Ubuntu: Entendendo e Configurando o grub 2

Com exceção do Slackware, que continua a utilizar o Lilo devido à simplicidade, praticamente todas as outras distribuições migraram para o Grub ao longo da década passada. O Grub é um gerenciador de boot bem mais moderno, que oferece mais opções e remedia muitas das limitações do antigo Lilo.

Conforme os PCs foram avançando, entretanto, mesmo o Grub começou a parecer antiquado em algumas situações, levando surgimento do Grub 2, um sucessor modular que se tornou o gerenciador default no Ubuntu a partir do 9.10 e aos poucos vem sendo adotado também em outras distribuições. O gerenciador de boot é um componente tão importante do sistema que vale a pena estudar um pouco sobre ele para ser capaz de solucionar problemas. Já vimos detalhes sobre a configuração do Lilo e do Grub, vamos agora conhecer um pouco sobre o Grub 2.

Com o lançamento do Grub 2, o Grub original passou a ser chamado de “Grub Legacy”. Ele continua sendo mantido, mas vem recebendo basicamente correções de bugs. O desenvolvimento de novas funções passou a ser concentrado no Grub 2. Você pode checar qual versão está sendo usada usando o comando “grub-install -v”:

$ grub-install -v
grub-install (GRUB) 1.99-18ubuntu1

Neste caso estou rodando a versão 1.99-18, que é a versão usada por default no Ubuntu 12.04. As versões do Grub original vão até a 0.97, enquanto o Grub 2 começa a partir da 1.98.

O Grub 2 trás vários novos recursos, incluindo a possibilidade de carregar módulos para acesso a diferentes sistemas de arquivos, possibilidade de personalização através de shell-scripts, bem como o uso de temas visuais e assim por diante. Ele é capaz até mesmo de inicializar imagens ISO de distribuições Live-CD ou outros sistemas diretamente a partir do HD, sem que você precise gravá-las num CD ou pendrive. Como sempre, ms recursos significam uma configuração mais complexa, o que faz com que, embora bem organizado, os recursos do Grub 2 acabem sendo mais difíceis de dominar.

No Grub 2, o arquivo “/boot/grub/menu.lst” de lugar ao “/boot/grub/grub.cfg”. Entretanto, este é um arquivo gerado como produto da execução de diversos scripts situados na pasta “/etc/grub.d/” que são executados ao instalar ou atualizar o Grub 2 e, diferente do menu.lst, nunca deve ser editado manualmente. O arquivo editável de configuração passou a ser o “/etc/default/grub/“, onde vão as preferências e configurações pessoais, que são salvas no /boot/grub/grub.cfg quando as alterações são aplicadas. Tudo isso é lido pelo sistema ao executar o comando “sudo update-grub”, que se encarrega de executar todos estes scripts e configurações, gerando o arquivo /boot/grub/grub.cfg e instalando os outros componentes do grub.

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