Um dia após os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, os desdobramentos em torno da punição aos envolvidos e a restrição da propagação deste tipo de discurso começam a aparecer. A Meta, responsável por três pilares em termos de comunicação digital, as plataformas WhatsApp, Instagram e Facebook, anunciou que conteúdos que estejam endossando os atos criminosos ocorridos no Distrito Federal neste domingo (08) serão bloqueados.
A holding classificou o episódio como um ato de violação, e que todos os conteúdos que apoiem ou enalteçam essas ações serão removidos. “Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos excluindo conteúdo que viole nossas políticas”, declarou o porta-voz da companhia. Essa mesma postura foi adotada pelo grupo gerido por Mark Zuckerberg após a invasão ao Capitólio, nos EUA, no dia 6 de janeiro de 2021.
Dentre as postagens que serão sumariamente removidas, estão aquelas que incitem pessoas a pegar em armas ou invadir o Congresso, Palácio do Planalto e outros prédios federais.
Além de consequências no mundo cibernético, ações também estão sendo aplicadas fora desse âmbito. Até o momento, um dos movimentos mais enfáticos foi a Intervenção Federal no Distrito Federal (DF) anunciada na noite de ontem (08) pelo Presidente Lula.
Decreto assinado por Lula para intervenção federal no Distrito Federal. #EquipeLula pic.twitter.com/1gHjIuDGLf
— Lula (@LulaOficial) January 8, 2023
“O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão a prédios públicos”, diz um trecho do decreto assinado pelo líder de estado. A intervenção é válida até o dia 31 de janeiro.