Eee 1000HA

Há três semanas, postei uma análise do Eee PC 1002HA (https://www.hardware.com.br/analises/eee-1002ha-1002hae/). Ele oferece um conjunto de recursos interessante e é um dos modelos mais leves dentro da safra atual, mas tem a desvantagem de ser caro, custando na faixa dos R$ 1699 no Brasil.

Muitos leitores pediram um follow-up comparando os recursos do 1002HA com os do Eee 1000HA, que oferece uma configuração muito similar, mas é bem mais barato (custando na faixa dos R$ 1299), o que nos leva à análise de hoje:

Nossos agradecimentos à Hardstore Informática (http://www.hardstore.com.br/), que cedeu o Eee para o review.

Em termos de especificações, a configuração do Eee 1000HA é quase idêntica à do 1002HA, o mesmo conjunto básico de características que são encontrados em quase todos os netbooks baseados no Atom (https://www.hardware.com.br/dicas/saga-dos-netbooks2.html). Se você está esperando uma lista, aqui vai:

As quatro principais diferenças entre os dois são:

Tanto a tela quanto o teclado são exatamente do mesmo tamanho, embora a tela pareça ser um pouco menor no 1000HA, devido ao maior espaço vago em torno do LCD.

Entretanto, o formato é bem diferente. O 1000HA não é apenas maior e bem mais espesso que o 1002HA, mas é também 250 gramas mais pesado, o que faz uma boa diferença na hora de carregar. O 1002HA se parece mesmo com um netbook, dentro da idéia de ser leve e portátil, enquanto o 1000HA já se parece mais com um mini-notebook.

Colocando os dois lado a lado, a diferença realmente salta à vista. Temos aqui as fotos comparativas entre o 1000HA e o 1002HA, ambos comparados com um Eee 900:

Por outro lado, o 1000HA possui duas vantagens, que tornam a escolha um pouco mais complicada, que são o preço e a autonomia da bateria.

O 1002HA é um dos netbooks mais caros à venda no Brasil, cerca de 100 reais mais caro que a média de preço do Positivo Mobo White, por exemplo. O visual e a boa qualidade de construção fazem com que ele supere a maioria dos concorrentes, cujos preços são muito próximos, mas quando chegamos ao 1000HA, a diferença já saltou para a casa dos 400 reais.

O 1000HA utiliza uma bateria Li-Ion regular de 6 células com 6600 mAh de capacidade, enquanto o 1002HA utiliza uma Li-poly de 4200 mAh, o que representa pouco menos de dois terços da capacidade. Como a configuração dos dois é praticamente igual, isso se traduz em uma redução proporcional na autonomia, com o 1002HA oferecendo cerca de 3 horas e meia de uso moderado, enquanto o 1000HA consegue se aproximar das 5 horas.

Como você pode ver nas fotos, esta unidade do 1000HA que testei utiliza o mesmo teclado com teclas baixas encontrado no 1002HA, diferente dos 1000HA antigos, que utilizavam um teclado regular. Aparentemente, a Asus está substituindo o teclado em todos os modelos da linha, o que pode ser bom ou ruim de acordo com seu gosto pessoal.

O teclado tem uma qualidade muito boa (no geral é sensivelmente melhor que o anterior), mas o feedback das teclas é um pouco diferente da oferecida pelo teclado antigo, o que causa uma certa estranheza nas primeiras horas de uso.

Pessoalmente, considerei a mudança positiva. Depois de alguns minutos de uso, já passei a conseguir digitar quase na minha velocidade normal de digitação e com poucos erros se comparado a outros teclados em netbooks.

O principal problema, não apenas com o 1000HA, mas com outros modelos da Asus, é que quase todos os modelos estão chegando ao Brasil com teclados no padrão americano (quem trabalha com informática sabe bem o por quê), o que adiciona um obstáculo a mais para quem digita muito.

Aqui temos um comparativo entre o teclado minúsculo do Eee 900 e o do Eee 1000HA em relação a um teclado regular:

A ausência do transmissor bluetooth interno é outro ponto de disputa. O módulo bluetooth tem basicamente duas utilidades: permitir sincronizar e trocar arquivos entre o PC e um smartphone e permitir que você use um mouse bluetooth, em vez de utilizar um mouse sem fio regular, com o dongle USB.

A utilidade do bluetooth interno acaba orbitando justamente no peso que estes dois fatores possuem para você. Existe sempre a possibilidade de usar um adaptador bluetooth USB (que são afinal, muito baratos hoje em dia), mas nesse caso caímos na questão da conveniência, já que é um acessório externo a mais para plugar.

Concluindo, temos a qualidade do som, que é controlado pelo chip Intel 82801G, integrado ao chipset. Apesar da etiqueta “Dolby Sound Room”, o som dos speakers é realmente fraco (eles são muito pequenos e instalados na parte inferior do gabinete), o que faz com que você precise usar os fones para praticamente qualquer coisa. Nesse ponto voltamos novamente à utilidade do bluetooth, que permite que você aproveite os headsets bluetooth destinados a celulares.