Definição de Celeron
Com o lançamento do Pentium II, a Intel abandonou a fabricação do Pentium MMX, passando a vender apenas processadores Pentium II que eram muito mais caros. O problema com essa estratégia foi que a Intel passou a perder terreno rapidamente no mercado de PCs de baixo custo, principalmente para o K6-2.
Para preencher a lacuna, a Intel lançou o Celeron, que inicialmente era uma simples versão castrada do Pentium II, sem os chips de cache e o invólucro plástico. O Celeron original era muito lento, pois não possuÃa cache L2 algum, contando apenas com os 32 KB de cache L1.
O cache L2 é um componente extremamente importante nos processadores atuais, pois apesar de a potência dos processadores ter aumentado quase 10.000 vezes nas últimas duas décadas, a memória RAM pouco evoluiu em velocidade. Pouco adianta um processador veloz, se ao todo instante ele tem que parar o que está fazendo para esperar dados provenientes da memória RAM. É justamente aà que entra o cache secundário, reunindo os dados mais importantes da memória para que o processador não precise ficar esperando. Retirando o cache L2, a performance do equipamento cai em 40% ou mais. Justamente por isso, além de perder feio para o Pentium II, o Celeron sem cache perdia até mesmo para processadores mais antigos.
Essa primeira safra foi rapidamente substituÃda pelo Celeron Mendocino, que trazia 128 KB de cache L1 interno (full-speed), que resolveu o problema da performance. O Mendocino foi produzido em versões de 300 a 533 MHz, sempre utilizando barramento de 66 MHz. Além de possÃrem um desempenho próximo ao de um Pentium II do mesmo clock (o cache do Pentium II é maior, porém mais lento), as versões de 300, 333 e 366 MHz permitiam overclocks de 50%, atingindo respectivamente 450, 500 e 550 MHz com boa estabilidade. Não poderia ser mais simples: bastava investir num cooler de boa qualidade e instalar o Celeron Mendocino em uma placa-mãe configurada para operar a 100 MHz.
O Celeron Mendocino foi também o primeiro processador a utilizar o soquete 370, que mais tarde seria utilizado pelo Pentium III Coppermine e demais processadores da famÃlia. Foram produzidos também adaptadores, que permitiam usar processadores soquete 370 em placas slot 1 compatÃveis.
Mais tarde, foram produzidos Celerons baseados na arquitetura do Pentium 4, baseados no Pentium M (o Celeron-M) e também Celerons baseados na arquitetura do Core 2 Duo (ao contrário deles, os Celerons são single-core), dando origem ao Celeron 4xx.
Veja também: Celeron D, Celeron 4xx