ANÁLISE: Gigabyte Aorus K7

ANÁLISE: Gigabyte Aorus K7

Recentemente demos uma conferida no Aorus H5, primeiro headset da Gigabyte sob a marca Aorus. Ele é uma opção interessante levando em conta o custo x benefício. Hoje iremos dar uma olhada em um outro periférico da Gigabyte, dessa vez um teclado mecânico, o Aorus K7. Esse é o terceiro modelo da companhia taiwanesa a ter K7 no nome, os outros dois são o Gigayte Force K7 e o Aorus Thunder K7. 

Assim como praticamente todos os produtos que fazem parte do portfólio Aorus, esse teclado conta com iluminação RGB, gerenciado pelo mesmo software que utilizamos, e passamos dificuldades, com o Aorus H5. Será que os mesmos problemas se repetem? O teclado vale a pena? Confira abaixo as nossas impressões.

Design

O Aorus K7 segue o layout de 104 teclas, e um design polido. É um teclado que com certeza irá agradar aqueles que preferem uma estética mais minimalista, sem tantas linhas agressivas, que costumam ser vistas em produtos dessa categoria. A distribuição das teclas não é plana, há uma elevação.

A base de plástico é abraçada por uma excelente estrutura baseada em uma placa de alumínio, com uma curvatura na base. Essa estrutura conta com uma lista laranja, bem discreta, que dá um bom contraste na estrutura, e que até combina com o Aorus H5.

Teria sido uma decisão mais acertada se a Gigabyte optasse por aplicar cantos arredondados na parte superior da estrutura. A região é bem acentuada e ligeiramente cortante. Cuidado com os dedos!

O teclado também conta com isolamento elétrico, entre a estrutura de alumínio e a conexão USB, evitando que você leve um choque ao encostar no Aorus K7 descalço, e caso a sua casa não tenha aterramento.

As referências à linha Aorus aparecem na parte inferior, com o lettering da marca, e na parte superior, com o logo, a águia, que está posicionada logo após o botão pause.

Na parte traseira do teclado, encontramos novamente o logo da linha Aourus e os resistentes pés de borracha. Ué, e as tradicionais alças para ajuste de altura? Não tem? Não. A Gigabyte implementou no Aorus K7 uma forma diferenciada, baseada numa engrenagem. Há duas rodas, em cada ponta do teclado, que realiza essa regulagem.

As keycaps são em preto fosco, e os switches são Cherry MX (resistência para 50 milhões de cliques). Apenas o Red está disponível. As teclas contam com o feedback táctil, o famoso som do click – amado por alguns, odiado por outros. Infelizmente o teclado segue o padrão americano, não há a versão baseada em ABNT2. Que feio Gigabyte!

O cabo USB 2.0 de 2 metros acompanha a boa qualidade do teclado como um todo. A ponteira é banhada a ouro, garantindo uma durabilidade extra.

Na embalagem, além do teclado em si, encontramos um conjunto de 6 teclas adicionais, (similar ao que acontece com o HyperX Alloy Elite), bolsa para transporte, papelada e uma ferramenta para a remoção das teclas. Embora nem precise, já que as teclas soltam com bastante facilidade (isso não é necessariamente uma coisa boa).

Desempenho

Nem só de aparência vive o Aoru K7. Ele é um excelente teclado mecânico, mas que se complica nos extras. A Gigabyte segue a mania do mercado gamer, a busca por LEDs, mas infelizmente o Aorus H7 sofre com o precário software de gerenciamento dessa e das demais funções.

Embora eu não tenha enfrentado a mesma situação inaceitável do Aorus H5, de escolher um efeito e o resultado ser outro, como se trata do mesmo software (clique aqui para baixar) a experiência de uso é truncada – a interface não ajuda o usuário.

Além do software, você também pode fazer a configuração diretamente pelo teclado, da seguinte forma:

FN+ DEl = ativa ou desativa a iluminação

FN+ INSERT = Altera a cor

FN+ ScrLK = Altera os efeitos

Aplicando manualmente é possível escolher entre 8 opções de efeito. Pelo software apenas três ficam disponíveis, porém ele complementa com outros 5 presets de iluminação. 

No mais, os leds aplicados ficam realmente muito bonitos e com uma boa intensidade.

O software também oferece a possibilidade de atribuir funções para cada uma das teclas, basta clicar no botão “Key Assign, ele fica próximo ao botão que configura os leds, na parte inferior do programa. Também é possível atribuir macros, função que é acessada por um botão na parte superior direita.

Além de ser confuso atribuir tais recursos, algumas das palavras deste software da Gigabyte são praticamente impossíveis de serem lidas, já que a definição é baixíssima. 

Especificações completas

  • Interface: USB 2.0
  • Switch: Cherry MX 
  • Tipo de interruptor: Vermelho
  • Durabilidade: 50 milhões de vezes
  • Perfil-chave: Padrão
  • Distância travel: 4mm para o fundo
  • Distância de ativação: 2mm para o ponto de atuação
  • Força máxima: 45g +/- 15g
  • Dimensão: 440 x 150 x 40 (L x W x H mm)
  • Comprimento do cabo: 2m
  • Sistema Operacional suportado: Windows 7 / Windows 8 / Windows 10
  • Entrada de key simultânea: USB N-Key Rollover (NKRO)
  • Taxa de relatório: Máximo 1000Hz
  • Retroiluminação: Fusão RGB – por cor customizável de 16,8M
  • Tecla de atalho multimídia: 22 teclas de função, combinação de trabalho com a tecla “Fn”

Pontos Positivos

  • Design
  • Construção resistente
  • Cabo USB de qualidade
  • Iluminação RGB
  • Switches Cherry MX

​Pontos Negativos

  • Partes da estrutura podem ser cortantes
  • Software de gerenciamento dos recursos extras

​Veredito

Combinando uma excelente e durável estrutura, bom design e switches de qualidade o Aorus K7 é um excelente teclado mecânico, mas que peca nos extras, devido ao seu péssimo software de gerenciamento. Embora a iluminação possa ser aplicada manualmente por um conjunto de teclas, muitos usuários preferem lidar visualmente com essa configuração, através de um software, e fora que macros e atribuição das teclas necessariamente precisam ser aplicadas por ele. A experiência é truncada e cansativa, em alguns momentos completamente frustrante. 

A Gigabyte também ficou devendo em não trazer o teclado localizado para o Brasil, com o perfil de teclas ABNT2. Há apenas perfil americano. A estrutura é de extremo bom gosto, mas teria ficado bem melhor se os cantos fossem arredondados, que além de ser esteticamente mais agradável ainda seria mais seguro para os dedos.

Em relação ao preço, o Aorus K7 pode ser encontrado atualmente na faixa que a Gigabyte deu como sugerido no ano passado, durante o lançamento: na casa dos R$ 400. Preço justo para sua qualidade.


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Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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