Kaspersky: fabricantes dizem que “segurança não vende”

Kaspersky: fabricantes dizem que “segurança não vende”

Ontem publicamos a nossa entrevista com Fabio Assolini, analista sênior de malware da Kaspersky no Brasil. Durante a conversa Assolini deu declarações bem interessantes, como por exemplo em relação a preocupação dos fabricantes em aspectos mais superficiais em detrimento de coisas mais importantes como a segurança e privacidade das informações, que a cada dia torna-se mais importante.

Na visão do analista de malware os fabricantes de dispositivos dizem que “segurança” não vende, isto é, investir em alta segurança ou ao menos ficar enaltecendo esses pontos na publicidade do aparelho não causam um grande impacto. Porém ao mesmo tempo os usuários também não estão muito interessados nessa parte. Assolini deixa inclusive a seguinte reflexão: “Você deixaria de comprar um dispositivo inteligente se soubéssemos que ele possui uma séria falha de segurança, que comprometeria seus dados ou sua privacidade? Ou trocaríamos um produto conhecidamente vulnerável?”

Essa falta de pressão por boa parte consumidores com os fabricantes em relação à segurança deixa as rédeas soltas nesse aspecto, e quando falamos de Internet das Coisas, com uma gama totalmente nova de aparelhos conectados á rede, o problema é muito mais sério. Assolini cita o exemplo de dois pesquisadores que mostraram como um ransonware pode infectar um termostato, permitindo que o cibercriminoso pudesse deixar a temperatura mais fria ou mais quente, caso o resgate não fosse pago.

Com esses novos tipos de dispositivos conectados por mais que não haja um interesse tão grande, o usuário terá que se readptar e aprender novas técnicas de segurança voltada especificamente para novos produtos. Uma pesquisa recente da Intel diz que 47% das pessoas não tem certeza se as medidas de segurança adotada em seus aparelhos são as mais eficientes. Apenas 15% conhecem os problemas com a realidade virtual. Em dispositivos para animais de estimação esse percentual é ainda menor: apenas 11%.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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