A confusão entre o FBI e a Apple está longe de chegar ao final, e como já era esperado terá consequências gigantescas. Fazendo um restrospecto rápido, a gigante de Cupertino simplesmente se negou a desbloquear o iPhone 5c de um terrorista envolvido em um tiroteio em San Barnadino, na Califórnia, no ano passado. A companhia rejeitou o pedido devido a forma como a agência requisitou esse desbloqueio: Tim Cook, CEO da Apple, disse que burlar o próprio sistema de segurança desenvolvido seria abrir margem para uma série de problemas ligados à segurança, já que na visão do executivo o FBI utilizará esse método em diversos outros casos. E claro que ainda tem todo o restrospecto de vigilância global que o EUA carrega consigo, o que torna a decisão de contribuir dessa forma com a investigação ainda mais complicada.
Porém, claro que o governo não deixaria barato, e já está tentando se movimentar para que desbloqueios como esse sejam mais frequentes. Os senadores Richard Burr e Dianne Feinstein, apresentaram um projeto de lei que pretende impor uma multa para as empresas que não desbloquearem os seus dispositivos em investigações como essa ligada ao caso de San Bernadino.
Ideias como essa são anexadas a projetos ainda mais escabrosos como as propostas estipuladas pela Califórnia e Nova Iorque, que simplesmente irão proibir a venda de dispositivos que contem com um criptografia que não possa ser quebrada em casos de invesigação. Na Califórnia, por exemplo, as empresas que descumpirem tal imposição terão que pagar uma multa de US$ 2,5 mil por cada smartphone vendido.
Outro país que deverá seguir por esse caminho é a França, que pretende multar as companhias em milhões de euros caso os dispositivos não sejam desbloqueados após uma solicitação do governo. Alguns jornais franceses apontam que a multa estaria na casa de 1 milhão de euros.
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Fonte(s): Reuters
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