Nesta segunda-feira (10), a Rússia realizou um ataque de mísseis em território ucraniano. O bombardeio afetou várias cidades, incluindo a capital, Kiev. As explosões dos mísseis danificaram diversos prédios, dentre eles, o prédio da Samsung.
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Dano colateral
O bombardeio envolveu o uso de pelo menos 75 mísseis, que danificaram inúmeros prédios em cidades como Kiev, Lviv, Ternopil e Jitomir. É verdade que a Samsung suspendeu a venda de seus produtos na Rússia em março, pouco depois do início do conflito. Mas o ataque não parece ter sido direcionado à empresa sul-coreana. Tudo indica que foi um “dano colateral”.
O míssil explodiu a cerca de 150 metros do edifício onde ficam vários escritórios da Samsung. Segundo um funcionário que trabalha lá, a gigante sul-coreana ocupa cerca de 4 andares do prédio. Portanto, o míssil não atingiu diretamente a edificação. Mas a explosão quebrou diversas janelas. Não se sabe se a estrutura foi afetada de alguma forma. A Samsung emitiu a seguinte declaração oficial:
“Podemos confirmar que nenhum de nossos funcionários da Samsung Ucrânia foi ferido. Algumas das janelas do escritório foram danificadas devido ao impacto da explosão que ocorreu a 150 metros de distância. Continuamos comprometidos em garantir a segurança de nossos funcionários e continuaremos monitorando de perto a situação.“
Primeiros danos a uma multinacional
O conflito entre Rússia e Ucrânia já dura oito meses. E esta é a primeira vez que um prédio de uma multinacional é danificado. Desde o início da invasão russa à Ucrânia, diversas multinacionais impuseram sanções à Rússia. Além da Samsung, Microsoft, Sony, Nintendo, Activision Blizzard, Epic Games e NVIDIA já deixaram de atuar em território russo. E nenhuma delas foi alvo de qualquer tipo de ataque.
A gigante sul-coreana não confirmou se paralisará suas operações na Ucrânia. Mas os funcionários deverão ficar em home office até que as condições de segurança melhorem ou as previsões de bombardeio acabem.
Bombardeio foi uma retaliação russa
O ataque de mísseis realizado nesta segunda-feira (10) é uma resposta à explosão na ponte da Crimeia, realizada pelas forças ucranianas no último sábado (8). A ponte em questão foi inaugurada por Vladimir Putin em 2018 e representa uma das maiores obras de seu governo. A ponte liga a Rússia à Crimeia, território que foi anexado por Putin em 2014.
A hipótese de retaliação fica ainda mais evidente pois desde junho a Rússia não promovia um ataque dessa magnitude em território ucraniano. Segundo informações de especialistas, esse foi o bombardeio mais pesado desde o início do conflito, em fevereiro.
Fonte: Asia Times