O YouTube está testando uma nova abordagem para a exibição de anúncios em sua plataforma móvel, ocultando o botão de “pular anúncio” nos primeiros segundos de reprodução.
Esta mudança, que ainda parece estar em fase experimental, tem gerado preocupações entre os usuários sobre uma possível piora na experiência de uso do serviço gratuito.
Leia também
YouTube permitirá Shorts com até 3 minutos
Youtube premium fica mais caro na Europa; Brasil também pode passar por reajuste
Tática pode fazer usuários assistirem a mais segundos dos anúncios
De acordo com relatos recentes, alguns usuários notaram que o botão de “pular anúncio” não aparece imediatamente como de costume. Na abordagem padrão, uma pequena barra à direita faz uma contagem regressiva de 5 a 1 segundos, transformando-se em seguida no botão “Pular” ou “Pular anúncio”. No entanto, no novo formato em teste, essa barra com a contagem regressiva não aparece, dando a impressão inicial de que o anúncio será reproduzido integralmente.
O botão de pular anúncio ainda surge após cerca de cinco segundos, mas a ausência da contagem regressiva e a ocultação inicial do botão podem levar os usuários a assistirem mais segundos de publicidade do que o habitual. Este comportamento foi observado tanto na versão para desktop quanto na versão móvel do YouTube.
Embora a plataforma não tenha se pronunciado oficialmente sobre o assunto, especula-se que o objetivo seja aumentar a taxa de reprodução de anúncios na íntegra. Muitos usuários desenvolveram o hábito automático de clicar no botão de pular assim que ele aparece, muitas vezes sem prestar atenção nos segundos iniciais do anúncio. Ao ocultar temporariamente essa opção, o YouTube pode estar tentando modificar esse comportamento e aumentar o engajamento com os anúncios.
YouTube já fez outros testes antes
Esta não é a primeira vez que o YouTube experimenta mudanças em sua estratégia de publicidade. Recentemente, a plataforma também passou a exibir anúncios com mais frequência em vídeos pausados, indicando uma busca contínua por novas formas de monetização.
A reação da comunidade de usuários tem sido predominantemente negativa. Muitos expressaram frustração com o que percebem como uma deterioração da experiência do usuário no serviço gratuito. Alguns comentários nas redes sociais sugerem que essa mudança pode levar mais pessoas a recorrer a bloqueadores de anúncios ou considerar a assinatura do YouTube Premium como única alternativa viável.
Um usuário comentou: “Já que o serviço pago não traz nenhuma verdadeira atratividade para se justificar, vamos fuder cada vez mais o gratuito para que o pago se mostre interessante.” Esta opinião reflete um sentimento comum entre os usuários de que o YouTube está deliberadamente piorando a experiência gratuita para tornar o serviço premium mais atraente.
Outros usuários expressaram preocupações de que essa mudança possa ser apenas o começo de práticas publicitárias mais agressivas. Um comentário compara a situação aos “sites alternativos” para assistir futebol, onde múltiplos anúncios sobrepostos e botões de fechar difíceis de localizar são comuns.
YouTube Premium é a única solução oficial para evitar anúncios
Para aqueles que desejam evitar completamente os anúncios, o YouTube Premium continua sendo a opção oficial. No Brasil, os preços atuais variam de R$ 13,90 por mês para estudantes a R$ 41,90 por mês para o plano família. No entanto, muitos usuários argumentam que esses preços são elevados, especialmente considerando que o conteúdo do YouTube é majoritariamente gerado pelos próprios usuários.
À medida que o YouTube continua a experimentar com diferentes formatos de anúncios, fica claro que a plataforma está buscando um equilíbrio entre a monetização eficaz e a satisfação do usuário. No entanto, se essas mudanças se tornarem permanentes e mais invasivas, é possível que vejamos um aumento no uso de bloqueadores de anúncios.
