Incorporar códigos em documentos não é a mais agradável das tarefas. Para lidar com a falta de uma formatação específica para este propósito, os programadores se valem de uma gambiarra. Ou seja, eles usam a opção de citação como uma solução para inserir códigos em seus documentos.
No entanto, essa gambiarra está com os dias contados. O Google finalmente melhorou o Google Docs para ajudar aqueles que precisam inserir fragmentos de linhas nas linguagens de programação C, JavaScript, Python e outras em um documento.
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A novidade foi revelada no blog de atualizações do Google Workspace. De acordo com o Google, a atualização inclui novas opções no smart canvas do editor de textos. O update adiciona uma função para formatar linhas de códigos em C/C++, Java, JavaScript, Python e outras linguagens.
Importante destacar que essa atualização dá uma vantagem competitiva ao Google. Até o momento, os softwares de edição de textos mais comuns não tinham uma função própria para incorporar códigos.
Era necessário recorrer a já citada gambiarra com a opção de citação para evitar que o código afetasse a formatação do documento. Interessante notar que o Google Docs é frequentemente atualizado pela gigante das buscas. E mesmo assim ele não contava com a função. O Microsoft Word, que também é um outro editor de textos conceituado no mercado, até hoje não conta com este recurso útil para programadores.
Portanto, ao adicionar essa função, o Google ultrapassou até mesmo o Word, que ainda não possui uma opção semelhante. Neste caso, pelo menos para desenvolvedores, o Google Docs passa a ser uma opção mais interessante que o Microsoft Word.
Quem vai se beneficiar da novidade?
Os principais beneficiados com esta mudança são, obviamente, os programadores e também professores. Os desenvolvedores podem incluir trechos de códigos mais facilmente em documentos corporativos ou em relatórios.
Já os professores podem se beneficiar por conseguirem produzir materiais de estudo direto do Google Docs. Dessa forma, é só redigir o documento , exportar para PDF e enviar para os alunos, por exemplo.
É claro que já existem editores de textos em Markdown. Eles já aceitam uma formatação para códigos em qualquer linguagem de programação. Mas convenhamos que os editores em Markdown, que é uma linguagem de marcação criada por John Gruber e Aaron Swartz, não são tão populares quanto o Google Docs e o Microsoft Word.
Como incorporar código de programação no Google Docs?
Colar linhas de código em um documento do Google Docs é bem simples. Basta inserir a linha de código no documento normalmente. Depois você seleciona o trecho referente ao código, vai até o menu “Inserir”, depois clica em “Elementos básicos” e depois clicar em “Blocos de código”. Daí é só escolher a linguagem de programação que foi usada.
Também é possível escrever uma “@” no documento, selecionar a opção “Blocos de código” e escolher uma linguagem para editar. Depois, basta escrever ou colar as linhas de código dentro do novo bloco. O GIF abaixo exemplifica bem como é todo o processo.
Muitos planos ficarão de fora
O Google já começou a liberar a atualização para os usuários do Google Workspace. Mas, como já é de costume da companhia, a novidade será liberada em etapas.
Para quem faz parte dos domínios incluídos no ciclo de liberação rápida, a atualização começou a ser disponibilizada na última quarta-feira. A expectativa é de que todos os domínios nesta lista recebam a alteração em até 15 dias.
Já para quem está no grupo de lançamentos agendados, a mudança chegará a partir de 3 de janeiro de 2023. Nesse caso, a atualização chegará para todos os usuários em até 15 dias. Porém, é importante mencionar que, por enquanto, essa atualização será disponibilizada apenas para grupos selecionados. Por enquanto, apenas os assinantes destes planos do Workspace poderão aproveitar a novidade:
- Business Standard e Business Plus;
- Enterprise Standard e Enterprise Plus;
- Education Standard, Education Plus e planos para organizações sem fins lucrativos.
No entanto, o ponto negativo desta notícia é que muitos planos ficarão de fora da novidade. São eles:
- Essentials;
- Business Starter;
- Enterprise Essentials;
- Education Fundamentals e Teaching and Learning Upgrade;
- Frontline;
- G Suite Basic e Business.
Os usuários gratuitos do Gmail e os assinantes do Google One também foram deixados de fora. Não consigo entender como o Google não libera um recurso tão “simples” para a maioria dos usuários.
