Os serviços de transporte de passageiros ou mercadorias por aplicativo estão crescendo exponencialmente em diversos países, inclusive o Brasil, assim como o número de pessoas que trabalham nesse setor.
De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), esse número hoje em dia está em torno de 1,4 milhões. Isso significa que cerca de 31% das pessoas de estão alocadas no setor de transporte, trabalham para serviços de aplicativos.
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O número de pessoas trabalhando para aplicativos de transporte aumentou exponencialmente
Ao todo são cerca de 4,4 milhões de pessoas trabalhando nesse setor, que inclui transporte, armazenagem e correio. A pesquisa contou com projeções feitas a partir de dados do IBGE. Esse número foi crescendo a cada ano. Em 2016, eram cerca de 840 mil pessoas que trabalhavam no transporte de passageiros por aplicativo.
Já em 2018 esse número atingiu 1 milhão no primeiro trimestre. Em 2019 ele passou para 1,3 milhões. O Ipea ainda informou que em 2020 houve uma redução desse número, devido à pandemia do COVID-19, porém o número voltou a se estabilizar em 2021. No começo do ano ele voltou para 1,1 milhão, um valor 37% superior ao de 2016.
Já no caso de transporte de mercadoria por aplicativo, o número saltou de 30 mil em 2016 para 278 mil trabalhadores em 2021.
“Com a ascensão das plataformas de aplicativos para entregas de mercadorias ou transporte de passageiros e o consequente avanço tecnológico que facilita mais contratações de curto prazo, é possível perceber que a quantidade de pessoas com empregos não tradicionais (como autônomos e trabalhadores temporários) teve um crescimento exponencial nos últimos anos”.
De acordo com a IPEA, esses trabalhadores estão inseridos na Gig economy, que é um termo que se aplica a relações de trabalho entre funcionários e empresas que contratam e realizam serviços esporádicos e sem vínculo empregatício como é o caso de freelancers e autônomos, principalmente por meio de aplicativos.
As previsões é que esses números continuem subindo por enquanto, principalmente depois que as coisas começarem a voltar a normalidade por causa da pandemia.
Fonte: IPEA