Definitivamente, a fonte de alimentação não costuma ocupar as primeiras colocações na lista do que muitos gamers irão considerar para alocar mais dinheiro na montagem de um PC. No contexto prático, do uso com os mais diversos softwares e games, para uma parte significativa de usuários, na percepção do que é realmente necessário a placa de vídeo, processador e até mesmo a quantidade de RAM são elementos essenciais.
Esse pensamento faz sentido, mas a fonte de alimentação é tão fundamental quanto, e não pode ser neglicenciada. Não apenas considerando o fato de ter que fechar a conta em relação a uma potência correta que atenda ao que os componentes de determinada configuração precisam, mas também na eficiência e estabilidade da entrega dessa energia. Certificações e fatores de eficiência que jogam a favor do bom uso e preservação da fonte e de tudo que está conectado a ela. O usuário do Reddit com nick daversedflash aprendeu isso da pior maneira.
Ta pegando fogo, bicho!
Ele relatou uma verdadeira tragédia com sua máquina: o computador pegou fogo. Sem entender o que pode ter acarretado isso, ele usou o Reddit para perguntar aos membros da comunidade. A resposta foi unânime: fonte de alimentação.
My pc caught fire today… can anyone help me figure out what went wrong based on this image?
byu/daversedflash inpcmasterrace
Dentre as respostas, um mandamento que todos deveriam seguir: “se você for comprar uma peça barata, nunca deveria ser a fonte de alimentação”.
Qual era a fonte usada no PC?
A fonte utilizada na configuração era da Diablotek, marca que está longe de ser um nome popular, mas que já figurou nas intenções de compra de algumas pessoas até mesmo no Brasil. Em fóruns é comum encontrar perguntas sobre fontes baratas, e o nome da Diablotek costuma aparecer. Aqui mesmo no nosso fórum, a Comunidade Hardware, esse post bem antigo, de 2010, um usuário relata que o PC estava desligando sozinho. Dentre os componentes de sua configuração: fonte Diablotek de 450W.
Ao mesmo tempo que existe um mercado gigantesco de fontes de alta qualidade, com inúmeras proteções e tecnologias que garantem eficiência, há diversas marcas algumas delas bem longe de serem confiáveis, que colocam no mercado fontes ultra baratas, de procedência questionável, com baixíssima potência entregue na linha de 12 volts, fundamental, por exemplo, para componentes como a placa de vídeo. Atrelado a isso são fontes sem PCF Ativo, potências ditas como “reais”, mas que entregam bem abaixo do que é mencionado, componentes internos de baixa qualidade etc.
Nada de eficiência, tem apena o famoso selo
Há também um problema com todo o clamor e fama que a certificação 80 Plus tem no mercado. Algumas empresas simplesmente alegam que tal modelo conta com a certificação, que visa classificar as fontes em eficiência seguindo um dos 6 níveis disponíveis.
No entanto, muitos não alcançam nem o necessário para entrar no hall do selo 80 Plus. E fora que algumas marcas nem teriam condições de arcar com esse custo. Segundo documento oficial da certificação, a taxa única de licenciamento é US$ $5.000, já a taxa de recertificação por unidade é de US$3.500. Lembrando que esse valor tem que ser pago para cada SKU da linha de fontes. Exemplo: uma taxa para certificar a linha de 450W, 550W, 650W etc.
Ronaldo Buassali, do TecLab, já mostrou algumas vezes como algumas marcas simplesmente dizem que a fonte é 80 Plus, mas, na prática, é o contrário. Como nesse caso de 2015, em que uma fonte Xigmatek Vector S (Stealth) 750W, prometia certificação 80 Plus Silver, mas não entregava uma eficiência mínima nem para alcançar o 80 Plus. Para o caso da certificação 80 Plus, a melhor forma de realizar a consulta dos modelos devidamente certificado é acessar o site oficial da certificação.
Uma alternativa ao 80 Plus que algumas fontes usam é a certificação Cybernetics, que adota metodologias ainda mais rigorosas para credenciar um modelo e atestar sua qualidade e segurança.
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