Em 2018 a HyperX se ajustou ao padrão de mercado do público gamer: investir pesado em RGB. Gostando ou não, além de bons produtos embutir a iluminação virou praticamente uma regra de mercado.
A divisão de componentes de alta performance da Kingston este ano trouxe o RGB para diversos produtos, de periféricos a componentes internos como SSDs (sim, até SSD tem RGB nos dias de hoje!) e memórias RAM DDR4. No caso da RAM estamos falando da Predator RGB.
A linha Predator da HyperX é bem conhecida, desde os tempos de DDR3 já eram lançados módulos sob essa tutela. A Predator RGB é uma atualização para a versão convencional, trazendo como principal novidade uma barra luminosa na parte superior do heat spreader, que por padrão funciona sob o efeito de iluminação wave, mas que caso você utilize uma placa-mãe com softwares de configuração, como o ASUS Aura, Gigabyte Fusion ou Mystic Light, da MSI, é possível criar um padrão de iluminação entre a placa e os módulos.
Outro fator curioso da forma como a HyperX aplicou a iluminação RGB nesses módulos é que eles contam com uma tecnologia proprietária chamada Infred Sync, que basicamente se trata da sincronia da iluminação entre os módulos por infravermelho. Um exemplo prático que a HyperX utiliza para explicar essa tecnologia é posicionar uma folha ou cartão entre os módulos, o padrão de iluminação uniforme será interrompido, cada memória ficará de uma forma, já que a comunicação com o sensor está sendo obstruída.
A Predator RGB está disponível em módulos individuais de 8 GB ou em kits de 16 GB ( 2x 8 GB), que é justamente o que recebemos para review, e 32 GB (4x 8GB). Quando foi anunciado, em janeiro de 2018, durante a CES, os módulos estavam disponíveis apenas em 2933 MHz. Em agosto a HyperX anunciou uma expansão para o lineup, com 4 novas opções de frequência: 3200 MHz, 3600 MHz, 4000 MHz
O modelo que testamos foi o de 2933 MHz. Confira abaixo as nossas impressões com o kit de 16 GB DDR4 Predator RGB da HyperX.
Design
Como comentamos acima o design da Predator RGB segue a mesma linha do que já era adotado desde os módulos DDR3 lançados sob essa série, embora também haja uma outra variação de Predator DDR3 com o heat spreader azul.
O módulo conta com um PCB em verde musgo e um heat spreader com partes cinza e preto cromado. Na parte frontal os nomes DDR4, HyperX e Predator ficam em destaque, enquanto na parte traseira há um adesivo que exibe algumas informações técnicas, como a voltagem e o PN (Procut Number).
A grande novidade dessa versão está no topo do módulo, uma barra que recebe a iluminação RGB com o nome HyperX ao centro. Design é sempre algo subjetivo, alguns podem concordar outros não, mas na minha opinião já que se trata de destacar o RGB a HyperX poderia ter feito uma alteração no heat spreder, deixando ele mais curto para que a barra tivesse mais destaque.
Desempenho:
O kit que recebemos para análise conta com 2x módulos de 8 GB, rodando à 2933 Mhz. Lembrando que esses 2933 Mhz são alcançados por perfis XMP, que no caso de plataformas Intel, simboliza uma maneira simplificada de realizar overclock sem ter que mexer em parâmetros mais técnicos como latência. o XMP seria alterações já testadas pelo fabricante e colocadas como estáveis,
É bem comum que módulos com frequência elevada acima do padrão JEDEC, que é a linha base que os fabricantes adotam, seja inicializado com as frequências mais baixas, que no caso da Predator RGB é 2400 MHz. Para alcançar os 2933 Mhz é bem simples, basta ir até a BIOS da placa-mãe e alternar entre os presets disponíveis. São dois perfis XMP: 2666 Mhz e 2933 Mhz.
Configuração utilizada no teste:
- Placa-mãe: Gigabyte Z370XP-SLI
- Processador: Core i7-8700K
- Watercooler: PCYes Nix 360mm
- Memória RAM: 2x 8 GB HyperX Predator RGB
- Placa de vídeo: GTX 1080 Ti Founders Edition
- SSD: WD Black NVMe de 512 GB e Colorful SL500
- Fonte: Corsair CX650
- Sistema: Windows 10 Pro 64-bit
Começamos com o software AIDA 64 que lista características técnicas dos módulos. o modelo, a velocidade padrão, impulso por XMP, voltagens, entre outras coisas.
Os perfis XMP são apenas parâmetros automatizados para elevar a frequência da memória. Quando falamos de memória de alta performance a capacidade de ir além, com ajustes de forma manual, é bem grande. Conseguimos alcançar 3466 MHz com a Predator RGB, com os seguintes timings: 17-19-19-39 (os timings padrão são 15-17-17-39).
Tela do CPU-Z mostrando a Predator RGB rodando em 3466 Mhz.
As memórias rodaram sem problemas com esse clock nos dois softwares que testamos o PCMark 10 e o teste de memória e cache do AIDA 64. No entanto, precisamos destacar que em outro teste do AIDA 64, o de stress, que ficou rodando por 2 horas, o software acusou falha de hardware nessa frequência. A frequência máxima em stress do AIDA 64 que alcançando sem nenhuma mensagem de erro foi 3200 MHz.
Partimos agora para um primeiro software benchmark, o PCMark 10, que simula um conjunto de tarefas, divididas entre as seguintes categorias: essencial, produtividade, criação de conteúdo digital. Esse software realiza testes de videoconferência, inicialização de aplicativos, navegação, edição de imagens, renderização, entre outras coisas.
Abaixo você pode conferir a pontuação total que a máquina alcançou, de acordo com a frequência que as memórias estavam operando:
2400 MHz – 5653 pontos
2666 MHz – 5768 pontos
2993 MHz – 5770 pontos
3466 MHz – 6406 pontos
Voltamos para o AIDA 64 e rodamos a ferramenta de benchmark de memória, que atesta a largura de banda da memória – leitura, gravação e cópia. A latência também é verificada. Confira abaixo os resultados de acordo com a frequência.
2400 MHz
2666 MHz
2933 MHz
3466 MHz
Especificações:
- Marca: HyperX
- Modelo: Predator RGB (HX429C15PB3AK2/16)
- Capacidade: 16 GB (2x 8 GB)
- Frequência: 2933 MHz
- Latência: CL15
- Tensão: 1.35v
- Temperatura de operação: : 0°C a 85°C
- Dimensões: 133,35 mm x 42,2 mm
Pontos positivos:
- Qualidade do heatspreader
- Suporte aos perfis XMP
- RGB com sincronia por infravermelho
- Potencial para overclock
Pontos negativos:
- O design poderia ter sido renovado para valorizar o RGB
Veredito
Antes de realizar os testes com a Predator RGB já tinha certeza que o resultado seria satisfatório, já que as Predator convencionais já são reconhecidas como bons módulos, a grane novidade desse novo kit é a presença do RGB. A HyperX apenas está tentando conquistar um público mais amplo, aqueles que estão interessados na iluminação para incrementar a “balada RGB” do setup.
A tecnologia de sincronia da iluminação é bem interessante, porém teria sido ainda melhor se o dissipador fosse menor para que o RGB ficasse ainda mais em destaque.
O potencial de overclock dos módulos também é outro ponto de destaque. Pelo perfil XMP, ajuste automático, os módulos garantem 2933 MHz, já de forma manual, mexendo com os timings, conseguimos rodar a 3466 Mhz sem problemas. No dia a dia frequências tão elevadas, principalmente em configurações com uma GPU poderosa, acabam não representando muita coisa, esse incremento fica mais evidente em testes sintéticos e computadores com chip gráfico integrado, utilizando APUs, por exemplo.
Os módulos Predator RGB são altamente recomendados, porém não o kit de 2993 MHz que recebemos. Atualmente é possível encontrar kits dessas memórias pelo mesmo preço (na casa dos R$ 1300) do que recebemos para análise, mas em versões com clock mais alto, 3200 MHz.
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