Quem diria, o Work Boy, o teclado do Game Boy, que não chegou a ser lançado no mercado, ressurge após quase 30 anos de ausência!
Na década de 90, existiram vários fatos memoráveis, e um deles está o Game Boy, foi um dos principais dispositivos eletrônicos da época, desejado por 10 entre 10 crianças e adolescentes.
Ele é o percursor do mercado de consoles portáteis, e desde então, a Nintendo sempre esteve a frente, e até hoje a história continua, seguindo como líder.
O sucesso foi tanto, que gerou concorrência e vários sucessores, e alguns foram agraciados com alguns periféricos, como Game Boy Câmera e a versão Printer.
No entanto, o mais inusitado desses periféricos, jamais chegou ao mercado, o Work Boy.
Que era um teclado QWERTY, seguido de aplicações para acompanhar produtividade, transformando o Game Boy em um PDA “primitivo”.
Porém, devido a um trabalho que pode ser considerado de um arqueólogo da Era Digital em conjunto com um vazamento de dados muito conveniente, foi possível ver o Work Boy finalmente em ação.
Leia mais aqui: AirPods Max: cuidado eles não são à prova d’água ou resistentes!
Conheça um pouco mais sobre a história do teclado do Game Boy – o Work Boy
Primeiramente, o Work Boy criado por uma companhia britânica, a Source Research and Development, do segmento de desenvolvimento de hardwares.
A ideia central do Work Boy era a criação de um teclado totalmente funcional, que estaria acompanhado de um software dedicado, com aplicações como:
- Calendário;
- Agenda;
- Tradutor pocket;
- Conversor de moedas;
- Calculadora;
- Conversor de medidas e moedas.
Seria praticamente um computador portátil, com operações mia simples, porém extremamente funcional e prático, sendo uma revolução para a época, pois não podemos esquecer que estamos falando do início dos anos 90.
Contudo, a criação do termo PDA aconteceu em 92, pelo John Sculley.
Logo, o então CEO Apple, fazia referência ao Newton, que estaria disponível no mercado em 1993.
Na época, o único aparelho que tinha semelhança era o Psion Organizer, lançando em 91, e o domínio da Palm só aconteceria muito depois.
Por que o Work Boy nunca chegou ao mercado? Entenda a história!
O anúncio oficial do lançamento do Work Boy aconteceu em 1992, na CES, com um grande comunicado coberto pelas mais importantes mídias da época.
A empresa contratada para fazer a produção, a Fabteck Ink, fundada pelo Frank Ballouz, um veterano do mercado de games, com uma bagagem relevante, com passagens pela Nintendo e pela Atari entre 1975 e 1986.
Ele assegurou todos os direitos de distribuição dos jogos, com títulos conhecidos, como Cabal e Toki/Juju Densetsu, que inclusive recebeu um remake recente.
O Work Boy, não teve o mesmo destino, nunca chegou até as lojas, e qualquer menção realizada também sumiu.
A Nintendo jamais tocou publicamente no assunto, e a Source e Fabtek tiveram suas operações encerradas há muitos anos atrás.
Contudo, o historiador Liam Robertson, que possui o canal DidYouKnowGaming? Garimpou informações interessantes sobre o teclado do Game Boy.
O que revelou as pesquisas?
Após meses e mais meses de pesquisa, o pesquisador teve progresso e conseguiu contatar o fundador e engenheiro original da Source, o Eddie Gill, colocando-o em contato com Ballouz, que atualmente dá palestras sobre games.
Eddie então fez uma revelação muito importante, informou ainda estar de pose de uma única unidade do Work Boy.
E gentilmente enviou ao Youtuber para que ele fizesse uma resenha, e matasse 30 anos de curiosidade.
Mas, um detalhe faltava, sem o cartucho, o Work Boy não funcionava.
A solução para esse problema chegou em pouco tempo, devido a um vazamento de dados pela Nintendo.
De acordo com eles, eles estavam de pose de uma ROM funcional referente ao software do Work Boy, mas sem praticamente nenhum periférico.
Com a ROM devidamente inserida, e o Work Boy conectado, tudo funcionou perfeitamente após 28 anos. A função de controle de finanças é realmente interessante.
Ainda de acordo com Frank, o cancelamento do lançamento ocorreu após descobrir que a Nintendo diminuiria o valor do Game Boy.
Porém, o Work Boy, chegaria ao mercado com o mesmo valor do próprio portátil.
Ademais, mesmo que tenha sido um projeto que não chegou até o consumidor, foi muito bom saber que um protótipo de 28 anos atrás ainda funciona.
E que foi possível vê-lo em pleno funcionamento.