A Oi, que já foi uma das principais operadoras de telecomunicações do Brasil, anunciou o encerramento de seu serviço de TV por assinatura via fibra óptica (Oi TV Fibra). A decisão, que afetará milhares de clientes, entrará em vigor a partir de novembro de 2024, marcando o fim de uma era para a empresa no segmento de televisão por protocolo de internet.
De acordo com o comunicado oficial da Oi, o desligamento do serviço Oi TV Fibra ocorrerá de forma gradual entre os dias 1º e 30 de novembro. Após essa data, os assinantes não poderão mais acessar os conteúdos de TV, mesmo que façam parte de pacotes combinados com outros serviços da operadora.
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Oi está longe de sua época de ouro
A decisão de encerrar o IPTV reflete as dificuldades enfrentadas pela Oi, que atualmente passa por seu segundo processo de recuperação judicial. Com uma base de apenas 37,8 mil assinantes na modalidade IPTV, conforme dados da Anatel de agosto de 2023, o serviço nunca conseguiu atingir uma escala significativa no mercado brasileiro.
É importante ressaltar que o fim do IPTV não afeta o serviço de TV por assinatura via satélite da Oi, que continua operacional com cerca de 945,9 mil contratos ativos. No entanto, mesmo esse segmento tem enfrentado desafios, com uma queda significativa no número de assinantes nos últimos anos.
A Oi orienta seus clientes a buscarem alternativas para continuar acessando conteúdos audiovisuais. A empresa sugere a contratação de serviços de streaming, que podem ser combinados com a assinatura de internet fibra óptica. Atualmente, a Oi Fibra oferece pacotes que incluem plataformas como Globoplay, Paramount+ e Max.
Quanto aos equipamentos, a operadora informou que não recolherá os decodificadores de IPTV instalados nas residências dos clientes. Em vez disso, recomenda que os usuários procurem cooperativas de reciclagem para garantir o descarte adequado dos dispositivos.
Possíveis motivos para o fim do IPTV da Oi
O encerramento do IPTV da Oi pode estar relacionado a movimentações maiores no mercado de telecomunicações. Recentemente, a V.tal, empresa que controla a rede neutra derivada da infraestrutura da Oi, apresentou uma proposta de R$ 5,6 bilhões para adquirir a base de 4,3 milhões de clientes de internet da Oi Fibra. Essa transação ainda depende da aprovação dos credores e dos órgãos reguladores, como o Cade e a Anatel.
A decisão da Oi de encerrar seu serviço de IPTV reflete uma tendência mais ampla no mercado de TV por assinatura, que tem enfrentado desafios significativos nos últimos anos. A concorrência dos serviços de streaming, o aumento da pirataria e a mudança nos hábitos de consumo de mídia dos brasileiros têm pressionado as operadoras tradicionais a repensarem seus modelos de negócio.
Para os clientes afetados, a Oi promete uma transição suave e está se comprometendo a fornecer informações detalhadas sobre o processo de desligamento nas próximas semanas. A empresa também está oferecendo suporte para aqueles que desejam explorar outras opções de entretenimento dentro do ecossistema da Oi.
Embora o fim do IPTV da Oi represente uma mudança significativa para alguns consumidores, ele também sinaliza a contínua evolução do mercado de mídia e telecomunicações no Brasil. À medida que as empresas se adaptam às novas realidades do setor, é provável que vejamos mais transformações nos próximos anos, com um foco crescente em serviços baseados em internet e soluções de streaming.
