TV por assinatura no Brasil perdeu quase 550 mil clientes em 2018

Entra e sai ano e o mercado de TV por assinatura continua “sangrando”. De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no ano passado o mercado de TV paga no Brasil perdeu exatos 549,83 mil assinantes, encerrando dezembro com 17,57 milhões de contratos ativos. Em relação ao mês anterior (novembro de 2018), houve uma perda de 21.743 contratos (- 0,12 %). Em 2017 a queda foi anda mais brusca, já que 938,7 mil clientes deixaram o serviço.

Com esses números 2018 foi o quarto ano de queda consecutiva na base de assinantes. Só pra você ter ideia de como esse “tombo” recente do mercado de TV paga no Brasil é significativo é bom relembrar que em 2014 os representantes dessa indústria estavam estupefatos com os quase 20 milhões de assinantes (19,56 milhões), prevendo que a marca de 30 milhões seria alcançada em 2017. Porém o que aconteceu foi o inverso, uma redução absurda.

A base de clientes nos últimos 4 anos foi a seguinte:

  • 2015 – 19,121 milhões de clientes;
  • 2016 – 18,821 milhões de clientes;
  • 2017 – 18,124 milhões de clientes;
  • 2018 – 17,575 milhões de clientes.

“Os quatro maiores grupos de TV por Assinatura do Brasil (Claro/NET, Sky, Oi e Vivo) detinham 17.050.679 contratos ativos (97,01% do total) em dezembro de 2018.

O grupo Claro/NET registrou o maior número de clientes, totalizando 8.600.763 contratos (48,93% do mercado) e em segunda posição ficou a Sky, com 5.281.535 contratos (30,05 % do mercado). A Oi registrou 1.601.814 contratos (9,11% do mercado) e a Vivo 1.566.567 contratos (8,91 % do mercado). Dessas empresas, apenas a Oi apresentou crescimento nos últimos 12 meses, registrando saldo de +92.365 assinaturas (+6,12 %). As Prestadoras de Pequeno Porte (Algar, Cabo, Nossa TV e Outras) somaram 524.143 contratos de TV por assinatura, o que representa (2,98% do total), explica a Anatel.

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Em relação aos estados responsáveis pela maior fatia de assinantes o ranking ficou assim em dezembro de 2018:

  • São Paulo – 6.469.425 contratos (36,81%);
  • Rio de Janeiro – 2.376.853 contratos (13,52%);
  • Minas Gerais – 1.555.406 contratos (8,85%).

Em relação a dezembro de 2017, o maior aumento de assinantes ocorreu no Maranhão que registrou um saldo de +48.041 clientes (+27,29%). Também houve aumento de assinantes nos seguintes estados: Ceará com saldo de +14.243 (3,59%), Amazonas com saldo de +11.879 (+4,05%), Pará com saldo de +11.237 (3,61%), Goiás com saldo de +3.824 (1,01%), Rio Grande do Norte com saldo de +2.450 (1,06%), Tocantins com saldo de +1.576 (3,69%) e Piauí com saldo de +415 (0,46%). Nos demais 19 estados houve perda de clientes, ressalta a Anatel.

Por que há essa rejeição tão alta em relação aos serviços de TV por assinatura tradicionais? Realmente o preço é o fator determinante?  Sim, de acordo com dados do IBGE, referente a edição 2017 do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o preço é o fator determinante – 55,3% dos casos, porém o percentual de desinteresse pelo serviço prestado também é bem representativo – 39,8%.

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Se colocarmos serviços de streaming no mesmo balaio do que é entendido como TV paga a Netflix é a maior representante do setor, já que ,de acordo com dados da Ampere, divulgados no ano passado, o serviço conta com 10 milhões de assinantes.

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