Intel: Core i7, Core i5 e Core i3, parte 1

O Core i7 marcou a introdução do Nehalem, baseado em uma arquitetura com muitas modificações em relação ao Penryn e aos processadores anteriores, incluindo um controlador de memória integrado e a tão esperada migração do FSB para um barramento serial
ponto-a-ponto, duas melhorias que foram introduzidas anos antes pela AMD, às quais a Intel vinha resistindo até então.

Embora o Core i7 tenha sido originalmente introduzido como um processador de nicho, destinado ao mercado high-end, a nova arquitetura deu origem também aos processadores das linhas Core i5 e Core i3, que passaram a gradualmente substituir os modelos
anteriores nos PCs de baixo e médio custo.

Começando com um pouco de contexto histórico, no início de 2006 a Intel estava em uma situação complicada. O Pentium D, baseado na ineficiente arquitetura NetBurst perdia para o Athlon X2 tanto em termos de desempenho quanto em termos de eficiência,
gastando muita energia e rendendo pouco. Na época, os processadores AMD eram superiores tanto nos desktops quanto nos servidores e a Intel perdia terreno rapidamente em ambas as frentes. Quando tudo parecia perdido, a Intel apresentou a arquitetura Core,
que deu origem ao Core 2 Duo e aos demais processadores da linha atual, com os quais conseguiram virar a mesa.

Para não repetir o erro que cometeu com a plataforma NetBurst, a Intel passou a investir massivamente em pesquisa e desenvolvimento, passando a desenvolver diversas novas arquiteturas em paralelo e a investir pesado no desenvolvimento de novas técnicas
de fabricação e na modernização de suas fábricas.

O departamento de marketing se apressou em criar um termo que simboliza a nova fase, o “tick-tock” que passou a ser exaustivamente usado dentro do material publicitário da Intel. A ideia é simples: apresentar novas arquiteturas e novas técnicas de
fabricação em anos alternados, onde um “tick” corresponde ao lançamento de uma nova arquitetura (como o Penryn e o Nehalem) enquanto o “tock” corresponde ao lançamento de uma nova técnica de fabricação (45 nanômetros ou 32 nanômetros, por exemplo),
fechando o ciclo.

O plano é manter o público interessado, anunciando uma nova arquitetura, ou a migração para um novo processo de fabricação uma vez a cada ano e manter um ritmo rápido de evolução, que a AMD tenha dificuldades para acompanhar.

Dentro da ideia, a migração para a técnica de 65 nm em 2005 foi um “tick”, o lançamento da plataforma Core, em 2006 foi um “tock” e o lançamento do Penryn em 2007, baseado na nova arquitetura de 45 nm, foi um novo “tick”, que foi seguido pelo anúncio
do Nahalem (pronuncia-se “nerreilem”), que representa uma nova arquitetura, ainda produzida usando a técnica de 45 nm, mas com diversas mudanças arquiteturais em relação ao Penryn.

Assim como em todos os demais processadores da Intel, o “Nehalem” é apenas o nome-código da arquitetura, que deu origem aos processadores Core i7, i5 e i3.

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