Placas 3D, parte 2: Placas da ATI

Clique aqui para ler a primeira parte

A concorrência entre as placas da nVidia e da ATI é uma das rivalidades mais antigas do mundo da informática, concorrendo com temas como “Intel x AMD” e “Apple x Microsoft”.

Entretanto, faz pouco sentido discutir sobre qual marca é melhor se você não conhece as diferenças entre os modelos disponíveis no mercado e o desempenho relativo de cada um, que são o tema desse tutorial.

Nesta segunda parte vamos estudar sobre os chipsets da ATI, começando com o R300 (usado na Radeon 9700) e indo até as placas atuais.

O DirectX 8 foi a primeira versão a trazer suporte a shaders, mas as limitações da API, combinadas com o pequeno número de placas 3D com suporte a ele disponíveis no mercado fizeram com que a maioria dos desenvolvedores migrassem diretamente do DirectX 7 para o DirectX 9.0 e dele para o DirectX 9.0c, que se tornou rapidamente a versão predominante.

Cada nova versão do DirectX oferece mais chamadas e novos recursos de desenvolvimento, que possibilitam a criação de efeitos mais complexos e permitem acessar os recursos oferecidos pelas GPUs mais atuais, mas por outro lado quebram a compatibilidade com GPUs antigas, criando uma espécie de obsolência programada.

Um dos principais fatores é o Shader Model, a API responsável pelo uso dos shaders, que tem se tornado um dos principais fatores relacionado à qualidade das imagens e efeitos. O DirectX 9.0 (lançado em 2002) inclui suporte ao Shader Model 2.0, o DirectX 9.0c (lançado em 2004) ao Shader Model 3.0, enquanto o DirectX 10 (lançado no início de 2007, juntamente com o Vista) oferece suporte ao Shader Model 4.0, que é diretamente otimizado para as unidades programáveis das placas atuais.

Com isso, a versão do DirectX suportada pela placa tornou-se uma especificação importante (sobretudo no caso das placas onboard, que são quase sempre baseadas em chipsets antigos), já que está diretamente relacionada com a compatibilidade da placa com os jogos atuais.

A rápida migração para o DirectX 9.0c (que ao contrário do que o número de versão sugere foi praticamente uma nova versão) fez com que as placas DirectX 9.0/Shader Model 2 caíssem em uma espécie de limbo tecnológico, com mais potência de processamento que as anteriores, mas sem capacidade para rodarem muitos dos jogos atuais devido à falta de suporte ao Shader Model 3.

No caso da nVidia, a migração para o DirectX 9.0c foi feita em 2005, com o lançamento da GeForce 6, enquanto a ATI demorou um pouco mais, fazendo a migração apenas a partir da série X1000. Com isso, temos uma grande quantidade de placas baseadas nos chipsets R300 (compatível com o DirectX 8) e R420 (que são compatíveis com o DirectX 9.0/shader Model 2), que foram bastante avançadas para a época, mas não são capazes de rodar muitos títulos atuais, que utilizam o Shader Model 3.0. Vamos começar com um resumo sobre elas:

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