ANÁLISE: Gigabyte Aorus H5

ANÁLISE: Gigabyte Aorus H5

A linha de produtos Aorus, que faz parte do portfólio de produtos da Gigabyte, está no mercado desde 2014, com notebooks e alguns periféricos, porém sua popularidade ganhou força realmente a partir do ano passado, quando a Gigabyte decidiu que lançaria também placas de vídeo e placas-mãe com a chancela Aorus, que se tornou definitivamente a divisão de componentes de alta performance da gigante taiwanesa.

Entre os produtos apresentados no ano passado que fazem parte dessa linha está o Aorus H5, primeiro headset gamer da Gigabyte. Seu grande diferençal está nos drivers de som, que ao invés dos tradicionais ímãs de neodímio, aposta no Beryllium (ou berílio em português), um metal rígido, 30 vezes mais caro que o ouro.

Drivers baseados neste material prometem entregar uma qualidade de som superior, e inclusive são direcionados aos equipamentos de som topo de linha. Encontrar essa feature em um headset gamer intermediário é algo bem curioso.

Recebemos da Gigabyte Brasil o Aorus H5 para teste, e abaixo você confere todas as nossas impressões com esse headset.

Design

O Aorus H5 é um fone circumaural leve, pesa 285 gramas. Ele é inteiramente de plástico, dividido em partes mais e menos rígidas. O preto fosco é a cor predominante, com acabamento em laranja. O headset segue o padrão auto-ajustável, similar ao que vimos no Cloud Revolver S, da HyperX. As earcups, que acomodam os drivers de 50mm, são bem grandes, e contam com o logo da águia que representa a linha Aourus ao centro.

Essa águia conta com iluminação RGB, gerenciada por software. As demais referências à linha Aorus aparecem em uma chapa de plástico que imita metal, localizada nas extremidades do headset, logo acima das conchas. A parte superior da alça de courino que mantém o contato direto com a cabeça também conta com o nome Aourus e a águia gravados.

As conchas auditivas também são revestidas com courino, o microfone é bem maleável e removível, e conta com um bom comprimento, que permite que ele fique bem próximo à boca. A Gigabyte optou por não incluir uma windscreen, a famosa espuminha, na ponta do mic.

O cabo do Aorus H5 conta com 3 metros de comprimento, traz um controller em linha (responsável pelo gerenciamento do volume e microfone) e três vias: 2x P2 3.5mm (fone e microfone), e 1x USB 2.0. Quando conectado ao computador, é possível fazer a integração com um software de gerenciamento que habilita as funcionalidades de iluminação. Todos os conectores são banhados a ouro.

Durante o uso, o Aorus H5 se mostrou bastante confortável, com um bom ajuste na cabeça, sem uma pressão tão grande nas laterais. 

O conteúdo da embalagem inclui o headset, o microfone e um guia de acesso rápido.

Desempenho

A Gigabyte diz que a inclusão de drivers de metal de berílio de 50mm permite que o Aorus H5 ofereça sons excelentes, precisos e balanceados, eliminando a vibração desnecessária, melhorando a transparência do som.

Os drivers utilizados contam com uma resposta de frequência de 20Hz ~ 20KHz, impedância de 32Ω e uma sensibilidade de 100 ± 3dB a 1KHz . 

A verdade é: na prática, em termos de som o Aorus H5 é um bom fone para sua faixa de preço, e ponto! A opção de optar pelo Berílio ao invés dos tradicionais imãs de neodímio não trouxe nenhuma diferença substancial encontrada em outros bons fones gamers, como o Cloud Stinger, que comprovadamente é uma opção custo x benefício bem interessante.

Na faixa de preço que está sendo vendido, cerca de R$ 350, o Aorus H5 pode ser definido como um fone gamer estéreo decente. O destaque fica por conta dos graves, que apresentam uma boa resposta, porém em determinados momentos a definição fica devendo. No quesito palco sonoro, o Aorus H5 pode ser meio incomodo, principalmente se você já teve contato com headsets de um patamar acima.

O microfone unidirecional conta com uma resposta de frequência de 100Hz a 10kHz, impedância de 2,2K ohms e sensibilidade -44dB (+/- 3 dB), é no máximo ok. O que ele entrega de durabilidade e maleabilidade fica devendo em sua qualidade de captação.

Para o gerenciamento da iluminação do Aorus H5 utilizamos um software proprietário da Gigabyte, o Aorus Graphics Engine, que pode ser baixado aqui. Com este software é possível habilitar/desabilitar a iluminação, aplicar efeitos (5 tipos estão disponíveis), determinar a intensidade do brilho e escolher entre as 16,7 milhões de cores.

A experiência e integração com o headset entregue por esse software infelizmente deixa muito a desejar, é o ponto que mais atrapalha o Aorus H5. Praticamente em todas as vezes que tentamos configurar a opção de efeito e cor o resultado mostrado no headset estava totalmente em desacordo. Isso sem contar em loadings constantes para aplicar qualquer opção. Resultado sofrível!

Especificações

Fone de ouvido

  • Comprimento do cabo: 3m
  • Modo: Stereo com drivers de 50mm
  • Impedência: 32Ω
  • Resposta de frequência:  20Hz ~ 20KHz 
  • Sensibilidade: 100 ± 3dB a 1KHz
  • Conectores: USB 2.0, 2x P2 (3,5mm)

 Microfone

  • Unidireccional
  • Impedância: 2.2KΩ
  • Resposta de frequência: 100Hz ~ 10KHz
  • Sensibilidade:  -44 ± 3dB a 1KHz

Pontos Positivos

  • Belo design
  • Leve e encaixa bem na cabeça
  • Iluminação RGB nas laterais das conchas auditivas
  • Qualidade de som decente para a faixa de preço que atua
  • Microfone destacável e bem maleável

Pontos Negativos

  • Software de gerenciamento da iluminação RGB
  • Palco sonoro 
  • Microfone

Veredito

Com essa avalanche de popularidade que o e-Sport conquistou nos últimos anos não é mais novidade que cada vez mais empresas queiram conquistar uma farpelinha do mercado de periféricos voltados para o público gamer, apostando em soluções manjadas mais que funcionam para esse público, como a inclusão de LEDs e um design estiloso.

O Aorus H5, que marca a entrada da Gigabyte no mercado de hedasets gamers, não entrega apenas uma aparência jeitosa, o produto em si apresenta uma boa qualidade som para sua faixa de preço, embora o palco sonoro seja limitado, o que impacta na imersão. 

É interessante a iniciativa da gigante taiwanesa em adotar o Berílio ao invés do imãs de neodímio, tentando dar uma diferenciada nesse mercado tão amplo de headsets gamers.

Embora seja baseado totalmente em plástico, o Aorus H5 passa um certo ar de durabilidade. O headset se encaixa bem na cabeça, com sua solução de estrutura auto-ajustável. A iluminação, que é uma característica presente em praticamente todos os produtos da linha Aorus, também se faz presente no headset. Infelizmente a experiência que o software de configuração entrega deixe muito a desejar. O microfone também não se destaca, serve no máximo para uma conversa por chat ou Skype.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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