Specs do Project Scorpio reforçam como a Microsoft se planejou (muito) melhor que a Sony

Pronto, agora sim os dois tipos de público foram atendidos. No ano passado durante a E3 2016, a Microsoft revelou que o novo Xbox, com nome provisório de Project Scorpio, seria o console mais poderoso já feito, e que seria capaz de lidar com jogos em 4K. Esse é o tipo de declaração para aqueles que não se interessam muito por aspectos técnicos, como clock de CPU e GPU, tipo de memória utilizada, entre outras coisas.

Já do outro lado, os vidrados em specs, e que gostam de se inteirar pelo que está por baixo da carcaça, foram comtemplados hoje com a tradicional sopa de letrinhas do hardware, já que através do Digital Foundry, a Microsoft revelou os pontos principais que explicam porque o Scorpio é um console que merece bastante atenção.

Confira as especificações poderosas do Project Scorpio

Diferentemente do PS4 Pro, que foi um lançamento totalmente confuso, e que não justifica esse tal argumento de ter um novo console na metade de uma geração, o Scorpio, de acordo com o hardware apresentado, deixa bem segmentado o público que almeja: gamers hardcore. Basicamente o que acontece com o controle Elite. É possível jogar com o controle convencional, mas se você quer uns extras bem legais e pode pagar por isso a melhor opção é migrar para o Elite. Será possível desfrutar dos mesmos títulos que serão lançados para o Scorpio no Xbox One e no Xbox One S, porém quem está visando uma qualidade gráfica muito superior, e novamente, pode pagar por isso, o Scorpio é a melhor opção. Está tudo bem claro.

A Microsoft também focou em hardware com o intuito de reaproximar a relação com os desenvolvedores. Em entrevista ao Eurogamer, Mike Ybarra, vice-presidente de Windows e Xbox, disse que “é preciso ter as ferramentas certas que vão permitir que eles façam os games para toda a família de produtos e que também os permita fazer as melhores versões possíveis desses jogos.”

Determinar o hardware que embala um console deve ser uma missão complicadíssima, já que você não pode entregar o que de melhor o mercado oferece, tem que sempre haver um balanceamento para que o preço final não alcance valores astronômicos. Kevin Gammil, gerente do grupo de parcerias do Xbox, diz que o Scorpio continua sendo um produto de consumo, e que o preço da venda tem que incentivar os consumidores a comprar.

Essa é uma das justificativas pela CPU com oito núcleos ser baseada na antiga microarquitetura Jaguar, a mesa utilizada no Xbox One. Muitos esperavam que o Scorpio vira com algum Ryzen da vida, mas não seria viável. Já no lado da GPU, o progresso foi bem grande, além de ser baseado na arquitetura Polaris, lançada pela AMD no ano passado, a versão customizada projetada para o Scorpio conta com clock mais elevado, maior poder computacional e um número maior de Compute Units. 

Quando falamos de console temos que sempre lembrar que o trabalho de otimização é muito importante. Além do ponto da resolução, que é o que mais tem sido mencionado para cutucar a Sony, com uma GPU mais poderosa e com mais memória alocada para os games e uma CPU com clock mais elevado, a qualidade dos gráficos dos games produzidos até o fim do ciclo de vida útil do Scorpio com certeza serão sensacionais.

No ano passado, Andrew House, chefe da Sony Interactive Entertainment, disse que em algum momento do ciclo de vida dos consoles os jogadores buscam a melhor experiência gráfica, e que acabam migrando para o PC, por ele entregar essa experiência. Olhando por essa perspectiva e pegando o hardware como base a melhor escolha é o Scorpio e não o PS4 Pro. Isso sem contar na tal da experiencia multimídia, o Project Scorpio é equipado com um leitor Ultra HD Blu-Ray enquanto a Sony preferiu deixar essa feature de fora.

Mas tem também outro ponto igualmente importante: os games, principalmente os títulos exclusivos. Essa guerra de hardware irá fomentar uma guerra ainda mais forte nos jogos disponíveis para as plataformas, que terão a missão de despertar a curiosidade e vontade do jogador em conferir numa versão com gráficos refinados. Não dá pra se amparar somente em remasters.

Até o momento a única constatação de 4K no Scorpio, é uma demonstração do ForzaTech,  um teste de stress baseado na engine do Forza 6, a taxa de quadros ficou na casa do 60 fps utilizando apenas 60% do potencial do console. Após esse primeiro teste a  demo foi ajustada para o equivalente ao Ultra em um PC, e mesmo assim o console foi capaz de entregar a mesma taxa de frames com 88% do seu potencial. 

Em junho, durante a E3 2017 a Microsoft demonstrará alguns gameplays que comprovam a performance, revelará o design, que de acordo com alguns rumores será compacto, E claro, o preço, o tão temido preço….