Assim que o Blender abrir, aparecerá uma splash screen com a presente versão. Apenas clique com o botão esquerdo do mouse sobre a interface dele.
Você vai se deparar com um cubo margeado por uma linha alaranjada. Por que esse cubo está aí? Bem, desconheço os motivos filosóficos que levaram o desenvolvedor a colocá-lo nessa posição, o importante a saber é que essa é a cena padrão do Blender. Ela vem com um cubo, uma câmera e uma lâmpada. Mas nós vamos nos ater a primeira lição que é o Orbit da cena. Iremos deslocá-la de modo a ver as vária faces do nosso cubo.
Mova a seta do mouse mais ou menos ao centro do cubo, clique na rodinha do mousee sem soltá-la, mova o mouse aos poucos para fazer o Orbit. Assim que chegar a um ponto e desejar manter essa visão, então sim, pode soltar o botão esquedo do mouse.
Ok, você achará que compreendeu, mas provavelmente não apenas não compreendeu, como esquecerá disso em pouco tempo. Não siga a leitura, atenha-se a esse exercício até pegar o jeito de orbitar bem o modelo. Se acontecer alguma coisa que não estava nos planos, como por exemplo, sumir o modelo, apenas feche o programa e abra-o novamente. Esse movimento é chamado de “método cacáca”, igual a uma criança, se você fez uma “cacáca” basta começar de novo.
Agora que você já aprender a orbitar o modelo, aprender o zoom pelo mouse. Como você pode fazer isso? Simples:
Mova a seta do mouse mais ou menos no meio da janela, assim que chegar lá rode a rodinha do mouse. Perceba que se rodar para cima dará + mais zoom, se rodar para baixo, dará – menos zoom. Aproveite a deixa e cruze a órbita do mousecom os comandos de mais e menos zoom, isso ajudará a você pegar prática.
Numa hora dessas você deve estar se perguntando, como se faz para deslocar a tela sem rotácioná-la. Pois é, se você quiser deslocar a tela, comando conhecido como Pan, basta seguir alguns poucos passos.
Pressionar a tecla Shift+ a rodinha do mouse, ambas sem soltar, uma vez que clicou, movimente o mouse. Você perceberá que o modelo acompanhará o deslocamento. Quando chegar na posição desejada basta soltar ambos.
Por default, ou por padrão, o Blender abre a janela 3-D (viewport) em modo perspectiva. É um recurso interessante, já que na realidade nossa visão segue esse princípio de perspectiva com ponto de fuga, mas… para quem está modelando e mais grave, para quem está aprendendo, a perspectiva com ponto de fuga pode ser uma grande problema, pois acaba provocando umas ilusões de ótica que distorcem a nossas referências matemáticas dos sólidos. O ideal, nesse momento pe trabalharmos no modo ortho.
Antes de mais nada, vamos ver a diferença, para aqueles que não sabem, entre uma perspectiva com ponto de fuga e uma ortogonal (ortho).
Perceba as situações acima. Tratam-se de um cubo. Veja que se você traçar uma linha acompanhando a extremidade da perspectiva você vai ver que as linhas culminarão em um ponto de fuga. Já na ortogonal, isso não acontecerá, e se você traçar as linhas da mesma forma que na com ponto de fugas, originará linhas paralelas que não se cruzam, obviamente.
Mesmo a orthogonalnão tendo um aspecto coerente com a realidade a qual recebemos em nossos olhos, ela não é menos perspectiva que a outra. Além disso, no caso de modelagem para iniciantes ela acaba sendo a melhor opção, já que não distorce as extremidades, o que confunde muito quem está dando os primeiros passos no mundo tridimensional.
Vamos alterar o tipo de perspectiva para ortho. Para fazer isso vá nas teclas de número que ficam agrupadas na parte direita do teclado NumPad e pressione o 5. Perceba que ao fazer isso as linhas que estão sobre o cubo (grid) alteram a sua disposição, ficando paralelas. Experimente repetir o processo algumas vezes para entender bem o que está acontecendo.
Experimente deslocar a área de trabalho (Pan) com o Shift+Rodinha do Mouse nos dois modo de perspectiva. Vá sentindo a diferença. Faça o mesmo com o orbit e com o mais e menos zoom. Treine à exaustão. Se você não entender bem a diferença de uma e de outra forma, terá algumas dificuldades bem desagradáveis nas próximas etapas do estudo. Não que isso vá comprometer seriamente a sua compreensão, mas fará uma baita falta.
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