquer software, ele pode ser craqueado e distribuído via web, que é justamente o que acontece e em larga escala. Os interessados baixam as imagens, instalam em um cartão de memória qualquer, transferem os mapas e usam. O Garmin Mobile XT é também fornecido em regime OEM, para fabricantes e operadoras interessados em incluí-lo nos aparelhos. Este é o caso da TIM, que o fornece pré-instalado (nesse caso juntamente com os mapas de algumas cidades brasileiras) em alguns aparelhos.
Maplink Destinator: O Destinator foi um dos primeiros softwares de localização a oferecer os mapas do Brasil e continua sendo um dos aplicativos mais populares. Ele é o mesmo software usado no navegador da Quatro Rodas, que disponibiliza atualizações e suporte para ele. A versão nacional é comercializada através do http://www.destinator.com.br/ e através da Movix1 (http://www.movix1.com.br). As desvantagens são o fato de ele estar disponível apenas para Windows Mobile e o custo (R$ 299, apenas pelo software).
Route 66: O Route 66 é mais um software de localização que inclui mapas para o Brasil. Ele possui versões para S60 e para Windows Mobile, com suporte a navegação por voz e mapas para o Brasil e está disponível (US$ 179) através do: http://www.66.com/route66/index.php?cid=BR
TomTom Navigator: A TomTom disputa com a Garmin o posto de maior fabricantes de aparelhos de GPS e, assim como ela, oferece uma versão do software de navegação para smartphones e PDAs, o TomTom Navigator, que por enquanto ainda não está disponível em versão nacional. De qualquer forma, a página é a http://www.tomtom.com.br.
Nav4all: O Nav4all é mais um aplicativo gratuito que trabalha usando a conexão de dados, de forma similar ao Google Maps. Os mapas são mais simples, a compatibilidade está longe de ser perfeita e a interface é bastante confusa, mas ele oferece um diferencial importante, que é a navegação por voz, com suporte ao Português do Brasil. Você pode instalá-lo acessando o http://nav4all.com através do próprio aparelho. Ao abrí-lo pela primeira vez, é necessário baixar também os arquivos de linguagem.
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