O sindicato dos empregados da Samsung Electronics na Coreia do Sul convocou uma greve geral por prazo indeterminado na última quarta-feira (10), coincidindo com o evento Unpacked, onde a empresa revelou várias novidades para os consumidores.
Os funcionários exigem um reajuste salarial de 5,6% para todos os membros, bônus baseados em desempenho, ressarcimento pelas perdas econômicas durante a greve e folga no aniversário do sindicato.
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Recentemente, a Samsung divulgou que seu lucro operacional saltou mais de 15 vezes no último trimestre comparado ao mesmo período do ano anterior. Na segunda-feira, mais de 5 mil trabalhadores cruzaram os braços, dando início a uma paralisação de três dias.
Com mais de 30 mil afiliados, o sindicato representa cerca de 15% do efetivo total da Samsung. Este movimento marca um novo episódio numa longa trajetória. Lee Byung-chul, fundador já falecido da Samsung Electronics, era notoriamente anti-sindicato, declarando que jamais permitiria sua formação na empresa.
O primeiro sindicato da Samsung só foi estabelecido em 2019. No ano seguinte, Lee Jae-yong, neto do fundador e atual presidente, anunciou o fim da política anti-sindical. A Samsung assegurou à AFP que a greve não comprometerá a produção nas fábricas.
Avril Wu, analista da TrendForce, considera improvável que a greve afete a produção de semicondutores, dada a alta automação do processo. Por outro lado, o sindicato relatou “uma interrupção significativa na produção” e advertiu que “a direção se arrependerá.“
“Eles acabarão cedendo e nos procurarão para negociar. Estamos confiantes na vitória”, afirmou o sindicato.
Fonte: AFP