Meta lança Llama 3.1, IA de última geração disponível em código aberto

A Meta anunciou na última terça-feira (23) o lançamento do Llama 3.1, a mais recente versão de seu avançado modelo de linguagem para IA generativa. Esse modelo promete ser mais eficiente que os concorrentes GPT-4 Omni e Claude 3.5 Sonnet. Empresas parceiras da Meta, como Nvidia, Google Cloud, AWS e Azure já podem integrar o Llama 3.1 em suas aplicações.

Principais características do Llama 3.1

O Llama 3.1 consegue processar até 128 mil caracteres ou tokens por vez, o que significa que pode entender e responder a prompts mais longos com mais precisão. Isso é útil para tarefas como analisar relatórios detalhados ou dados de planilhas e fornecer respostas contextualizadas.

Em testes comparativos, o Llama 3.1 superou o GPT-4 Omni e o Claude 3.5 Sonnet em sete diferentes benchmarks. Desenvolvedores interessados podem experimentar o Llama 3.1 no site oficial do modelo.

Benchmarks do Llama 3.1 e comparativo com outros LLMs (Imagem: Divulgação/Meta)

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, publicou uma carta onde argumenta que as IAs de código aberto são o futuro. Ele compara essa abordagem com o sucesso do Linux, que se tornou dominante em cloud computing e dispositivos móveis graças à sua natureza open-source.

Zuckerberg acredita que as IAs seguirão um caminho semelhante, citando o progresso do Llama 3 sobre o Llama 2 graças a essa filosofia. Ele também vê ecossistemas abertos como chave para o sucesso no mercado de realidade virtual. Segue abaixo um trecho da carta de Mark Zuckerberg:

O Linux de código aberto ganhou popularidade, inicialmente porque permitiu que os desenvolvedores modificassem o código como quisessem e era mais acessível, e com o tempo ficou mais avançado por conta disso, mais seguro e com um ecossistema compatível com mais capacidades do que qualquer Unix fechado. Hoje, o Linux é o padrão fundacional para computação em nuvem e sistemas operacionais na maioria dos dispositivos móveis — e todos nós nos beneficiamos de produtos superiores por conta disso.

Eu acredito que a IA vai se desenvolver num caminho parecido. Hoje, muitas empresas de tecnologia desenvolvem modelos fechados. Mas o código aberto está encurtando a distância. Ano passado, o Llama 2 era comparável a uma geração mais velha de modelos, antes da última geração. Neste ano, o Llama 3 é competitivo com a maioria dos modelos avançados e lidera em algumas áreas. A partir do próximo ano, esperamos que os futuros modelos do Llama sejam os mais avançados da indústria“.

Llama 3.1 não é a “IA da Meta”

Dados da Meta revelam empate em vários testes que comparam o Llama 3.1 com modelos fechados de última geração (Imagem: Reprodução/Meta)

É importante destacar que o Llama 3.1 não é a mesma ferramenta de IA generativa da Meta, que permanece indisponível no Brasil após proibição da ANPD relacionada à coleta de dados de usuários. O Llama 3.1 é um LLM (Large Language Model), uma tecnologia central para o desenvolvimento de inteligências artificiais.

Com LLMs, os desenvolvedores podem criar ferramentas de IA que aproveitam o conhecimento adquirido pelo Llama 3.1.

E por falar nela, a plataforma de IA da Meta recebeu atualizações recentemente, expandindo seu alcance para mais sete países e adicionando suporte a mais sete idiomas.

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Cearense. 37 anos. Apaixonado por tecnologia desde que usou um computador pela primeira vez, em um hoje jurássico Windows 95. Além de tech, também curto filmes, séries e jogos.
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