Deixar sua carteira nas mãos do Google pode lhe trazer um problema: se o celular for roubado, lá se vai seu dinheiro também. A implementação do Wallet está bem longe do ideal. Nos últimos dias o Google Wallet teve suas falhas exploradas e exibidas publicamente, e dá para preocupar.
O primeiro método exigia que o aparelho estivesse rooteado, além do acesso a um arquivo criptografado, sendo mais demorado para conseguir – mas não impossível. O segundo, mais grave, não precisa de nada secreto. Na verdade ele foi revelado ainda no ano passado, mas retornou às manchetes com a descoberta da outra falha.
Basta limpar o cache do aplicativo Wallet e ativar o cartão pré-pago do Google. Os créditos anteriores seriam então aproveitados. O prejuízo dependeria da quantia “salva” no aparelho (ou “associada” ao aparelho, o que daria na mesma para fins práticos).
O Google está ciente e pediu aos usuários que tiverem o smartphone roubado ou perdido para ligar para 855-492-5538, solicitando o bloqueio do cartão pré. Uma atualização automática deverá ser liberada em breve com uma nova camada de proteção.
O Wallet tem disponibilidade restrita atualmente, até que não demorou tanto para aparecer esse tipo de problema. Já não basta perder cookies, senhas e dados pessoais, ao perder um Andoid com o Wallet você está perdendo dinheiro, já que a quantia fica associada ao aparelho, não à sua conta Google.
Seria simples proteger o aparelho com a senha na tela travada, mas nem todo mundo usa isso (além de proteções extras, como remoção remota dos dados). Mesmo com a futura correção, talvez novas falhas sejam descobertas e exploradas.
O que acalma um pouco é que o Wallet tende a ser usado para compras pequenas, como em restaurantes, lanchonetes, etc. Se a ideia é substituir por completo as outras formas de pagamento, a aceitação parece complicada.