Agradecimentos
Queria agradecer ao meu camarada Marcelo Quinta, pelo papo inspirador que culminou em um teste com o Flash e acabou virando esse tutorial. Ao nerd-mor Franklin Anderson que me deu uns toques preciosos sobre POO e a Teo Macedo, pela ajuda ao escolher o modelo e pela motivação a escrever tutoriais.
Introdução: A “porcaria“ do Flash
Toda a vez que eu toco no assunto Flash nas rodas de conversa dos eventos de software livre que eu participo é pior do que falar do capeta dentro de uma igreja cristã. E por falar em igreja, é sempre a mesma ladainha, que o Flash é lento, que é proprietário, que o Html 5 vai matar ele e assim por diante.
Para ser bem sincero, não conheço quase nada sobre programação e desempenho de sites da web. A propósito, tenho um pífio conhecimento acerca da minha própria profissão, ou, parafraseando ligeiramente a Sócrates, só sei que pouco sei.
Dessas pouquíssimas coisas que tenho certeza, uma delas é que me alegraria imensamente ver a internet rodando conteúdo 3-D. É aquela velha história de puxar a sardinha para a própria brasa, mas não trata-se apenas disso, é também uma questão de paixão pelo que se faz. E como trabalho com modelagem tridimensional, nada mais óbvio do que meu desejo por evangelizar essa realidade profissional.
Há muito que tenho pesquisado sobre web e 3-D. Já tentei trabalhar com o Vrml, mas não sabia nada sequer o que era código-fonte na época. Depois passei para o Viewpoint, um player que monta 3-D apartir de binários e anima esses binário por meio de um XML. Mas, apesar de um breve estudo sobre código-fonte, faltou-me a base de programação necessária para entender o processo.
O Blender contava com um plugin que permitia a um usuário com browser de internet visualizar arquivos .blend e interagir com ele. Mas o projeto do plugin foi descontinuado e reativado recentemente. Além disso… todos essas formas de levar o 3-D para internet contam com um entrave sério: a necessidade da instalação de um plugin.
O leitor inteligente vai perguntar, mas o Flashplayer não é um plugin? Sim, ele é um plugin, mas está na grande maioria dos computadores, além de rodar no Windows, Linux, FreeBSD etc.
Continuando a minha história com os players, outro fato dos projetos anteriores não terem dado fora minha falta de conhecimento acerca de programação e minha pouca vontade de aprender com paciência e resignação, essa arte tão maravilhosa e injusta 🙂
Como citei anteriormente, meus conhecimentos de programação são pequenos, mas o desejo de aprender é enorme. Tanto que sempre estou lendo alguma coisa sobre C, Python e um pouco de Assembly. Lí tanto que acabei entendendo algumas coisinhas essenciais, e de “hello world” em “hello world” comecei a conhecer algumas pessoas que trabalhavam nessa área e participar de pequenos círculos de programação.
Certo dia, um camarada ao qual respeito imensamente e tenho como mestre, falou-se sobre um tal de Flex. Dizendo que a Adobe disponibilizara um compilador para Flash, de código livre e que ele rodava no Linux!
Na hora meu cérebro traçou um mapa mental remontando os tempos de minhas primeiras experiências com 3-D interativo, meus estudos com programação, meus conhecimentos com o Blender e uma conversa que tive uns dois anos antes com um amigo que me mostrou uma ferramenta livre para criar 3-D no Flash.
A-há! Pensei… é agora!
Ainda sem muito conhecimento, instalei o Flex, fiz um café, abri um monte de tutoriais, juntei um pedaço de código aqui, outro alí e montei um Frankenstein que rodou o bendito 3-D intertivo.
Na época escrevi um roteiro sobre como cheguei ao resultado e publiquei-o aqui:
https://www.hardware.com.br/tutoriais/flexsdk-papervision3d-blender3d/
Ocultei o passo-a-passo do processo, justamente por que me faltava conhecimento básico sobre programação. Nem passava pela minha cabeça o que era um construtor, herança, variável pública, privada etc. Na verdade nem hoje entendo bem o que é isso, mas tenho a tranquilidade de compartilhar com vocês pelo menos o básico de como publicar conteúdo 3-D na internet, ainda que sem a magia de um jogo, repleto de interatividade e efeitos visuais.
O conhecimento aqui exposto é pobrezinho, mas compartilhado com carinho 🙂
Vamos lá!
Conhecimentos necessários
Os conhecimentos básicos necessários são: Um pouco de Linux, um pouco de linha de comando, um pouco de programação e um pouco de 3-D (só saber por alto o que é).
O tutorial que será apresentado aqui já terá as fontes 3-D disponíveis para download, mas aqueles que desejarem aprender sobre Blender e mesmo uma rápida introdução ao 3-D podem acessar os seguintes tutoriais:
Introdução ao Blender
http://www.guiadohardware.net/tutoriais/blender/
Introdução – Rudimentos do 3D: Modelagem básica de sólidos
https://www.hardware.com.br/tutoriais/rudimentos-3d/
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