Placas 3D, modelos e chipsets

O principal componente da placa 3D é a GPU, como bem sabemos. Apesar disso, é muito comum o uso do termo “chipset” no lugar de “GPU”. O principal motivo é que o termo “chipset” é mais genérico, indicando o conjunto de componentes que são comuns às
placas de vídeo da mesma família, incluindo não apenas a GPU, mas também outros chips que façam parte do projeto. É muito comum que diferentes placas, sem falar das inúmeras variações produzidas pelos diferentes fabricantes, sejam produzidas utilizando o
mesmo chipset.

Tanto a GeForce 8400 GS quanto a GeForce 8500 GT, por exemplo, são baseadas no chipset G86. Apesar disso, o desempenho das duas placas é bem diferente, pois a 8400 utiliza um barramento com a memória de apenas 64 bits, enquanto a 8500 utiliza um
barramento de 128 bits.

Tanto a nVidia quanto a ATI costumam lançar novas arquiteturas a cada 12 ou 18 meses, com o lançamento de modificações e versões atualizadas dos chipsets entre os releases principais. Como de praxe, existem casos de atrasos e até mesmo de lançamentos
antecipados para responder a um produto do concorrente, mas a meta é normalmente essa.

No caso da nVidia tivemos o NV40, lançado em 2004, o G70, lançado em 2005 e o G80, lançado no final de 2006. Estes três chips deram origem a um grande número de subversões, gerando toda a linha de placas nVidia que temos visto nos últimos anos.

Uma curiosidade é que as linhas de placas são, quase sempre, construídas “de cima para baixo”, com as placas mais rápidas sendo lançadas primeiro e os modelos de baixo custo sendo lançados nos meses seguintes. Por exemplo, a GeForce 7800 GTX (o modelo
high-end) foi lançada em junho de 2005, enquanto a GeForce 7200 GS (um dos modelos mais baratos dentro da série) foi lançada apenas em abril de 2007, quase dois anos depois. Isso é feito de forma a maximizar os lucros dos fabricantes, já que eles
trabalham com margens de lucro muito maiores nas placas mais caras.

Outro fator que é importante enfatizar é que tanto a nVidia quanto a ATI não são produzem um grande volume de placas. Eles simplesmente desenvolvem os chipsets e placas de referência e terceirizam a maior parte da produção para outros fabricantes. As
freqüências de operação para as GPUs e as memórias das placas que cito aqui são simplesmente as especificações de referência, que podem ser alteradas livremente pelos fabricantes das placas.

É muito comum encontrar placas de baixo custo, que utilizam módulos de memória mais lentos, ou mesmo a GPU operando a uma freqüência inferior (de forma a reduzir a dissipação de calor e assim possibilitar o uso de um cooler mais barato) e também placas
“diferenciadas”, que utilizam módulos de memória mais rápidos e GPUs overclocadas de forma a oferecer um desempenho superior ao das concorrentes.

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