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Em contrapartida, atividades como assistir televisão, assistir a vídeos online (YouTube e Netflix) e utilizar redes sociais não aumentaram os índices de inteligência, segundo os cientistas.
O grupo de pesquisadores realizou os testes em 5.374 crianças. O teste foi feito em duas etapas. Na primeira etapa as crianças tinham idades entre 9 e 10 anos. A segunda etapa foi feita 2 anos depois, quando as mesmas crianças tinham entre 11 e 12 anos de idade.
Os cientistas criaram então uma série de parâmetros e habilidades para medir a inteligência das crianças. Dentre as atividades podemos destacar compreensão de leitura e vocabulário, memória e autocontrole, processamento viso-espacial, atenção, dentre outras.
Para ter um controle sobre quanto tempo cada criança dedicava a cada atividade, elas tinham que responder a um questionário. Nele elas deviam informar quanto tempo haviam gasto (em média) com as seguintes atividades: assistindo séries ou filmes; assistindo vídeos online em plataformas como YouTube; jogando videogames; enviando mensagens; usando redes sociais e realizando videoconferências.
Além disso, para tornar os resultados das pesquisas mais assertivos, os pesquisadores também se valeram de informações biológicas, psicológicas e de contexto social disponíveis em um amplo banco de dados dos Estados Unidos. Com isso eles conseguiram monitorar também diferenças genéticas que poderiam alterar o índice de inteligência. Foi monitorado também o nível de escolaridade e renda dos pais, já que esses fatores também podem influenciar no QI das crianças e adolescentes.
Um dos autores do estudo, Torkel Klingberg, que trabalha como professor de Neurociência no Instituto Karolinska, comentou sobre os resultados: “Nossos resultados apoiam a afirmação de que o tempo de tela geralmente não prejudica as habilidades cognitivas das crianças, e que jogar videogame, pelo contrário, pode contribuir para uma maior inteligência”.