O presidente da República, Luzi Inácio Lula da Silva, esteve visitando as instalações da Telebrás na última terça-feira (27). Durante essa visita, Lula aproveitou para ressaltar a importância de utilizar a estatal para desenvolver a inteligência artificial (IA) no Brasil.
Durante o evento, Lula destacou a necessidade de o país trilhar seu próprio caminho neste mercado, que está em constante expansão, evitando assim uma dependência de nações que já lideram o setor.
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Telebras como peça-chave no desenvolvimento de IA
Segundo Lula, a Telebras tem potencial para ser uma peça-chave na governança e gestão de dados do governo, desempenhando um papel crucial no avanço tecnológico do Brasil.
“Eu vim à Telebras porque quero dar um exemplo para o Brasil. A gente vai fazer com que essa empresa seja brasileira, a serviço do brasileiro, a serviço da nossa soberania, a serviço do nosso conhecimento tecnológico, a serviço da nossa inteligência artificial, da concentração do nosso banco de dados, e para prestar serviços ao povo brasileiro, que está precisando de ter o melhor,” afirmou o presidente.
Lula também criticou as políticas de privatização de governos anteriores, classificando-as como “o cúmulo da ignorância”. Ele argumentou que, em um cenário global competitivo, o Brasil precisa de empresas estatais fortes para conduzir projetos estratégicos, especialmente em áreas sensíveis como a inteligência artificial.
Para o presidente, a Telebras pode assegurar que o Brasil desenvolva tecnologias de IA de forma independente, sem depender de outros países que já estão à frente nesse campo.
Plano brasileiro de Inteligência Artificial
Em julho deste ano, o governo federal lançou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, um marco na estratégia do país para se posicionar no mercado global de tecnologia. O plano prevê um investimento significativo de R$ 23 bilhões no desenvolvimento de uma linguagem de IA totalmente brasileira, com o objetivo de promover a inovação e a soberania tecnológica do país.
Além disso, o governo está apostando na criação de uma “nuvem nacional” para o armazenamento e processamento de dados da administração pública. Com um investimento de R$ 700 milhões, essa infraestrutura visa garantir maior segurança e controle sobre as informações sensíveis do governo.
Outro ponto importante do plano é a instalação de um novo supercomputador que vai ajudar no desenvolvimento de soluções de IA. O governo também está considerando a contratação de um mensageiro 100% nacional, que iria substituir o uso do WhatsApp em repartições públicas, uma medida que visa principalmente garantir mais segurança e autonomia digital no Brasil.
