10 ótimas séries para assistir no AppleTV+

A plataforma de streaming Apple TV+ não está entre as mais populares no Brasil. E, verdade seja dita, até nos Estados Unidos, onde a Apple tem uma penetração maior, a plataforma de streaming da Maçã não faz tanto sucesso.

Mas isso não quer dizer que a plataforma da Apple não tenha boas produções. Muito pelo contrário, o acervo da Apple TV+ é recheado de séries excelentes para serem maratonadas. A dona do iPhone decidiu seguir um caminho diferente com a sua plataforma de streaming. Ao invés de licenciar centenas de obras de outros estúdios, a Apple decidiu investir pesado na produção de séries próprias. E quando eu digo investir pesado eu não estou brincando.

A Maçã investiu uma grana preta em nomes consagrados de Hollywood, como diretores, roteiristas e atores trabalhando em suas séries originais. E o melhor é que o Apple TV+ é uma das plataformas de streaming mais baratas à disposição do brasileiro. Abaixo nós vamos indicar 10 ótimas séries para você assistir no Apple TV+.

Antes de começarmos, gostaria de fazer um adendo: a lista abaixo não está organizada em ordem de importância ou relevância. Todas as séries indicadas abaixo são boas.

01. Ruptura

Criada por Dan Erickson e dirigida pelo ator e comediante Ben Stiller, conhecido por “Entrando Numa Fria”, “Ruptura” é uma das séries mais intrigantes do Apple TV+. Com uma mistura de suspense, mistério e elementos distópicos no ambiente de trabalho, a série foi aclamada como uma das melhores de 2022. O elenco inclui Adam Scott, de “Fortuna”, John Turturro, de “Batman”, Zach Cherry, de “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, Patricia Arquette, de “The Act”, e Britt Lower, de “Mr. Roosevelt”.

A trama gira em torno da empresa Lumon, uma multinacional com funções misteriosas, desconhecidas tanto para o público externo quanto para os próprios funcionários. Isso se deve ao processo chamado “ruptura”, que separa as memórias pessoais dos empregados de suas vidas profissionais. Contudo, um grupo de trabalhadores começa a questionar o trabalho que realizam e a vida que levam fora da companhia. “Ruptura” possui uma avaliação de 8,7 no IMDb e uma aprovação de 97% com o selo “Fresco” no Rotten Tomatoes.

02. For All Mankind

Imagine um mundo onde a corrida espacial nunca acabou. “For All Mankind” nos leva em uma jornada alternativa da história, onde a União Soviética supera os Estados Unidos e se torna o primeiro país a colocar um homem na Lua.

Este evento desencadeia uma nova era de ambição espacial, forçando a NASA a entrar numa competição mais intensa para alcançar feitos ainda maiores. A série mergulha nas vidas dos astronautas, engenheiros e suas famílias, mostrando as adversidades e triunfos de uma realidade onde cada novo lançamento espacial é uma chance de reescrever a história.

Com personagens cativantes e uma atenção meticulosa aos detalhes históricos, “For All Mankind” explora as nuances de um mundo onde as fronteiras do possível são constantemente empurradas. Desde dramas pessoais até conflitos geopolíticos, a série tece uma narrativa envolvente que captura tanto o espírito humano quanto as intrigas políticas da época.

03. Dr. Brain

Conhecido por filmes de terror sul-coreanos como “Medo” (2003) e “Eu Vi o Diabo” (2010), Kim Jee-woon estreia em séries com “Dr. Brain”, série que mistura ficção científica e elementos visuais marcantes, distribuída no Brasil pela Apple TV+.

A trama segue o neurocientista Dr. Koh Sewon (Lee Sun-kyun de “Parasita”), que absorve memórias e habilidades de mortos ou em coma, revelando mistérios do seu passado. A série explora relações interpessoais e a natureza do afeto através de reviravoltas e premissas fantásticas, incluindo sincronizações cerebrais com animais e poderes super-humanos. Apesar de algumas inconsistências narrativas, “Dr. Brain” cativa pelo seu estilo e abordagem das emoções humanas.

04. Silo

A eficaz dominação de uma população envolve mantê-la desinformada e controlar as informações, usando distrações. Essa tática é evidente tanto na história real quanto na ficção, de clássicos como “Nós” e “Fahrenheit 451” a obras recentes como “O Conto da Aia” e “Jogos Vorazes”.

Silo, de Hugh Howie, segue essa linha, exibindo um futuro distópico onde a humanidade sobrevive num silo subterrâneo após o apocalipse. Juliette Nichols, uma engenheira que se torna chefe de polícia, começa a questionar sua realidade, enfrentando consequências perigosas.

Graham Yost adapta “Silo” para a TV, melhorando falhas do romance original e criando personagens complexos e atraentes, com destaque para Nichols e seu antagonista Robert Sims. A série envolve um mistério gradualmente revelado, com um cliffhanger que deixa qualquer um ansioso pela próxima temporada.

“Silo” é uma série de ficção científica distópica que combina um elenco talentoso, roteiros tensos e design de produção imersivo. A série explora um mundo sem memória do passado ou visão de futuro, até que Nichols possivelmente revele a verdade.

05. Black Bird

Séries de true crime como Black Bird podem parecer similares a “Mindhunter”, mas ganham profundidade com a narrativa de Dennis Lehane.

Esta série explora a masculinidade tóxica através de James ‘Jimmy’ Keene (Taron Egerton), cuja vida é interrompida quando precisa obter uma confissão do assassino em série Larry Hall (Paul Walter Hauser) para evitar sua sentença de 10 anos.

A adaptação do livro de memórias de Keene desafia a ideia de redenção, destacando a luta de Jimmy com seu machismo e humanidade, realçada pela atuação de Egerton. Apesar de sua estrutura narrativa direta, a série enfatiza as histórias das vítimas e levanta discussões morais e culturais, mantendo-se fiel aos fatos. “Black Bird” se destaca pelas atuações e pela abordagem coesa de Lehane sobre masculinidade, sugerindo que é um tema que exige confronto e debate contínuos.

06. Falando a Real

Ted Lasso é uma das séries mais conhecidas da Apple TV+. E Falando a Real é, em essência, bastante parecida com a série citada anteriormente. Ambas as séries tratam de terapeutas com problemas pessoais.

Enquanto a primeira aborda diversos pacientes, a segunda foca num viúvo que infringe regras da psicologia para lidar com sua dor. Com um elenco coeso e roteiros inteligentes, “Falando a Real” mistura drama e comédia, explorando as complexidades dos personagens — desde o mal-humorado aul (Harrison Ford) até o sempre otimista Derek (Ted McGinley). A série promete risos e reflexões, assim como “Ted Lasso”, confirmando que todos enfrentam adversidades, não só nós.

07. Monarch: Legado de Monstros

Com quase 10 anos, o Monsterverse da Legendary Pictures é um sucesso moderado com quatro filmes que mantiveram interesse nas bilheterias apesar de críticas mistas. A expansão para outras mídias era esperada, dada a misteriosa empresa Monarch nos filmes. A série Monarch: Legado de Monstros da Apple TV+ explora partes pouco desenvolvidas do Monsterverse desde Godzilla (2014), focando no impacto dos kaijus na humanidade e em uma entidade que os estudava secretamente.

Monarch segue dois irmãos lidando com traumas pós-Godzilla em 2015, enquanto flashbacks dos anos 1950 mostram as origens da Monarch. A série alterna entre essas épocas, explorando dramas familiares e um triângulo amoroso passado. Apesar de ter espaço para desenvolver personagens ao longo de 10 episódios, a série perde tempo em mistérios sem importância, deixando alguns personagens subdesenvolvidos.

O núcleo dos anos 1950 se destaca pela objetividade e prepara o terreno para reviravoltas finais. Monarch: Legado de Monstros preenche lacunas do Monsterverse e cria conexões com filmes anteriores, mas precisa tornar seus humanos tão cativantes quanto os monstros para futuras histórias.

08. Mythic Quest

Comédias que se passam no ambiente de trabalho precisam de roteiros inovadores, um elenco cativante e personagens marcantes para evitar monotonia. É por isso que não surge uma “The Office” em toda temporada. Porém, Mythic Quest: Raven’s Banquet se destaca nesse cenário com uma abordagem fresca e hilária sobre a equipe por trás do MMORPG Mythic Quest.

Criada por Rob McElhenney, Charlie Day e Megan Ganz, a série equilibra bem o humor com um elenco diversificado, incluindo a engenheira-chefe Poppy Li e o narcisista Ian Grimm, além de outros personagens peculiares que enriquecem a narrativa.

A série também explora temas socioeconômicos relevantes e reflexões verdadeiras sobre a indústria dos games, contando com a colaboração da Ubisoft. Com episódios ágeis que mesclam comédia e crítica, “Mythic Quest” é uma joia subestimada que promete entreter tanto gamers quanto não gamers, deixando expectativas altas para futuras temporadas.

09. Sequestro no Ar

Sequestro no Ar, uma minissérie da Apple TV+ coproduzida pelos EUA e Reino Unido, revigora o gênero de sequestros aéreos. A série combina uma premissa clássica com um negociador perspicaz em uma narrativa elegante e realista ao longo de sete episódios.

Idris Elba estrela como Sam Nelson, um especialista em negociação empresarial e passageiro de primeira classe que tenta desarmar a situação. A série evita desenvolvimentos lentos de personagens para acelerar a tensão, apesar de algumas subtramas menos eficazes e soluções simplistas.

Sequestro no Ar destaca-se pela atuação convincente de Elba e pelo realismo nas cenas de ação, apesar dos problemas narrativos. Embora concluída, a série deixa aberta a possibilidade de continuação.

10. Servant

Quatro anos após estrear no Apple TV+, a série original Servant concluiu na quarta temporada. Criada por M. Night Shyamalan, a série é um thriller com uma trama bizarra e misteriosa que mantém o suspense com boas atuações e personagens em uma estética sombria.

A história segue Dorothy, uma repórter que perdeu seu filho e tenta superar o luto com um boneco realista, até que este se transforma em um bebê vivo.

A série explora temas como luto e ressurreição sem pressa para responder perguntas, mantendo a trama intrigante e não maçante. Descobrimos um culto de ressurreição e o envolvimento da babá Leanne, trazendo sentido aos detalhes.

A última temporada oscila entre calmaria e caos, culminando no sacrifício de Leanne e clareza para Dorothy, que aparece sóbria pela primeira vez. Servant termina com alívio e um final fechado, focado mais em Dorothy do que nas questões religiosas ou sobrenaturais, proporcionando um desfecho satisfatório para a complexa narrativa.

Qual destas séries você já assistiu no Apple TV+?

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